Viajar no Sudão era um desejo que já tínhamos há algum tempo. Estabelecer o nosso roteiro de viagem pelo Sudão foi um desafio. Tínhamos pouco tempo para viajar no Sudão e imensos lugares que queríamos conhecer. Assim, reunimos tudo e estabelecemos um roteiro para viajar no Sudão, provavelmente ambicioso, mas que nos permitiria conhecer aquilo que nós achamos serem os locais mais interessantes do Sudão.
CONTEÚDOS DO ARTIGO
VISTO DO SUDÃO e REGISTO
A obtenção do visto do Sudão foi um dos maiores problemas desta viagem. O processo foi complexo, cheio de contratempos e demorado. Vejo o link abaixo para saber como tirar o visto. Depois de tratado o visto, e depois de chegar ao Sudão, é obrigatório fazer o registo à chegada ao Sudão. Nós fizemos no Hotel Acrópole e pagámos 20USD/pessoa.
Pode ver este artigo onde lhe explicamos, passo a passo, como conseguimos o visto do Sudão.
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QUANDO VIAJAR NO SUDÃO
O Sudão localiza-se no norte de África e grande parte do seu território é deserto do Sahara ou regiões semi-desérticas. Como tal, no Verão, entre Junho e Setembro não é boa ideia viajar pelo país já que é demasiado quente. A melhor altura para viajar no Sudão é entre Outubro e Maio.
SEGURO DE VIAGEM
Viajar no Sudão não exige seguro de viagem mas é quase obrigatório fazê-lo! Nós recomendamos o seguro de viagem da IATI, aquele que agora usamos na nossa viagem. Para 8 dias fizemos um seguro IATI Estrela e pagámos 98€ para os dois.Faça também o seu seguro e se usar este link terá 5% de desconto.
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CHEGAR E SAIR DO AEROPORTO
Para chegar e sair do aeroporto usámos o serviço do Hotel Acrópole. Foi uma burrice e falta de comunicação. Ao início o George, dono do Hotel, disse que nos ia buscar ao aeroporto por causa do visto e, como tal, pensávamos que o pick up estava incluído na tarifa do hotel. Afinal não estava. Cobrou-nos 10 USD/pessoa. Um táxi do aeroporto para o centro custa cerca de 100 SDL (aeroporto é mesmo no centro da cidade). Se tratar do visto com o Hotel Acrópole vale a pena pagar estes 10 USD para o ir buscar ao aeroporto porque tem um rapaz à chegada no aeroporto que trata do processo todo. Para regressar ao aeroporto no final da viagem não vale a pena, apanhe um táxi normal.
SEGURANÇA A VIAJAR NO SUDÃO
Por estranha que possa parecer em função da informação que tem sobre o Sudão, este é um dos países mais seguros do mundo para viajar (com excepção de Darfur e, ocasionalmente Kordufan). O Darfur continua restrito a turistas.
Desde Dezembro de 2018 que há manifestações e tumultos em Cartum. Uma vez que as manifestações se limitaram quase exclusivamente à capital, nomeadamente em Omdurman, o clima de instabilidade política pouco se faz sentir fora de Cartum. Fora de Cartum os níveis de segurança são elevados e a vida decorre com toda a normalidade. Os sudaneses são, regra geral, amigáveis, cordiais, prestáveis, curiosos e comunicativos. É assim excelente viajar no Sudão. O turismo está ainda a dar os primeiros passos, por isso, as pessoas são curiosas e tentam agradar e conhecer os estrangeiros que escolhem viajar no Sudão.
No entanto, nos locais mais turísticos, como Jebel Barkal, o turismo já tem alguns efeitos colaterais e, ao pôr-do-sol, aparecem vários miúdos na montanha, alguns bastante agressivos com as mulheres. Mulheres sozinhas devem redobrar atenção e evitar estar sozinha na montanha. Eu fui apalpada pelos miúdos várias vezes apesar de os ter reprimido e da presença do Rui.
Regra geral, os sudaneses são muito receptivos às fotografias, desde que elas apareçam como uma continuidade do acto de comunicação e não como uma invasão. Muitas vezes, depois de alguns minutos de conversa, são as próprias pessoas que pedem para ser fotografadas.
Em Cartum e nas cidades grandes é proibido fotografar edifícios públicos, governamentais e militares. Como para um estrangeiro é difícil saber quais são, o ideal é restringir as fotografias nestes locais quando viajar no Sudão.
