VISITAR ANURADHAPURA – A cidade sagrada do Sri Lanka

Visitar Anuradhapura é conhecer um lugar que combina na perfeição o passado com o presente, sendo uma das cidades com ocupação humana mais antiga da Ásia. Antiga capital do reino do Sri Lanka, a cidade de Anuradhapura floresceu durante mais de mil anos, e nesse período foram construídos palácios, mosteiros, stupas e monumentos, mas caiu no esquecimento depois de ter sido em grande parte destruída por invasões vindas do sul da Índia e abandonada em 993. No século XIX e XX, durante o período colonial inglês, Anuradhapura voltou a assumir um papel de relevância nacional, detentora de um conjunto de monumentos que foi classificado como Património Mundial da UNESCO e é hoje um das principais atracções turísticas do Sri Lanka.

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A Cidade Sagrada de Anuradhapura situa-se num dos vértices do chamado “triângulo cultural do Sri Lanka”, localizado no centro da ilha e abrangendo uma área que inclui atracções que, à semelhança de Anuradhapura, são Património Mundial da UNESCO, como a Cidade Antiga de Polonnaruwa, a Fortaleza de Sigiriya, as Grutas de Dambulla e a Cidade Sagrada de Kandy. Visitar Anuradhapura é assim algo a não perder numa região que exibe os expoentes culturais, históricos e naturais do Sri Lanka.

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Visitar Anuradhapura, centro do budismo do Sri Lanka

Anuradhapura é muito mais do que um conjunto de monumentos. A sua fundação data do século V a.C., cerca de 50 anos depois da morte de Buda, e durante séculos foi o centro do Budismo Theravada, o ramo do Budismo mais fiel aos ensinamentos mais próximos do Buda histórico. Anuradhapura foi detentora de relíquias sagradas (incluindo a mais sagrada e emblemática de todas, o Dente Sagrado de Buda, que chegou ao Sri Lanka no século IV e que hoje repousa em Kandy) e fiel repositório dos ensinamentos de Sidarta Gautama, Buda, o “Iluminado” e fundador do Budismo no século VI a.C., sendo local de uma das maiores universidades da Antiguidade, frequentada por monges nacionais e estrangeiros que ali afluíam para ter acesso a conhecimento privilegiado.

Durante a ocupação portuguesa (1505 – 1658) e holandesa (1658 – 1798) do Sri Lanka o Budismo e o Hinduísmo passaram por aquilo que é designado como “Idade das Trevas”. Em particular, os portugueses empreenderam uma tentativa de colonização e controlo de todo o território do Sri Lanka, algo singular no império português no Oriente, onde a regra era o estabelecimento de entrepostos comerciais e a fixação apenas em locais costeiros específicos. A partir da segunda metade do século XVI, os portugueses encetaram campanhas militares brutais e missões de evangelização forçada, destruindo os principais templos hindus e budistas do Sri Lanka (diz-se que até destruíram o Dente Sagrado de Buda em Goa), mas nunca chegaram a controlar todo o país, sendo que o reino de Kandy manteve a sua independência face aos invasores.

Os holandeses, cristãos protestantes, mostraram-se mais tolerantes mas, ainda assim, proibiram o culto budista em muitos dos locais conquistados aos portugueses (na altura em que Portugal pertencia a Espanha, em guerra com a Holanda por territórios longínquos). Só mais tarde, já nos séculos XIX e XX e durante a colonização inglesa, fruto da força e fé dos cingaleses, que nunca perderam a esperança em recuperar os locais sagrados, mas também de uma corrente de revivalismo do Budismo no ocidente (com místicos e médiuns a visitar o Sri Lanka), muitos dos templos desaparecidos foram reconstruídos, as dagobas mais importantes foram resgatadas da selva e o culto budista voltou a encher as ruas e locais sagrados.

