Viajar está ao alcance de TODOS (os testemunhos dos nossos seguidores)

Viajar está ao alcance de TODOS (os testemunhos dos nossos seguidores)

O Viajar entre Viagens decidiu dar voz aqueles que nos seguem, muitas das vezes, em silêncio e no anonimato. Uns são viajantes destemidos, com muita ou pouca experiência, outros são amantes de viagens e apaixonados pelo mundo. Todos, sem excepção, são viajantes de coração porque a maior das viagens é aquela que fazemos dentro de nós próprios. Pedimos aos nossos seguidores que partilhassem connosco, e convosco, a sua paixão pelas viagens e pelo mundo. São textos que servem de inspiração a todos aqueles que sonham em viajar.

ZÉLIA DELGADO (Évora, Portugal)

Viajar está ao alcance de TODOS (os testemunhos dos nossos seguidores)Lembro-me de ser pequena e de ver dois programas na televisão que me marcaram para sempre, os Jogos Sem Fronteiras e, outro, cujo nome não recordo, um concurso de cultura geral sobre diversos países. Adorava, e lembro-me muito deles ainda hoje. Parte dos países e das cidades que quis e quero conhecer descobri-os aí. Nos Jogos Sem Fronteiras descobri Sienna e Bordeaux e disse “um dia hei-de conhecer estas cidades” e conheci! No concurso descobri, por exemplo, a Tailândia e a Argentina e disse baixinho “um dia hei-de visitar estes países” e visitei! Para mim viajar é sobretudo descobrir e, nesse sentido, talvez a minha primeira viagem se tenha materializado no momento em que escolhi o sítio para onde ir estudar: Évora. Ir estudar para lá era uma verdadeira aventura que fez a minha mãe chorar dias a fio. Estava por minha conta e isso foi bom. As minhas primeiras viagens não foram viagens. Estranho? Não. Viajei para Maiorca e para a República Dominicana mas não fiz uma viagem no sentido que faço hoje. Fui de férias para a praia. Hoje isso sabe-me a pouco por mais maravilhosa que seja a praia e o hotel. Depois comecei a fazer viagens com programas elaborados por mim mas organizados por agências de viagem. Tinha todas as mordomias, hotéis de luxo, motorista particular. É agradável ter tudo isso? É! Mas ainda é mais estudar percursos, procurar hotéis, combinar voos. É o que faço agora. Assim, viaja-se o ano todo! É que no tempo que estamos a preparar a viagem já estamos a viajar.

SÉRGIO TERRAS (Guarda, Portugal)

Viajar está ao alcance de TODOS (os testemunhos dos nossos seguidores)Desde muito novo a sensação de ir ao encontro do desconhecido e de o explorar era algo que tenho ainda hoje dificuldade em explicar; é indescritível, não se explica, sente-se! Apesar de não ser a minha área de formação e não ter sido um aluno exemplar na escola, a disciplina que mais gostava era Geografia. Penso que o meu gosto pelas viagens nasceu com essa curiosidade em relação ao desconhecido e com o enorme desejo de explorar o mundo, de constatar com os meus próprios olhos a sua grande diversidade cultural. Aliado a tudo isto, surge ainda a enorme paixão que tenho por fotografia, que cresceu ao longo dos anos, de tal forma, que me licenciei em Comunicação Multimédia. Contudo havia algo que me impedia de viajar com a frequência que gostava, procurar sempre alguém para me acompanhar nas aventuras. Recentemente tomei coragem e decidi viajar de forma independente. Programei toda a minha viagem e, sem qualquer intermediário, resolvi partir à descoberta, apenas com a responsabilidade de me preocupar comigo mesmo. Após a primeira viagem a solo pergunto-me “porque raios demorei tanto tempo para tomar essa decisão?” Viajar a solo foi das melhores experiências em toda a minha vida. Tudo foi diferente. As escolhas foram única e exclusivamente minhas, tudo partiu de mim e as decisões tomadas com base nas minhas preferências. O facto de estar só permitiu-me uma maior interacção quer com as populações locais quer com outros viajantes que também viajavam nas mesmas circunstâncias, permitindo-me fazer muitos amigos. Viajar acompanhado é uma experiência muito diferente, é bom no sentido em que podemos partilhar mais com o(s) outro(s), todavia sozinho senti a imensidão do mundo como nunca tinha sentido antes. A minha primeira viagem a solo é, com toda certeza, a primeira de muitas…

