Para nós, visitar Khiva significava um regresso a uma cidade que nos tinha encantado durante o nosso périplo pela Rota da Seda, em 2013. Nesse ano, estivemos em ali durante três dias, e foi daí que fizemos uma incursão a Moynaq e ao mar Aral. Hoje, fazemos o percurso inverso, e o calendário apertado do Rally Mongol só nos permite ficar em Khiva durante um dia.
Mais uma vez, Khiva recebeu-nos com uma tranquilidade característica das cidades-oásis dos desertos. Apesar de o turismo já ter uma dimensão apreciável na cidade, em particular no complexo intramuralha, mas muito longe do turismo de massas, a quantidade de estrangeiros que se passeiam pelas ruelas de Khiva não perturba minimamente o ritmo de vida dos seus habitantes.
É certo que já existem muitos hostels, hotéis e restaurantes na cidade, especificamente direccionados para os clientes estrangeiros, mas o núcleo histórico da cidade não perdeu a sua autenticidade, sendo que os turistas e os locais convivem lado a lado de forma harmoniosa.
Visitar uma cidade que já conhecíamos permite-nos observá-la de uma outra forma, mais atenta aos pormenores, menos direccionada para os monumentos, mesquitas e palácios, e mais orientada para as pessoas. Porque são elas que tornam um lugar verdadeiramente singular e atractivo para aqueles que o visitam.
Felizmente, o progresso nota-se na cidade. A estrada para Bucara está em obras e uma auto-estrada está quase pronta. Uma nova estação de caminhos-de-ferro foi construída, a muralha tem obras de manutenção em algumas secções e novos empreendimentos surgem um pouco por todo o lado.
Mas Khiva sem pessoas uzbeques a viver no centro histórico não teria o mesmo encanto. À semelhança do nosso país, principalmente no Porto e Lisboa, corre-se o risco, também em Khiva, de o crescimento do turismo expulsar as pessoas do centro histórico da cidade e, no fim, restar só turistas a deambular por uma cidade-museu, bonita mas sem alma.
Por enquanto, Khiva resiste a esse destino. Os artesãos ainda têm as suas lojas e oficinas dentro das muralhas, as mulheres ainda cozem o pão em fornos tradicionais na rua, e ainda há homens a cultivar hortas. É isto que torna Khiva especial; mais do que os minaretes, as madraças, ou as mesquitas, são as pessoas que tornam Khiva uma cidade a não perder na Ásia Central.
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