Hoje, Anuradhapura em particular é encarada como uma cidade sagrada e os seus monumentos, em especial as suas gigantescas stupas, são locais de peregrinação e de celebração. Pudemos testemunhar isso no primeiro dia do ano de 2023 quando, apesar de os budistas celebrarem o Ano Novo no início da Primavera, dezenas de milhares de pessoas acorreram aos templos e stupas de Anuradhapura para rezarem aos deuses e pedirem boa sorte para o ano que se iniciava. Visitar Anuradhapura é assim conhecer uma cidade viva, em que os monumentos, glórias do passado, continuam a ter hoje um profundo significado para todos os cingaleses. Anuradhapura continua a ser o centro activo do Budismo no Sri Lanka e é parte essencial da identidade cultural e religiosa do país.

GUIA DE VIAGEM DO SRI LANKA

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DICAS PRÁTICAS PARA VISITAR ANURADHAPURA

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Para poder desfrutar de tudo o que Anuradhapura tem para lhe oferecer, deve planear a sua visita antecipadamente, nomeadamente como visitar e onde dormir. Deixamos então aqui algumas dicas práticas para não perder nada quando visitar Anuradhapura.

1. Como visitar Anuradhapura

A melhor forma de visitar Anuradhapura é fazê-lo de forma independente, e ficando a dormir na cidade. O recinto da área arqueológica estende-se por vários quilómetros, dividida em diferentes áreas, por isso quando visitar Anuradhapura deverá ter um transporte próprio para explorar convenientemente o recinto, seja de bicicleta ou mota, ou então riquexó (tuk-tuk). Se escolher andar de tuk-tuk, pode também, dessa forma, desfrutar de uma visita guiada.

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Finalmente, se tiver pouco tempo no Sri Lanka, não deixe de visitar Anuradhapura, nem que seja em excursão organizada. Pode visitar Anuradhapura a partir de Colombo, incluindo uma visita à Fortaleza de Sigiriya.

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Outra opção é visitar Anuradhapura, em conjunto com as Grutas de Dambulla, o Parque nacional Wilpattu e Mihintale, a partir de Kandy.

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2. Onde dormir quando visitar Anuradhapura

Em Anuradhapura, ficámos alojados no Amsterdam Tourist Rest, uma boa opção localizada relativamente perto da New Bus Station, com um bom restaurante perto, na rua de trás, e a possibilidade de também ter refeições feitas no próprio alojamento (não experimentámos esta opção). O nosso quarto era bastante confortável e o dono era muito atencioso, sempre a tentar ajudar. Era possível alugar bicicletas ali, mas acabámos por nos decidir por alugar mota noutro lugar.

Outras opções de qualidade para dormir no centro de Anuradhapura são:

• o Rajarata Reach Resort, num segmento económico

• o Aryana Boutique Hotel num segmento médio

• o Hotel White House, num segmento um pouco mais alto.

Para dormir fora do centro de Anuradhapura, mas mais perto do recinto arqueológico, outras opções de alojamento de qualidade são:

• a Punkalasa tourist lodge, num segmento económico.

• o Monaara Resort – Anuradhapura, num segmento médio.

• o Kubura Resort, num segmento um pouco mais alto.

3. Seguro de viagem para viajar no Sri Lanka

A IATI tem um seguro que é ideal para viajar para o Sri Lanka. Todos os seguros da IATI cobrem tratamento por contágio por coronavírus e essa informação consta no certificado da apólice, já que alguns países pedem um seguro obrigatório com esta cobertura. Porém, se fizer o seguro do pack de seguro de viagem + seguro de cancelamento opcional, este cobre o cancelamento da viagem caso o segurado, seus pais ou filhos testem positivo para COVID-19 antes de ir para o Sri Lanka. Este novo seguro cobre também actividades como cicloturismo, trilhos, roadtrips, autocaravana, campers, etc. Sendo assim, o seguro IATI é, claramente, o melhor seguro do mercado neste momento para viajar no Sri Lanka e visitar Anuradhapura.