CATARINA CARONA (Porto, Portugal)

Viajar está ao alcance de TODOS (os testemunhos dos nossos seguidores)Não sei dizer quando começou esta minha “paixão” por conhecer o mundo mas desde que me lembro que sempre fui apaixonada por mapas, programas da natureza, de viagens, livros com histórias de aventuras, etc… por tudo o que me fizesse viajar e sair do meu “mundo”. Penso que o facto de ter nascido noutro continente e de ter começado a viajar desde bebé com os meus pais para Portugal nas férias poderá ter ajudado a abrir-me os horizontes… mal comecei a juntar dinheiro na adolescência fiz as primeiras viagens pela Europa, e depois foi sempre a “somar” destinos, com uma vontade insaciável de conhecer mais mundo, sempre apaixonada pelos lugares, pessoas, costumes, cultura, tradições, gastronomia, etc… Tudo me interessa quando viajo. Gosto tanto da descoberta cultural, como da sensação de ver pela primeira vez novas paisagens, daquelas de abrir a boca: como a imensidão dum deserto, a vastidão duma cordilheira de montanhas nevadas, a sensação de chegar a um lugar que ainda ninguém chegou antes… é um sentimento incrível! De todas as minhas paixões, esta é a mais forte, que me acompanha todos os dias e que não me deixa sossegar nunca, quando estou a regressar ou a acabar uma viagem já estou a fazer planos para a próxima, é o motor que me faz trabalhar, que me dá energia e alegria!

DAVID HENRIQUES (Loulé, Portugal)

Viajar está ao alcance de TODOS (os testemunhos dos nossos seguidores)Se nascemos com um propósito, acho que o meu é conhecer o mundo e documentá-lo. Desde pequeno que fui habituado a viajar com os meus pais, tanto dentro como fora de Portugal, e comecei desde cedo a viajar com amigos, seja em visitas de estudo ou viagens de finalistas. Depois de um Interrail que nunca aconteceu, a vontade de elevar a parada continuava a crescer, até que propus a uma amiga de longa data uma viagem pelo Brasil. A viagem correu às mil maravilhas e só veio provar algo que eu já sabia – viajar vai ser a minha vida. Um ano depois, não tinha companhia mas não podia estar parado. Foi então que me aventurei na minha primeira viagem a solo. Era verdade o que diziam, viajar sozinho é uma experiência completamente diferente, mas que se tornou muito mais enriquecedora em todos os aspectos. Com o prazer de viajar, cresceu também a paixão pela fotografia, duas áreas que se complementam na perfeição.

ANA ISABEL VERÍSSIMO (Peniche, Portugal)

Viajar está ao alcance de TODOS (os testemunhos dos nossos seguidores)Desde que me conheço que quero, simplesmente, ir à descoberta. Poderá ter começado quando viajava com os meus pais em Portugal, de lés a lés, de autocarro, comboio, barco ou excursões. Andava na escola primária e dizia que queria ser hospedeira, pois para mim era a forma de poder viajar. Toda a gente que me conhece, até que seja por breves momentos, percebe o quanto amo as viagens, involuntariamente passo essa mensagem. Sou sempre a que se emociona a ouvir as suas histórias. Sou a que quer saber o que se ouvia, cheirava, se era quente ou frio. Sou aquela que procuram quando querem fazer uma viagem e não sabem o que visitar, apesar de ainda não ter visitado esse destino. Sou a que sabe de cor o nome dos locais que visitaram mas onde nunca fui. E principalmente, sou aquela que cada vez que sai de casa encontra sempre algo com que se maravilhar, seja o mar, o pôr do sol, a gruta que ainda não tinha reparado. Quem é meu amigo e viaja, envia-me fotos e vídeos do seu destino, invariavelmente com a frase: “Porque sei que gostas!”. Fico tão grata. Infelizmente nunca tive a possibilidade de viajar muito, gostaria, porque este mundo é tão grande e tão diferente. Como podemos não o querer conhecer? Há florestas e desertos, há ruínas de civilizações antigas e há arranha-céus, há animais maravilhosos e tribos mágicas, há vulcões e glaciares. Há LIBERDADE lá fora!!! Nunca viajei muito, mas nem por isso deixo de “viajar” de outras formas: Tenho o meu blogue preferido e tenho Google Earth!!! 😀 Terminaria assim: “Tente. Sei lá, tem sempre um pôr-do-sol esperando para ser visto, uma árvore, um pássaro, um rio, uma nuvem. Pelo menos sorria, procure sentir amor. Imagine. Invente. Sonhe. Voe.” de Caio Fernando Abreu.