A sociedade sudanesa é tradicional e conservadora e o Sudão é uma República Islâmica. Como tal tem Lei Sharia (baseada no Corão) que é aplicada a nível governamental, regional, local e familiar. O uso do hijab (lenço) feminino não é obrigatório para estrangeiras, mas em locais mais conservadores é aconselhável. As mulheres devem ir percebendo se podem ou não tirar o hijab quando viajar no Sudão. Na maioria dos dias e momentos no Sudão eu andava sem hijab mas este estava sempre no pescoço para o caso de ser necessário.
As mulheres devem usar roupas largas e não há qualquer restrições ao nível da cor. Os homens devem evitar os calções a viajar no Sudão. Se tiver dúvidas sobre como se vestir, veja o nosso artigo sobre o Código de Vestimenta no Irão. As regras são praticamente iguais. A regra básica é respeitar para ser respeitado.
DINHEIRO
Viajar no Sudão implica adaptar-se à moeda local. A moeda oficial do Sudão é a Libra Sudanesa que tem sofrido uma desvalorização fortíssima nos últimos meses. Em Março de 2019, quando visitámos o Sudão, 1 USD = 47.5 Libras sudanesas. Trocámos dinheiro numa caixa oficial no aeroporto em Cartum. No mercado negro a taxa de câmbio é muito mais vantajosa, chegando a ser cinco vezes superior. Como não precisávamos de muito dinheiro, porque tínhamos quase tudo pago antecipadamente, só trocamos 50 USD à chegada ao aeroporto. Este dinheiro deu-nos para os dias de Cartum e para o artesanato que comprámos. Só precisamos de pagar um táxi em dólares no final porque não nos compensava trocar mais dinheiro.
COMUNICAÇÃO
O ideal para quebrar o gelo entre os estrangeiros e os sudaneses é aprender algumas palavras em árabe. Quando viajar no Sudão, use e abuse de “Tamam” que significa “tudo bem!” e “ok”. Agradeça sempre com um “Shukran” e sempre que lhe agradecerem, responda “Afuan”, que significa “não tem de quê”. Comece por interpelar as pessoas com um “Salam Aleikum” e responda “Aleikum Salam”. Quando se despedir dos seus novos amigos, diga “massalam”, que significa “adeus”.
INTERNET
O acesso ao tlm e internet no Sudão era mais ou menos simples até ao final de 2018. Em Dezembro de 2018 começaram algumas manifestações anti-governo em Omdurman e como forma de as reprimir o acesso aos meios de comunicação agora é altamente controlado. Tentámos comprar SIM card em Dongola e em Karima. Não conseguimos em nenhuma das vezes. A primeira porque não tínhamos passaporte. A segunda porque não nos deram autorização mesmo com fotografias dos passaportes. O acesso à internet no Sudão, fora de Cartum, só com os dados móveis. Os cartões SIM portugueses não funcionam. Há três operadoras a funcionar no Sudão a Sudan, a MTN e a Zain. Em Cartum, o Hotel Acrópole tinha internet nos computadores do átrio de entrada e wifi nos quartos. É um oásis de comunicação. Não tivemos internet em mais local nenhum.
ALOJAMENTO
A reserva do alojamento em Cartum é um dos pontos mais importantes quando viajar no Sudão, especialmente se for chegar de avião à capital. Os voos, geralmente, chegam a meio da noite por isso é conveniente ter um alojamento marcado em Cartum. Há hotéis para todas as carteiras, mas pouco diferem em estilo. Os mais luxuosos, junto ao Nilo, são o Corinthia Hotel e o Grand Villa Hotel. São caros, muito caros, e fazem-se cobrar de todos os serviços adicionais. O Hotel Acrópole é um hotel de três estrelas, com serviço caro (para a qualidade) mas que cumpre tudo o que é necessário em Cartum. Tem quartos espaçosos e limpos, ar condicionado, frigorífico, pequeno-almoço e internet em computadores e wifi (tudo incluído na tarifa). O quarto duplo custa 100 USD, o que é caro para o Sudão, mas tendo em atenção o preço da concorrência é um valor que alia preço/qualidade. O hotel tem restaurante, que serve almoços e jantares, por cerca de 6 USD/pessoa. É a melhor opção para comer em Cartum. A nossa escolha por este hotel baseou-se no facto de precisarmos de alguém que nos pedisse a permissão para tirar os vistos on arrival (que foi uma dor de cabeça e por isso convém que leia bem este artigo). Marcamos o hotel por email.