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O QUE VER E FAZER QUANDO VISITAR ANURADHAPURA

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Para desfrutar de tudo o que Anuradhapura tem para oferecer aconselhamos que dedique pelo menos 1 dia inteiro a visitar a cidade. No seu auge, Anuradhapura estava dividida em diferentes zonas, que correspondiam a distintos grupos de monges, com interpretações diferentes da doutrina budista. As três principais zonas que deverá ter em atenção ao visitar Anuradhapura correspondem aos três principais complexos de mosteiros, Mahaviharaya, Jetavaranama e Abhayagiri. Para não perder nada, deixamos aqui as nossas sugestões sobre o que ver e fazer quando visitar Anuradhapura.

1. Explorar a parte sul do recinto quando visitar Anuradhapura

A zona do recinto de Anuradhapura a sul do Mahaviharaya tem alguns monumentos de interesse, que pode conhecer antes de se dirigir ao museu arqueológico e comprar (lá perto) o bilhete para visitar Anuradhapura.

1.1. Visitar o templo Isurumuniya Vihara em Anuradhapura

O templo Isurumuniya Vihara tem um preço de entrada que não está incluído no bilhete para visitar Anuradhapura, por isso pode passar por este templo logo no início. É um templo muito bonito, que data do reinado de Devanampiya Tissa (307 – 267 a.C.), com um edifício principal com uma estátua de Buda deitado, mas o que atrai mais visitantes são os rochedos ao lado e a árvore sagrada (bodhi). No topo dos rochedos existem alguns santuários, incluindo uma pegada de Buda, e tem-se belas vistas para os arredores, incluindo a Dagoba Sandahiru. A não perder quando visitar Anuradhapura.

Na face de um dos rochedos pode também admirar-se a escultura em relevo de elefantes e uma reentrância para onde os crentes atiram moedas. No edifício mais pequeno há um museu com algumas peças, onde se destaca “Os amantes de Isurumuniya”, onde estão representados o filho do rei Dutugemunu, que renunciou ao seu direito ao trono para casar com a sua amada de casta mais baixa.

1.2. Admirar a Sandahiru Seya em Anuradhapura

Inaugurada em Novembro de 2021, esta enorme dagoba é um templo moderno mas que honra a devoção milenar do povo do Sri Lanka e comemora o fim da guerra civil que assolou parte do país entre 1983 e 2009. Após 10 anos de construção, é a maior dagoba a ser erigida em Anuradhapura desde a Dagoba Jetavanarama, há mais de 1700 anos. A não perder quando visitar Anuradhapura.

1.3. Visitar o Sri Sarannada Maha Pirivena em Anuradhapura

Do outro lado da rua, em frente a Sandahiru Seya, fica o Sri Sarannada Maha Pirivena, um centro educacional para monges budistas, e onde poderá visitar um templo escavado na rocha e admirar uma enorme estátua de Buda. A não perder quando visitar Anuradhapura.

2. Descobrir o Museu Arqueológico quando visitar Anuradhapura

Visitar o museu arqueológico não é uma das coisas obrigatórias a fazer quando visitar Anuradhapura, mas se tiver algum tempo não deixe de conhecer este museu, com artefactos e estátuas encontradas no local, e fotografias da época das escavações arqueológicas em Anuradhapura.

3. Explorar o Mahaviharaya quando visitar Anuradhapura

Mahaviharaya corresponde à zona da cidade de Anuradhapura que foi concedida pelo rei Devanampiya Tissa, o primeiro governante do Sri Lanka convertido ao Budismo e que ajudou a construir as primeiras comunidades e mosteiros budistas. É uma das áreas a não perder quando visitar Anuradhapura, pois contém alguns dos principais monumentos de Anuradhapura.

3.1. Visitar a Sri Maha Bodhi em Anuradhapura

Sri Maha Bodhi é um dos lugares mais sagrados para os budistas do Sri Lanka. É uma figueira do tipo “árvore bodhi” e é considerada a árvore viva mais antiga do planeta (com data registada de plantação) pois acredita-se que tenha sido plantada em 288 a.C. a partir de um ramo da árvore bodhi sob a qual Buda atingiu a Iluminação espiritual, que terá sido trazido para o Sri Lanka pela monja Sangamitta, filha do rei indiano Ashoka, que deu origem à primeira grande expansão do Budismo.