ANA SANTOS (Santa Maria da Feira, Portugal)

Viajar está ao alcance de TODOS (os testemunhos dos nossos seguidores)Viajo em família porque gosto de passar horas com a minha família na cabine de um comboio com tempo para falar, ler e conviver com passageiros das mais variadas nacionalidades; gosto de dormir numa tenda com vista para as dunas de Sossusvlei; gosto que a minha filha faça amizade com uma menina em Vinales e se sinta grata por morar numa casa muito diferente da casa da menina; gosto que a minha filha entre numa mesquita em Mostar e numa catedral em Paris; gosto que ela diga Gracias e Terima kasih; gosto que aprecie tzatziki em Creta e plov em Khiva e esteja disponível para provar primeiro e só depois decidir se gosta; gosto que respeite os costumes culturais como o simples uso de dentes de ouro (apesar de não gostar); que explique aos amigos quem foi Anne Frank e como foi visitar a sua casa; que escolha percorrer os Passadiços do Paiva seguido de um almoço-piquenique como forma de se divertir. O que me faz viajar é esta possibilidade de aproximação aos outros e às suas realidades, o confronto com preconceitos e limitações e o desafio de, constantemente, descobrir novas formas de superar as contrariedades. Viajar reforça o respeito pelos outros e por nós próprios, facilita o entendimento de vários acontecimentos e das causas que estiveram na sua origem, torna-nos gratos pelo que temos e faz-nos perceber que partilhar o que temos é uma forma de sermos mais felizes.

ROSA FURTADO (Lisboa, Portugal)

Viajar está ao alcance de TODOS (os testemunhos dos nossos seguidores)Há quem coleccione carros e casas, quem coleccione selos, copos e isqueiros e até quem coleccione dinheiro. E há pessoas que, como eu, gostam de coleccionar o mundo. Ou mundos. Ou, pelos menos, pedacinhos desses mundos. Talvez esteja no ADN este gosto por ir conhecer o desconhecido. De transformar livros, revistas e apps em vivências 3D e sem óculos de realidade virtual. É tão bom alimentar os sentidos com coisas diferentes das que estamos habituados na rotina do dia a dia. Cores, sabores e cheiros diferentes. E sorrisos! Também gosto de coleccionar sorrisos! Quando não há outra linguagem em comum, os sorrisos falam por si. Que independentemente da geografia, raça ou religião, os sorrisos falam sempre por si e são iguais no mundo inteiro. Gosto de sentir os sítios onde vivem outros povos e os sítios que já foram história das vidas de outras pessoas. E há muito mais do que aquilo que os manuais da escola e as notícias da TV falam. Juntar as várias peças das histórias de vários povos de vários tempos e perceber que todos viveram a história da mesma forma, e que agora é a nossa vez de a viver. Acordar com um nascer do sol em África, ouvir a chamada para a mesquita, regatear nos mercados, sentir a areia do deserto nas mãos e o ar da montanha na cara, tirar fotos no meio das famílias indianas, comer na rua, apanhar chuva tropical, ver os nossos primos primatas de perto e… sorrir! E acreditar que, apesar de tantas notícias más que de desenrolam diariamente ante os nossos olhos, o nosso mundo é bem mais bonito. E acreditar que os sorrisos vencem sempre as adversidades! Bem… fiquei com saudades… vou já à procura do próximo destino.

JOSÉ ESPINHO DE MATOS (Barreiro, Portugal)

Viajar está ao alcance de TODOS (os testemunhos dos nossos seguidores)No início eram as idas de férias para o Algarve (à boleia) com passaporte novo no bolso para ir a Espanha comprar caramelos para os pais (adoçar-lhes a boca) e calças de ganga das Loís e ténis da John Smith para mim. Do sul de Espanha a Marrocos foi um pulo…o meu primeiro encontro com outra cultura. Tudo era já ali para mim (pensei várias vezes em ir de bicicleta). Fui para França trabalhar a apanhar fruta (o meu Woodstock)…..daí a conhecer o resto da Europa foi rápido. Era um fascínio. Falámos de uma Europa com fronteiras (com muros e limitações), com moedas diferentes, em que se dividia o dinheiro em várias carteiras para não se misturar…outros tempos! O salto para outros continentes era inevitável. De todos, guardo um carinho especial por África porque é aquele que está menos intervencionado pelo turismo e onde podemos encontrar mais viajantes e menos turistas. A Natureza, essa, esmaga-nos…