Tínhamos encontrado outros dois hotéis em Cartum, mais baratos e bem localizados, também no centro. Até tínhamos feito reservas antecipadamente pelo site Jumia, o Hotel Kabri e o Hotel Sharazad. O primeiro custava 45€/noite o quarto duplo. O segundo 39€/noite o quarto duplo. No entanto, como nenhum respondia aos nossos emails para pedir a permissão do visto on arrival, acabámos por cancelar as reservas.
Fora de Cartum os alojamentos são mais simples e básicos. Podem encontrar-se alojamentos locais em quase todas as cidades e, mesmo que não haja, tenho a certeza que haverá alguém que o alberga por uma noite. Para evitar dissabores não chegue ao seu destino do dia muito tarde. Há noite quase não há iluminação pública em lado nenhum e por isso será muito mais difícil encontrar onde dormir. Os lugares mais turísticos têm acampamentos ou alojamentos desenvolvidos para os turistas, é o caso de Meroé ou Karima. O ITC (Companhia Italiana de Viagens) opera os alojamentos mais luxuosos nestes locais, mas faz-se cobrar de preço pornográficos. Por um quarto duplo na Nubia Rest House, em Karima, pediram-nos 220€ /noite. Por uma tenda em Meroé o preço é semelhante.
Nós dormimos quase sempre em alojamentos locais, o primeiro em Ed Debba, um quarto simples, numa pensão sudanesa, em frente ao rio Nilo, no extremo da cidade. Em Soleb, dormimos numa casa típica Núbia, muito simples e básica. Sem casa de banho, mas muito tradicional e mesmo em frente ao templo de Soleb (é o portão que faz esquina). Em Karima voltámos a dormir num alojamento local, a cerca de 500 metros a pé de Jebel Barkal. Longe do centro mas estrategicamente localizado próximo das ruínas. Em Meroé dormimos no Raidans Place, por trás das pirâmides (mas a mais de uma hora a pé).
COMIDA
Comer no Sudão implica, na maioria das vezes, comer com os locais e aquilo que está disponível na ementa. A base da alimentação sudanesa é o pão, que acompanha todas as refeições. Os feijões vermelhos estufados com ervas são um dos pratos mais bem confeccionados no país e é muito bom. As farinhas estufadas, as lentilhas e as batatas estufadas também são muito comuns. Com alguma frequência arranja-se saladas mistas com alface, tomate, pepino e cenoura. As proteínas são essencialmente de animais bovinos e frangos. Kebab ou churrasco também são relativamente fáceis de encontrar nas cidades. Tome atenção que os restaurantes locais no Sudão raramente têm pratos. A comida é servida em taças e é suposto que coma dessa taça com o pão. Não vai encontrar também talheres no Sudão.
Só em Cartum encontrará restaurantes dignos desse nome e fazem-se cobrar pelo serviço. Não comemos em nenhum. O mais parecido que comemos com um restaurante foi no Hotel Acrópole mas só está aberto aos hóspedes. Fora da capital, não existem restaurantes ocidentais. Em algumas cidades podem encontrar-se cadeias locais de fastfood que vendem frango frito ou cachorros quentes e pizzas. No entanto, são muito raros.
Lembre-se que a qualidade da água no Sudão não é boa. Assim, no que diz respeito à comida siga a regra: “Descasque, cozinhe, ferva ou esqueça!”. Se comer apenas alimentos assim não terá problemas gástricos.
ROTEIRO PARA VIAJAR NO SUDÃO
A nossa viagem pelo Sudão foi um bocado atípica. Até dois dias antes de sairmos tínhamos tudo pronto para percorrer o país de autocarro local e à boleia. O Francisco Agostinho, do Projecto 100 Rota, deu-nos algumas dicas e contactos preciosos. No entanto, três dias antes de sairmos, foi decretado Estado de Emergência Nacional e, com as condições de segurança (aparentemente) a degradar-se, optámos por alterar os planos. Mudámos o itinerário e resolvemos arranjar em rapaz para andar connosco.
A ideia inicial era manter o uso do transporte público mas depois em conversa percebemos que não ia ser possível ver e fazer tudo o que queríamos com o tempo que tínhamos disponível. Assim, em dois dias, redesenhamos um novo roteiro, cortando do plano inicial Kassala e acrescentando as ruínas do norte do país. Para tornar o nosso roteiro mais apelativo pesquisamos em vários sites de universidades europeias e americanas sobre percursos que eram feitos por historiados e foi com base nesses itinerários que traçámos o nosso roteiro.