A árvore está situada numa plataforma elevada, rodeada de um gradeamento, não sendo possível o acesso ao patamar superior por questões de segurança (actos de vandalismo e até de terrorismo aconteceram ali). Hoje Sri Maha Bodhi continua a atrair milhares de visitantes todos os dias (mas especialmente nos dias festivos), que ali se deslocam para prestar homenagem e fazer oferendas a esse ser vivo que é um símbolo do Budismo no Sri Lanka há mais de dois mil anos. Absolutamente a não perder quando visitar Anuradhapura.

3.2. Admirar o Lowamahapaya em Anuradhapura

Lowamahapaya é também conhecido como “Palácio de Bronze”, pois o edifício original (mandado construir pelo rei Dutugemunu) tinha telhas desse material, e crê-se que teria nove andares albergando mais de 1000 monges. Hoje, o que sobra de tal construção são dezenas de colunas de pedra (das originais que ultrapassariam as mil), uma visão impressionante. O edifício que se vê é recente. O acesso ao recinto estava vedado quando visitámos Anuradhapura por isso só pudemos ver do exterior do gradeamento. A não perder quando visitar Anuradhapura.

3.3. Visitar a Dagoba Mirisavatiya em Anuradhapura

Mandada construir pelo rei Dutugemunu, a Dagoba Mirisavatiya é uma das grandes stupas a não perder quando visitar Anuradhapura. Só o seu núcleo tinha sobrevivido aos séculos de abandono, mas nos anos 80 e 90 foi alvo de várias tentativas de reconstrução. O edifício actual data da reconstrução de 1993 e tem características diferentes do edifício original.

3.4. Visitar a Dagoba Ruvanvelisaya em Anuradhapura

A Dagoba Ruvanselisaya é uma das mais importantes stupas de Anuradhapura, sendo um dos 16 locais de veneração (“Solosmasthana”) no Sri Lanka associados às visitas do Buda à ilha. No século XIX estava num estado de degradação avançado, mas no século XX foram angariados os fundos necessários à sua reconstrução, tendo sido coroada em Novembro de 2019. Tem 103 m de altura e é uma das construções mais impressionantes de Anuradhapura (embora a stupa original tivesse praticamente metade dessa altura).

Nós tivemos a sorte de visitar Anuradhapura no dia 1 de Janeiro, e em particular a Dagoba Ruvanselisaya revelou-se como principal centro das celebrações, com dezenas de milhares de pessoas (tanto leigos como monges) a afluir ao local para prestar a sua homenagem e fazer votos de Bom Ano Novo. Definitivamente a não perder quando visitar Anuradhapura.

3.5. Admirar a Dagoba Thuparama em Anuradhapura

A Dagoba Thuparama é a dagoba mais antiga de Anuradhapura (e talvez a stupa mais antiga do mundo), tendo sido o primeiro edifício a ser erigido após a chegada de Mahinda Thera, filho do rei Ashoka, que introduziu o Budismo no Sri Lanka, e diz-se que albergaria o osso da clavícula direita de Buda.

Apesar de ter sido alvo de reconstrução (1842), alterando um pouco a forma do edifício original, esta dagoba mantém uma imagem diferente das outras pela existência de mais de 40 colunas de pedra ao alto (e algumas inclinadas) que sustentariam um vatadage, ou seja, uma casa circular com um telhado que cobriria a stupa. A não perder quando visitar Anuradhapura.

4. Admirar a Dagoba Jetavanarama quando visitar Anuradhapura

A Dagoba Jetavanarama é, talvez, a construção mais impressionante de Anuradhapura. Data originalmente do reinado do rei Mahasena (273–301) e resultou das tensões entre os grupos de monges budistas prativcantes dos ramos Theravada e Mahayana do Budismo, que por vezes se combatiam. A destruição de Mahaviharaya levou à construção desta stupa que era, à época, com mais de 120 m de altura, a estrutura mais alta do planeta a seguir às pirâmides do Egipto.