MARINA ALBINO (Lourinhã, Portugal)

Viajar está ao alcance de TODOS (os testemunhos dos nossos seguidores)Vinte e nove anos depois voltei ao lugar onde pela 1ª vez me emocionei; àquele lugar da história, que marcou a minha adolescência e que me acompanhou nos livros escolares. Estava num dos lugares que marcaram a nossa identidade judaico-cristã e no qual estava a ter oportunidade de estar ali, pessoalmente. Em Dezembro de 1989, fiz a minha primeira viagem sozinha ao “ estrangeiro”, a Itália, onde fiquei alguns dias em Roma, em casa de uma família italiana que me acolheu e onde até hoje mantemos viva a nossa amizade. Tirando algumas viagens esporádicas, só em 2006 é que voltei a viajar anualmente, uma a duas vezes, quer com a família que constituí, quer com um grupo de amigas. Todos os anos preparamos as nossas viagens ao alcance das nossas bolsas. A preparação já é uma viagem e costumo dizer, que antes de ir, já lá fui e voltei muitas vezes. Gosto de planear as viagens para optimizar da melhor forma o tempo e locais a visitar. Gosto de viajar pelos locais da história, pelos costumes das gentes, pelo folclore e sobretudo pela gastronomia. Viajar é purificar a alma, é encher o peito de coragem para enfrentar o dia-a-dia. Para planear as minhas viagens, não passo sem consultar os blogs, páginas de facebook dos viajantes que vão transmitindo as suas experiências. Praga, Budapeste,Veneza, Berlim….Todas elas cheias de encanto, mas não posso deixar de recordar a minha última viagem, em Abril, pelos Balcãs, onde a História está ainda tão viva de acontecimentos tão duros e por outro lado com paisagens tão belas – Sarajevo, Pristina, Belgrado, Dubrovnik, Mostar, Kotor…. e a bela e magnífica Istambul, esse local onde terei que regressar…. Preparo-me agora para a viagem da minha vida, o regresso à terra que me viu nascer – Moçambique e depois disso venham as próximas, mais, sempre mais. Viajar não implica apenas viagens ao estrangeiro; conhecer o nosso país é essencial e após conhecer os outros países pode-se, sem dúvida, dizer que o nosso é maravilhoso, pela diversidade de paisagens, pela riqueza gastronómica e sobretudo pelas suas gentes…. Viajar torna a nossa vida melhor.

CAMILA FONTES (Salvador, Brasil)

Viajar está ao alcance de TODOS (os testemunhos dos nossos seguidores)Viajar, para mim, é mais do que tirar férias e escolher um bom lugar para relaxar. Viajar para mim é uma terapia. É um estado de espírito. É a contemplação da vida; a reflexão da minha vida. Viajar é me conectar comigo mesma e sentir, no meu íntimo, a autoconfiança que há, o Deus que habita em mim e faz tudo prosperar na minha caminhada. Quando viajo, sobretudo sozinha, tenho momentos só meus. Tudo pode correr de acordo com as minhas vontades e planejamento, mas também posso me deixar levar pelo fluxo e circunstâncias das situações, o que chamo de sincronicidade. Ela acontece quando se está sintonizado consigo, com os outros e o ambiente. Daí a intuição cria voz, e, simplesmente, a magia acontece! Surgem surpresas maravilhosas pelo caminho, e com isso vem à tona um estado profundo de gratidão ao universo. Viajar sozinha é perceber a importância de se interiorizar. É fortalecimento e satisfação pessoal. Mas além disso, é também perceber a importância das pessoas em nossas vidas; Que não conseguimos viver sem as amizades, as gentilezas das novas pessoas que encontramos e das antigas por quem sentimos saudades. Sempre fui apaixonada em fazer viagens, sempre com minha família e amigos. Mas foi depois do meu intercâmbio na Irlanda, onde fui sozinha e morei durante um ano, que esta paixão se tornou amor verdadeiro. Agora não sou mais uma cidadã comum, sou cidadã global. Me sinto encorajada a ir a qualquer canto do mundo, em quaisquer condições! Isso é a melhor sensação que possa existir, é realmente libertador! Viajar liberta!

