Visitar Pentecostes era um dos nossos maiores objectivos nesta viagem pelo Pacífico e Vanuatu. Visitar uma das ilhas mais remotas e misteriosas do Pacífico, era importante, e poder assistir ao festival de Nangol, mais ainda. Era um sonho poder ver o festival de Nangol em Vanuatu e, este foi o presente de aniversário que a Carla escolheu para este ano tão especial. Mas visitar Pentecostes em Vanuatu não seria fácil, muito menos, barato, contudo, empenhamo-nos imenso para o conseguir. E conseguimos!
- SEGURO DE VIAGEM IATI – Toda a informação que precisa para fazer um seguro de viagem da IATI está neste artigo, inclusive link para ter 5% de desconto nas suas viagens baratas.
GUIA DE VIAGEM DE VANUATO
Se procura um guia em pdf, prático e sintético, sobre visitar Vanuatu, este é o melhor que vai encontrar em português para levar consigo na sua viagem. Vanuatu é uma ilha maravilhosa para quem procura aldeias típicas, ruínas misteriosas e um quotidiano pouco tocado pelo turismo, mas também tem sol e mar, com algumas belas praias, e vai encontrar neste guia todas as dicas que necessita para aproveitar o melhor da ilha. Um guia de viagem com a qualidade do Viajar entre Viagens. Estas páginas vão dar-lhe condições para visitar Vanuatu de forma independente.
A DESAFIO DE CHEGAR A PENTECOSTES EM VANUATU
Quem disse que viajar era fácil? Quem disse que corre sempre tudo bem? Quem disse que não dá chatices, preocupações e dores de cabeça? Dá isso tudo e muito mais mas, no fim, tudo vale a pena. Porque são as nossas conquistas, os nossos sucessos, as nossas vitórias. E viajar é assim! É muito bom!
E hoje foi um dia de vitória gigantesca em Pentecostes! Chegamos a tempo de ver o Nangol, o festival anual de Pentecostes, que é conhecido com “mergulhos para a terra”.
Conta a lenda que uma mulher de uma aldeia do sul de Pentecostes sofria de abusos pelo marido e decidiu fugir-lhe. Subiu para cima de uma árvore e ali procurou refúgio. Mas, o marido, ávido de agressividade perseguiu-a para cima da árvore. A mulher ter-se-á atirado da árvore abaixo, atando os pés com lianas. Ao tocar no chão o seu choque foi travado e sobreviveu. O homem atirou-se atrás, mas sem estar atado acabou por morrer.
Desde esse dia que em Pentencostes, se comemora o Nangol, todos os sábados desde final de Abril a início de Junho, em que os homens saltam de torres de madeira gigantes e se lançam, atados com lianas em mergulhos para terra.
Custou muito para chegar a Pentecostes. Custou muito estar em Pentecostes. Nada foi fácil mas quando documentávamos o festival de Pentecostes, não podíamos estar mais felizes. Tínhamos conseguido vencer tudo e todos. Estávamos em Pentecostes, no Nangol. E estávamos super felizes!
As peripécias e aventuras de chegar a Pentecostes e, depois, de sair, ficam para outra história. Hoje é dia de cantar vitória! Viva Pentecostes!
PORTUGAL EM VANUATU
Hoje, em terras de Vanuatu, é tempo de recordar as epopeias dos portugueses pelo mundo. Não os viajantes actuais, mas aqueles do passado, que nos inspiram a explorar o desconhecido e improvável.
Em tempos, Portugal deu novos mundos ao mundo! Fomos uma nação de exploradores, de aventureiros, de navegadores. Fomos os maiores exploradores dos sete mares e dos continentes desconhecidos. É esse sangue que corre nas nossas veias. E é esse sangue que quer correr o mundo e chegar a Pentecostes.
Nomes como Fernão de Magalhães, Afonso de Albuquerque, Vasco da Gama ou Pedro Álvares de Cabral dispensam apresentações, mas outros tantos merecem ser apresentados. E um desses nomes é Pedro Fernandes de Queirós.