O edifício que chegou aos nossos dias, coberto de selva no século XIX mas mantendo a sua estrutura, data de uma reconstrução do século XII (após destruição por parte das dinastias invasoras do sul da Índia), tendo actualmente «apenas» 71 m de altura. Mantém a sua fachada em tijolo e é um edifício verdadeiramente enigmático e deslumbrante. Absolutamente a não perder quando visitar Anuradhapura.

5. Explorar a Citadela quando visitar Anuradhapura

A Citadela é outra parte da antiga cidade que pode explorar quando visitar Anuradhapura, pertencente a uma época mais recente (séculos XI e XII), mas que não sobreviveu da mesma forma, sendo muito pouco aquilo que chegou aos nossos dias. Na Citadela pode visitar as ruínas do Palácio Real do rei Vijayabahu I, o Dalada Maligawa, as ruínas de um templo que terá albergado o Dente Sagrado de Buda, e ainda o Refeitório Mahapali, onde ainda se pode observar a enorme gamela onde era colocado o arroz que alimentava os milhares de monges. Um lugar interessante para ver quando visitar Anuradhapura.

6. Explorar o Mosteiro Abhayagiri quando visitar Anuradhapura

Abhayagiri foi o outro dos três grandes complexos monásticos de Anuradhapura, sendo onde se ensinavam as práticas budistas refentes aos ramos Mahayana e Vajrayana do Budismo, que surgiram e se foram desenvolvendo no que são hoje os territórios da Índia, Paquistão e Nepal, entre os séculos II e XII. Estas doutrinas, baseadas no culto de bodhisattvas e em textos escritos e tradição oral que iam muito para além do Cânone budista tradicional, eram vistas como heréticas pelos praticantes do ramo Hinayana, simbolizado pelo Grande Mosteiro, Mahaviharaya, em Anuradhapura. Abhayagiri era então uma verdadeira universidade internacional, onde estudiosos e monges iam para traduzir textos para as suas línguas ou para ensinar novas doutrinas. Mas, a partir do século XII, Abhayagiri deixou de estar nas graças dos governantes e perdeu a supremacia, sendo desmantelado como ordem religiosa. Até hoje o Budismo no Sri Lanka reflecte uma preponderância total do ramo Hinayana, mas os monumentos de Anuradhapura sobreviveram para nos contar um pouco da história gloriosa e conturbada de religião e poder no Sri Lanka. A não perder quando visitar Anuradhapura.

6.1. Admirar a Dagoba Abhayagiri em Anuradhapura

A Dagoba Abhayagiri era o centro espiritual do complexo monástico e é uma das construções mais emblemáticas de Anuradhapura. O edifício original data do século I a.C., e tinha mais de 100 m de altura. O edifício actual, fruto de várias reconstruções, atinge 70 m de altura e tem a fachada ainda em tijolo. É uma visão verdadeiramente impressionante, especialmente se estiverem a decorrer cerimónias em seu redor.

A Dagoba Abhayagiri terá albergado a relíquia do Dente Sagrado de Buda e ainda hoje, apesar de séculos debaixo de floresta, é um dos locais mais venerados no Sri Lanka. Absolutamente a não perder quando visitar Anuradhapura.

6.2. Admirar as estátuas Samadi de Buda em Anuradhapura

No enorme recinto de Abhayagiri, podem ver-se algumas estátuas de pedra de Buda sentado na posição de meditação (samadi), principalmente nas imediações da Dagoba Abhayagiri, e ainda são local de veneração por parte de pessoas que passam, param e rezam. Lugares enigmáticos para conhecer quando visitar Anuradhapura.

6.3. Visitar a Dagoba Lankarama em Anuradhapura

Mandada construir pelo rei Valagamba (89 – 77 a.C.), a Dagoba Lankarama é uma stupa que, apesar de reconstruída (e não se conhecer promenores do edifício original) retém ainda algumas colunas de pedra à sua volta (à semelhança da Dagoba Thuparama), mostrando a existência de um vatadage. A não perder quando visitar Anuradhapura.