Outra das razões que nos levou a reformular o nosso roteiro foi o facto do transporte público não permitir visitar muitas das coisas que queríamos ver, nomeadamente Mussawarat El-Sufra e Naqa, ou explorar os recantos das tribos e modos de vida da população do deserto. Isto obrigar-nos-ia a ter que arranjar carros particulares em muitas das cidades. Depois de ponderar tudo isto, e de fazer contas, pensámos que seria melhor acertar um roteiro pré-definido. Acertámos por email com o Marwa um roteiro com tudo incluído mas com algumas condições que nos pareciam importantes. Queríamos alojamentos locais e familiares, comer comida de rua e popular e visitar os locais que lhe enviámos previamente. O Marwa tratou de tudo em tempo recorde, juntamente com Mohamed, seguramente uma das pessoas que melhor conhece o Sudão, e que nos acompanhou durante seis dias.
O Mohamed levou-nos ao longo dos dias para todo o lado e foi incansável (até me levou às cavalitas numa altura em que me espetei num pé no deserto), ajustando o tempo e o itinerário a todos os nossos caprichos fotográficos. O nosso roteiro começou em Cartum e acabou em Cartum e, embora Cartum não estivesse incluído, o Mohamed no último dia assentiu levantar-se bem mais cedo para podermos ver tudo o que queríamos nesse dia e ainda chegar a tempo de visitar parte de Cartum, inclusive a cerimónia Derviche. Para além disso, ainda nos deu dicas brutais para o dia em que visitámos Cartum e nos ajudou a montar um roteiro para visitar o melhor da capital sudanesa.
O nosso roteiro final, feito de jipe com o Mohamed, foi de seis dias, aos quais juntamos mais dois em Cartum. Sendo assim fizemos:
- 1º Dia – Cartum
- 2º Dia – Cartum – Onduman – Deserto – Ed Debba
- 3º Dia – Ed Debba – Velha Dongola – Kerma – Tombos – 3ª Catarata do Nilo – Ferry no Nilo – Soleb
- 4º Dia – Soleb – Sedeinga – Montanha Hodja – Aldeias núbias – Dongola – Deserto – Jebel Barkal – Karima
- 5º Dia – Karima – Jebel Barkal – El Kurru – Nuri – Wadis – Karima
- 6º Dia – Karima – Deserto – Aldeias no deserto – Oásis no deserto – Atbara – Meroé
- 7º Dia – Meroé – Pedreira de Meroé – Mussarawat El-Sufra – Naqa – Mausoléu Iman – Casa do califa – Derviches de Onduman – Cartum
- 8º Dia – Cartum
Os seis dias custaram-nos 630€/pessoa, com tudo incluído: alojamento, transporte, alimentação, bebidas e entradas em todos os monumentos. Para além disso a companhia e a amizade de uma pessoa maravilhosa, o Mohamed.
Sendo assim, tínhamos também um roteiro inicial que foi traçado com base numa viagem para ser feita no Sudão de forma independente. Este é o roteiro que se pode ver no mapa seguinte. Nunca o implementamos no terreno, mas achávamos que estava bem conseguido e era exequível. Tinha sido a nossa opção para viajar no Sudão.
TRANSPORTES PARA VIAJAR NO SUDÃO
Infelizmente não experimentamos viajar no Sudão em transportes públicos. No entanto, da pesquisa que tínhamos feito, percebemos que era bastante fácil deslocar-nos no país. Uma vez lá, também percebemos que viajar de forma independente no Sudão pode ser muito gratificante porque, embora nós não o tivéssemos feito, sempre que andávamos sozinhos a pelas cidades ofereciam-nos boleia. Os autocarros e mini vans são muito frequentes e cruzavam-se connosco nas estradas do Sudão a todo o momento. Acreditámos que é muito fácil viajar de transporte público. No entanto, os transportes públicos só fazem as deslocações entre as principais cidades.
Para visitar os lugares de interesse turístico, com excepção de Meroé e Jebel Barkal, o resto tem que ser em táxi ou combinação de vários transportes públicos ou boleias. Esta situação torna as viagens muito morosas. Alguns dos sítios não dão mesmo para visitar em transporte sem ser privado, é o caso de Mussawarat E-Sufra, Naqa, Sedeinga, Montanhas Hojab, Cataratas do Nilo ou o deserto, nomeadamente oásis e aldeias.