Nascido em Évora, embarcou para o Peru para liderar uma expedição no início do século XVII de exploração do Pacífico e da busca do continente austral. Ao serviço da coroa espanhola (porque nesta altura Portugal tinha perdido a independência), saiu de Callau com uma nau para desbravar o Pacífico Sul e dar a conhecer novos mundos ao mundo. Terá chegado aqui, a Vanuatu, em Maio de 1606. A ilha onde atracou, pensou ser a Austrália e batizou-a de Austrália do Espiritu Santo. Mais tarde, saber-se-ia que não era a Austrália mas a ilha conservou o nome de Espiritu Santo, até hoje. E é a maior ilha de Vanuatu.
Todas as ilhas do Pacifico Sul conhecem o nome de Pedro Fernandes de Queirós. Aprendem na escola, há estátuas nas praças das cidades e, no seu próprio país, Portugal, Pedro Fernandes de Queirós é um desconhecido.
É estranho pensar que um dos países mais importantes do mundo, seja hoje uma sombra de si mesmo, condenado e condenando novos e velhos a escândalos políticos, crises económicas, falta de visão estratégica e de desenvolvimento. Visto de longe, do Pacífico, o nosso país parece estar a afundar, numa altura em que todo o Pacífico também se debate com o problema da subida das águas.
Mas em Portugal o problema não é físico, a água não está a afundar o país, quem o afunda somos todos nós, que deixamos que nos tratem como ignóbeis, ignorantes e fracos. Portugal é terra de gente boa, aventureira, guerreira e valente. Portugal é um país de bravos.
PARABÉNS! PENTECOSTES 3 ANOS DEPOIS ESTOU AQUI!
Hoje faço anos! E há três anos programei comemorar este aniversário em Pentecostes, em Vanuatu. Quis o destino que tal não acontecesse mas, este ano, aconteceu! Estamos aqui em Pentecostes! Três anos depois canto os parabéns em Pentecostes!
Chegar a Pentecostes não foi fácil! Nada fácil, mas nós nunca desistimos e quase fizemos o pino para o conseguir. Marcámos um voo de Santo para o norte de Pentecostes há uns meses. E depois regresso pela parte sul da ilha de Pentecostes. Já em Vanuatu descobrimos que a estrada entre o norte e sul da ilha está destruída. Para remediar a situação, comprámos um novo voo entre Santo e o sul da ilha mas, este voo só chegava depois do festival, o que nos deixaria fora desta experiência em Pentecostes.
Tentamos por tudo chegar a tempo do festival de Pentecostes. Assim, conseguimos através de um contacto em Santo, alguém que nos fosse buscar de camião e barco à parte norte, para fazer cerca de 60 km que nos custariam mais do que os voos. Mas ainda assim, estávamos dispostos a gastar esse dinheiro para chegar a Pentecostes.
24h antes do voo recebemos um email “cancelado”. Não íamos conseguir chegar a Pentecostes antes do festival! Tínhamos três dias para lá chegar mas não havia voos entre as ilhas. Decidimos arriscar tudo. Marcámos um voo nocturno para Port Vila, a capital, onde ficaríamos uma noite, e no dia seguinte para Pentecostes. Os voos atrasaram mas no dia seguinte estávamos no avião, parados na pista, para sair de Port Vila a caminho de Pentecostes.
- Em vez de irmos para Pentecostes vamos para Santo, só chegaremos a Pentecostes às 13h. – Diz o piloto!
Não queríamos acreditar! O Rui reclamou com o piloto, eu iniciei um motim a bordo! O piloto mudou de ideias e trouxe-nos até Pentecostes!
E aqui estamos em Pentecostes, no dia do meu aniversário, depois de ter visto o festival de Nangol! Hoje estou de parabéns e estou super feliz! Estou em Pentecostes e consegui ver em Vanuatu tudo aquilo com que sempre sonhei!
Parabéns para mim! 🍾👏 Parabéns a Pentecostes!