6.4. Admirar o Eth Pokuna em Anuradhapura

Perto da Dagoba Lankarama, encontra-se o Eth Pokuna, que significa Lago dos Elefantes, um enorme lago artificial que, apesar do nome, não servia para dar banho a elefantes, mas sim para uso dos mais de cinco mil monges que viviam no auge do mosteiro Abhayagiri. Um lugar a não perder quando visitar Anuradhapura.

6.5. Admirar a Moonstone em Anuradhapura

A noroeste da Dagoba Abhayagiri, encontram-se as ruínas de uma zona residencial de monges, também conhecido como Palácio de Mahasena, onde se pode encontrar um dos mais belos exemplares de “moonstone”, uma pedra em forma semicircular com anéis concêntricos, com representações de animais que se pensa serem um símbolo dos vários estádios do caminho espiritual.

6.6. Admirar o Kuttam Pokuna em Anuradhapura

O número de lagos artificiais em Anuradhapura é verdadeiramente surpreendente, mas os dois Kuttam Pokuna, que significa Lagos Gémeos, são dos mais interessantes, localizados a leste da Dagoba Abhayagiri. Datam provavelmente do século VIII ou IX e, apesar do nome, não são da mesma idade nem do mesmo tamanho (o mais pequeno é mais antigo). Fazem no entanto um belo conjunto arquitectónico, com degraus a conduzir à água, indicando uma função ritualística, e que vale a pena admirar quando visitar Anuradhapura.

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O QUE VISITAR A PARTIR DE ANURADHAPURA

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Apesar de Anuradhapura ter imenso para conhecer, há dois lugares fora da cidade que vale a pena descobrir quando visitar Anuradhapura.

1. Visitar o Parque Nacional Wilpattu a partir de Anuradhapura

O Parque Nacional Wilpattu é o maior parque nacional de vida selvagem do Sri Lanka, com mais de mil quilómetros quadrados, mas também é aquele que sofreu mais com a Guerra Civil, estando fechado ao público durante largos anos, e sendo ameaçado pelas incursões de caçadores furtivos. Reaberto desde 2010, o Parque Nacional Wilpattu volta hoje a ser um dos principais locais do Sri Lanka para a observação de vida selvagem, embora os números de certas espécies ainda estejam em recuperação. Este parque é uma boa opção para quando visitar Anuradhapura. Quando visitámos o Parque Nacional Wilpattu a partir de Anuradhapura, apanhámos um tuk-tuk até quase à entrada do parque, onde encontrámo-nos com o motorista e jipe do safari. Na viagem de volta a Anuradhapura, apanhámos um autocarro. Mas a melhor opção é arranjar uma excursão que inclua a deslocação a partir do hotel onde esteja alojado.

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O Parque Nacional Wilpattu, além de ser muito grande, tem em grande parte vegetação alta e densa, não facilitando a observação de muitas espécies, principalmente mamíferos. No entanto, o parque tem uma população considerável de leopardos e ursos-preguiça, e é bastante comum ter a sorte de ver estas espécies.

Na nossa visita ao Parque Nacional Wilpattu não tivemos muita sorte, sendo que não vimos nem elefantes nem leopardos, mas tivemos a sorte de ver uma espécie que nos faltava ver no Sri Lanka, o urso-preguiça. E logo três espécimes, em duas ocasiões! Primeiro vimos um macho solitário e depois uma fêmea com uma cria! Foram apenas alguns momentos, pois os ursos estavam em movimento e embrenharam-se na vegetação, mas já fez valer a pena a visita ao Parque Nacional Wilpattu! A não perder quando visitar Anuradhapura.

2. Visitar Mihintale a partir de Anuradhapura

Nós não tivemos tempo de visitar Mihintale, mas se tiver tempo não deixe de conhecer este local simbólico da história do Budismo no Sri Lanka. Foi em Mihintale que Mahinda viveu quando trouxe o Budismo para o Sri Lanka, e onde acabou por falecer, sendo que as suas relíquias se encontram numa dagoba no local. A considerar quando visitar Anuradhapura.

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