Um dos problemas que tivemos durante a viagem foi com a falta de combustível. Aliás, este foi o único problema com que nos deparamos no Sudão relacionado com o Estado de Emergência do país. Devido a restrições governamentais comprar gasolina é extremamente complicado. O Mohamed precisava de pedir permissões nos postos de polícia, que eram morosas ao estilo africano, e muitas vezes dependente da boa vontade do oficial de serviço, que frequentemente empurrava o serviço para outro local qualquer. Muitas vezes conseguimos arranjar gasolina com facilidade pois graças a dois estrangeiros no carro e à destreza de Mohamed, que dizia que éramos da Embaixada, nos desbloqueava o acesso ao combustível.
Os autocarros e vans estão muitas vezes parados na estrada, sem combustível, ou em filas intermináveis nos postos de abastecimento. Segundo Mohamed podem chegar a ficar à espera dois dias pelo combustível. No entanto, ao que parece, há dois ou três meses atrás demorava cerca de cinco dias para conseguirem combustível. Com tudo isto, o mercado negro do combustível tem crescido e é também uma opção, embora encareça claramente o preço dos transportes.
Para viajar no Sudão, de forma independente ou organizada, leve consigo várias fotocópias do passaporte e do visto. Durante estes dias precisamos de 10 fotocópias para o procedimento de check points na estrada e para comprar combustível.
- VIAJAR NO SUDÃO – Dicas, quando ir, clima, visto, segurança, roteiro, seguro de viagem, transportes, alojamento e comida
Leia aqui as crónicas diárias da nossa aventura a viajar no Sudão:
- DIA 1 – Welcome to Sudan!
- DIA 2 – Rumo ao norte – De Cartum a Ed Debba
- DIA 3 – VELHA DONGOLA, KERMAN e TOMBOS, um périplo pela história longínqua do Sudão
- DIA 4 – NÚBIA, a região que é senhora do deserto
- DIA 5 – As pirâmides do Império KUSH em KARIMA (Jebel Barkal, El Kurru e Nuri)
- DIA 6 – O milagre da Vida e as PIRÂMIDES DE MEROÉ
- DIA 7 – O esplendor dos faraós em Naqa e Musarawwat es Sufra e os Derviches africanos de Cartum
- DIA 8 – Os segredos escondidos de CARTUM e OMDURMAN
ola carla! voce tem contato da agencia fez sua viagem?
Fizemos através do Hotel de Cartum.
boa noite carla me chamo regis moro em florianoplois santa catarina e todo ano viajo pela africa so que agora assim que acabar essa epidemia pretendo ir de joanesburgo ao egito terreste no caminho ja conheco alguns paises mais eu sempre me preocupei mais com o sudao ja que tenho que passar da etiopia ao egito entao tenho atravessar o sudao vi que vc mencionou nome de algumas pessoas que te ajudaram la precisava saber se elas falam portugues e se sao guias no sudao a principio muito obrigado mesmo
IlTon, só falam inglês. No Sudão ninguém fala português. E mesmo inglês são poucos os que falam.
Oi Carla. Adoro os vossos posts.
Vou hoje para o Sudão e só reparei que tb já lá tinham ido depois de marcar o tour com a ITC. De qualquer maneira podes dar-me alguma dica de restaurantes em Cartum à exceção do Hotel Acrópole?
Muito obrigado.
Beijinhos
Tirando o Acrópole, só comemos nas ruas.
Oi Carla! Estou fascinada lendo seus relatos. Pretendo ir em Janeiro, mas comecei há 1 semana pesquisar sobre o país, vi que está em estado de emergência, e me causou dúvidas sobre a viagem. Provável eu estar viajando sozinha, como foi sua experiência como mulher por lá? Já estive no Egito e Jordânia viajando só, mas sobre o Sudão são poucas informações e ainda não achei relatos de mulheres solas. Obrigada!
Eu achei seguro sim. Basta tomar os cuidados habituais. Mais seguro que o Egipto.
Bom dia,
Excelente post! Mas não vi o contato do Marwa (pessoa ou agência) ou do Mohamed. Poderia por gentileza compartilhar?
