O famoso explorador, David Livingstone, empreendia mais uma das suas expedições, seguindo o curso do rio Zambeze até à costa oriental, quando ouviu o testemunho dos locais em relação à Mosi oa Tunya, ou seja, o “fumo que troveja”, o sinal que ainda hoje os visitantes reconhecem e que denuncia a presença de enormes massas de água que caem no abismo. Em fins de Novembro de 1855, Livingstone tornava-se oficialmente o primeiro ocidental a contemplar as Cataratas de Vitória (assim por ele nomeadas em honra da monarca inglesa). No seu livro sobre as viagens que empreendeu em África, escreveu “Ninguém pode imaginar a beleza desta visão, comparando com tudo o que se possa testemunhar em Inglaterra. Nunca tinha sido vista por olhos europeus; mas visões tão belas como esta foram certamente contempladas por anjos no seu voo”.
O QUE FAZER NAS CATARATAS DE VITÓRIA
1. Passeio de helicóptero sobre as quedas de água
Para se sentir as cataratas de perto vale a pena experimentar um voo de helicóptero. Nós marcamos o voo pela internet, com a Victoria Falls Travel Guide, antes de chegar à cidade de Victoria Falls, no Zimbábue. O passeio é muito bom (embora demore apenas 12 minutos) mas vale cada dólar investido (150 usd/pessoa). Depois de descolar, o helicóptero aproxima-se a montante das cataratas e tem-se uma visão do glorioso rio Zambeze, e do seu largo leito que aqui se estende por mais de um quilómetro. Podem observar-se as ilhas que parecem resistir ao fluxo da água e se agarram para não cair juntamente com ela. O voo segue em forma circular, em ambos os sentidos, podendo ter-se uma perspectiva dupla das cataratas, assim como dos dois países que a partilham, o Zimbábue e a Zâmbia. Pode ver mais sobre a nossa experiência aqui.
2. Devil’s Pool (Piscina do Diabo) na ilha Livingstone
Do lado da Zâmbia há uma actividade que vale a pena experimentar. Trata-se de uma visita à ilha de Livingstone. A ilha é acessível a partir de um lodge de luxo e permite ter uma visão diferente das cataratas e, ao mesmo tempo, apreciar um banho mesmo na borda das cataratas. E essa é a grande aventura: tomar banho numa piscina natural nas vertiginosas cataratas de Vitória! É absolutamente avassalador o poder da natureza e a sensação de estar neste local. A actividade, que envolve uma curta viagem de barco até à ilha de Livingstone, não é barata, mas vale decididamente a pena, uma vez que permite uma experiência única.
3. Visitar as quedas do lado do Zimbábue
As cataratas de Vitória devem ser vistas de ambos os lados já que os dois se complementam. As quedas são verdadeiramente impressionantes, quer pelo seu comprimento, quer pela profundidade da garganta que as águas cavaram. Do lado do Zimbábue, é possível encarar as cataratas de frente, ao longo de quase toda a sua extensão, e percorrer os diferentes pontos de observação. A entrada no parque custa 20 usd/pessoa e dedique-lhe cerca de meio dia para poder explorar os seus miradouros.
4. Visitar as quedas do lado da Zâmbia
Do lado da Zâmbia, a entrada no parque das Cataratas de Vitória fica mesmo ao lado da ponte que serve de fronteira entre a Zâmbia e o Zimbábue. O preço de entrada é 20 usd/pessoa ou o equivalente em moeda da Zâmbia. Deste lado, a vista é igualmente avassaladora e uma outra ponte permite ter sensações vertiginosas sobre esta maravilha da natureza.
ONDE DORMIR NAS CATARATAS DE VITÓRIA
Victoria Falls Safari Lodge: Quando decidimos regressar às Cataratas de Vitória já conhecíamos relativamente bem a cidade porque no ano anterior tínhamos passado aqui três dias numa viagem de overland pela África Austral. Assim, sabíamos claramente onde queríamos ficar alojados e quais as melhores opções. Optámos pelo Vitoria Falls Safari Lodge porque trata-se de um alojamento de grande qualidade (talvez o melhor da cidade), com cabanas tradicionais com vista sobre pontos de água, onde os animais afluem ao fim de tarde.
O bar e restaurante do lodge são fantásticos e, assim como a piscina, também têm vistas de cortar a respiração. Aproveite este lugar para contemplar um dos mais belos pôr-do-sol de África.
O lodge está localizado a alguns quilómetros do centro da cidade mas isso não é um problema porque há autocarros gratuitos que fazem o percurso entre o lodge e a cidade, e as quedas de água, a todas as horas ao longo do dia. A viagem demora cerca de 20 minutos e, portanto, ficar aqui foi genial. O nosso quarto era um mini apartamento com quarto, sala, varanda sobre um ponto de água e duas casas de banho.
O pequeno-almoço é farto e de excelente qualidade. Apesar de estarmos em África, a comida é muito saborosa e fresca e o pão e a fruta são divinais. Nós marcamos este alojamento através da internet e ficamos bastante satisfeitos.
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ONDE COMER NAS CATARATAS DE VITÓRIA
Restaurante Boma: Bem perto do lodge onde ficamos alojados está o restaurante Boma, uma instituição em Victoria Falls e nas Cataratas de Vitória. Este restaurante é famoso pelos seus Braai (grelhados sul-africanos) e pelo ambiente festivo e espectáculos de danças tradicionais. À chegada ao restaurante vestem-nos e pintam-nos a preceito para uma noite verdadeiramente tribal.