Obrigago
Rafael, podes contactar o Mohamed através desde número de whatsapp – 00249123123752 – Mas diz-lhe, por favor, que fomos nós que te demos o contacto para ele saber que é contacto credível. O Sudão passa por momentos conturbados. Obrigada.
ola carla! bom natal! vc tem noticias do sudao? pretendo ir em março
Não, infelizmente não tenho.
Que post rico de informação e dicas. Ainda não tenho plano para realizar esta viagem, mas já vou deixar aqui salvo. Obrigada por compartilhar.
Eloah se precisar de ajuda avisa. No que pudermos ajudar a preparar uma viagem ao Sudão a gente ajuda.
Tá sensacional esse roteiro no Sudão, bem completo mesmo. Não vejo a hora de conhecer de pertinho também. Parabéns!
Obrigada, Roberta. Viajar no Sudão foi mesmo muito bom.
otimo relato e dicas pro sudão, realmente eh um país que nunca havia pensado em conhecer. possui muitos lugars lindos e povo curioso!
Verdade. Lindo demais este Sudão, um país ainda tão desconhecido.
Eu nunca tinha pensando em viajar para o Sudão, mas acompanhei os seus posts e entrou na lista de desejo. E o fato de vocês terem conseguido fazer com um guia e transporte facilita bastante viajar com minha pequena.
Facilita mesmo. Mas viajar no Sudão de forma independente também me pareceu tranquilo. O importante é ir.
Eu tô apaixonada pelas suas fotos e pelos cenário, o post ficou bem completo, dá pra sentir sua experiência além de ajudar quem tá planejando viagem pro destino. Parabéns.
Obrigada, Deisy. Viajar no Sudão é super maravilhoso. É bonito demais.
Uau, fiquei encantada pela tua viagem pelo Sudão! As fotos todas estão sensacionais, mas em especial as das paisagens com pirâmides me deixaram de boca-aberta…
O contato com essas paisagens, e também com o povo e com a cultura deve ter sido uma experiência ímpar!
Helen, viajar no Sudão foi bom demais. Foi uma experiência incrível e fabulosa. Super recomendo.
Nossa! Que viagem exótica! Adorei as dicas e o roteirinho dia a dia relatando a viagem de vcs! Suas fotos são incríveis! Abraços
Obrigada, Roberta. Viajar no Sudão é maravilhoso. Estas são as dicas para viajar no Sudão que gostaríamos de ter lido antes de ir. Muito obrigada.
Acho que visão sensacional, ainda mais que informações assertivas sobre o Sudão são raras. Parabéns pelo trabalho!
Muito obrigada, Roberta.
Fascinante! Como conseguiram arranjar o contacto para viajar por lá?
Olá Yolanda. O contacto da pessoa que nos acompanhou no Sudão foi-nos dado por um amigo.
Gostei bastante desse post sobre o Sudão. Confesso que tenho medo de planejar uma viagem para lá, mas com essas informações bem detalhadas, já me animei. Principalmente ao ver essas fotos lindas! Parabéns, bem completo!
Muito obrigada, Mariana. Dá medo sim, mas só do que ouvimos na tv. Viajar no Sudão é muito bom e o país é muito bonito. A situação de segurança muda muito mas nesta altura era muito seguro mesmo. Muito mais do que viajar na Europa. Acredita?
Viajar no Sudão deve ser realmente uma experiência avassaladora! Não sabia que a qualidade da água era assim, muito boa a dica sobre os alimentos, sobretudo pra mim que gosto de sair provando tudo pela frente.
Convém ter muita atenção aos alimentos e à água quando se viaja em África. E viajar no Sudão é apenas um exemplo.
Que post completo. São muitas as informações e dicas necessárias para conhecer um lugar como esse. Facilita bastante e até anima a gente a conhecer essas paisagens belíssimas.
Muito obrigada, Fabiola. Visitar o Sudão e viajar no país foi uma das melhores experiências dos últimos anos.
Tudo somado, analisando prós e contras, se fosse hoje (e tendo possibilidade de escolher) viajarias da mesma forma ou em transportes públicos? Bjs e parabéns pelos relatos diários do Sudão… 🙂
Não sei… As experiências que tive foram BRUTAIS! Conheci gente e lugares que nunca teria hipótese de conhecer de outra maneira, especialmente aldeias e no que toca aos modos de vida. Prefiro pensar que tenho que voltar para viajar de forma diferente mas não trocava esta experiência por mais nenhuma. Foi a opção acertada tendo em atenção o que queira fazer, o tempo que tinha e a situação do país, tenho a certeza.