É aconselhável marcar mesa com antecedência porque o restaurante tem lugares limitados e é muito procurado. O serviço de restaurante é buffet e há imensas iguarias para experimentar. Os mais audazes podem começar pelos vermes tradicionais.
Para quem gosta de comidas mais clássicas também não faltam escolhas. De entrada, as impalas e o crocodilo destacam-se entre as seis delicatesses que surgem na mesa. As carnes grelhadas são as rainhas da festa, com bife de “pumba”, porco, frango, etc. Não perca o maravilhoso estufado de caça, o Potjies Umzimbeli, e os variadíssimos e deliciosos acompanhamentos como arroz de manteiga de amendoim, saladas, legumes, sadza, massas, etc.
A refeição é maravilhosa mas o espaço em si também, com espectáculos de dança e uma parte interactiva em que somos convidados a aprender a tocar tambor e a dançar. Esta é uma excelente introdução a África e um óptimo local para começar ou terminar uma viagem pelo continente.
Atreva-se e explore o Zimbábue. Há aqui todo um mundo novo a descobrir!
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Oi, Carla. tudo bem. Parabéns pelo site. Uma coisa gostaria de perguntar a vocês que têm mais experiência nesta viagem. Estou querendo comprar passagem de Joanesburgo para Livingstone (Zambia), visitar um pouco o lugar e depois atravessar para Victoria Falls, no Zimbabue. É preciso pedir o visto de entrada dupla para isso ou para ir a cidade de Victoria Falls não há posto de fronteira a partir de Livingstone? A travessia é tranquila ou é preciso visto só para esta cidade? Obrigado!
A travessia é tranquila mas precisa de visto. Pode tirar lá sem problema.
Gostei das dicas! Gostava de saber qual é o tempo mínimo que se deve dedicar a essa aventura que me parece impressionante!!!
Fiquei curioso com um comentário seu, que pelo menos a mim parece infeliz, desajustado e até preconceituoso, quando diz que a comida é boa, apesar de se estar em África… pois em África há comida muito boa e diversificada…
Isy, o comentário da comida é porque até ali, em África, tínhamos comido mal. Comida boa e má há em todo o lado. Pode ter sido um comentário infeliz, mas de preconceito não tem nada, até porque nós também não o somos. O tempo depende do que quiser fazer lá. Para fazer tudo o que fizemos já estivemos duas vezes, num total de 4 dias em Vitoria Falls.
Olá. Vc foi quando? To pretendo ficar lá 5 dias. Lá tem o Safari game drive?
Obrigado!
Fomos em Julho de 2016. Dá para marcar safaris para o Botswana (que são os melhores) no Chobe ou noutros parques na Zâmbia e Zimbábue.
Excelentes dicas e fotos para esta bela região africana 🙂
Obrigada 🙂
Eu tenho um grande desejo de ficar ali na pontinha da queda na piscina do diabo. É o tipo de coisa que realmente me atrai. 🙂 Que beleza de lugar!
É mesmo magnífico. Força aí.
Que demais! Vocês também conheceram o Boma! Eu visitei esse lugar uns anos atrás e realmente posso afirmar que compensa bastante. Pode ser uma boa alternativa de viagem para quem gosta de imersão cultural e quer construir novas memórias sobre a África. Parabéns pelo post, deu vontade de voltar! Abraço!
Obrigada. 🙂
Ma nem ferrraaaaaando que ia ali na borda da catarata ce tá looooko aheuahus que medoooo!!!!!
ehehehe 😀 Olha que é loucura mesmo!
Olá Carla,
Mais uma viagem que me parece mesmo fantástica. Ainda não andei pelos 2 países que falas, mas tenho vontade. E adorava fazer o passeio de helicóptero. Uma vista formidável!
Obrigada. 🙂
Gente, que experiência incrível! Pô, confesso que fiquei com invejinha da piscina! hahaha Essa foi uma que achei muito demais! 😛
E é mesmo! 🙂
Que incrível! Eu faria com certeza esse passeio de helicóptero, e a foto de vocês na piscina do Diabo é de tirar o fôlego, adorei a hospedagem que escolheram, obrigada pelas dicas, quero muito visitar esse lugar incrível! Adoro o blog! Abraços
Obrigada, Flávia. 🙂
Que lindo! Nunca tinha ouvido falar e já fiquei super interessada só vendo as fotos! Me arrepiei com a foto da Piscina do Diabo!!! Tenho medo de altura mas passo por cima pra ter uma foto linda assim! hehehe
É mesmo maravilhoso e vale a pena! 😉 Dá um friozinho na espeinha mas é tão bom! 😀
Que lugar sensacional!! É tanto lugar lindo nesse mundo que a gente nunca nem ouviu falar… Impressionante. Adoro o blog e adoro ver os lugares inusitados que vocês visitam. O lado ruim é que a bucket list só vai aumentando… 😉
Obrigada, Luiza. É isso mesmo. 🙂
Convosco, o que para nós parece (pelo menos) pouco possível, torna-se possível, é só isso que tenho a dizer.Obrigado !
ehhehe Agora fizeste-me sorrir. 😀 Obrigada.
Muitooooo bommmm :))))
😀 obrigada, Rui.