CARLOS LUZ (Vialonga, Portugal)

Viajar está ao alcance de TODOS (os testemunhos dos nossos seguidores)Viajar é para mim uma doença. Uma doença boa, ainda assim. Digo-o sem piada, porque objectivamente é verdade. Tenho uma necessidade inerente e incontornável de viajar, de conhecer, experienciar, partilhar, descobrir e assimilar. Para crescer e para me conhecer. Não para mostrar aos amigos quantas viagens já fiz ou quão longe fui, mas porque o corpo mo exige e minha alma o grita aos sete ventos. Se passo muito tempo sem uma dose, começo a ressacar, fico irritadiço, impaciente e ansioso. É como um parasita, que apanhamos incautamente num rio tropical no Amazonas, e gradualmente se mistura na nossa corrente sanguínea, passando a definir parte do que nós somos. Para mim, viajar é uma bola de neve que rola incessantemente por uma montanha interminável abaixo. Começa por ser uma bola pequenina, a rolar pacatamente por uma pequena colina, como quem vai passar uma semana a Ibiza ou à República Dominicana. Estas primeiras vivências contribuem para aumenta um pouco a bola de neve e a vontade de mais experiências, mais completas e diferentes. Numa fase seguinte, ganhamos um pouco balanço e rolamos mais rápido. A bola de neve vai em crescendo, como quem faz a sua primeira viagem à volta de um país mais exótico, na Tunísia, em Cuba ou na Tailândia. As experiências multiplicam-se e alimentam o nosso apetite voraz. Começamo-nos a aperceber que há tantos países e tão pouco tempo. Tão pouco dinheiro. Mas lá arranjamos maneira de ir novamente. A bola de neve já mete respeito, de maneira que ninguém se põe à frente, e quando damos por nós, estamos há 3 semanas nas selvas milenares do Borneo, a 11.000 km de casa, sorrindo perante a percepção da nossa doença crónica e incurável. Ou estamos a entregar um trolley cheio de material escolar em Moçambique num orfanato. Ainda não regressámos e já planeamos ver as auroras boreais no circulo polar árctico ou ver o Grand Canyon a partir de um helicóptero. Juntando os amigos que ganhamos e as pessoas que conhecemos, a bola de neve é agora gigantesca, indestrutível e imparável. Que nem uma avalanche interminável que se alimenta a si própria, despenha-se pelo Evereste abaixo a uma velocidade vertiginosa. Já não nos questionamos se vamos, a única pergunta é onde e quando. Durante estes caminhos vertiginosos, tal como um paciente zero, vamos infectando as pessoas próximas de nós e quando damos por isso, o pessoal lá em casa já tem uma doença pior que a nossa. “Onde vamos a seguir?” perguntam-me, e ainda nem aterrámos na Portela. Sempre em família, é no decorrer das nossas viagens que coleccionamos alguns dos momentos mais incríveis e emocionantes das nossas ainda curtas vidas. Fotografar um leopardo através da savana africana, pasmar perante a aurora boreal abraçando a minha mulher com olhos marejados, nadar entre tubarões nas Maldivas de mão dada com a minha filha enquanto ela trauteia alegremente uma música pelo tubo de snorkelling …. Viajar é para mim, as pessoas que nos tocam, as perspectivas que mudam, as opiniões que contrastam, as imagens que nos chocam, os sítios que nos deslumbram e os fenómenos que nos trazem lágrimas aos olhos. É uma fonte interminável de descoberta, de fascínio e de autodescoberta. Acima de tudo, é uma forma de enriquecimento de carácter e um passo fundamental na importante missão de me tornar uma pessoa melhor.

HELENA ABREU (Guimarães, Portugal)

Viajar está ao alcance de TODOS (os testemunhos dos nossos seguidores)A pergunta “Como decidiste passar a viajar?” tem, para mim, uma resposta muito simples. Não decidi, levaram-me. A minha primeira viagem foi aos cinco anos. Passei férias com os meus pais em Espanha, a visitar algumas cidades e os seus museus. Desde aí, pode-se dizer que nunca mais parei. Essas viagens, sempre na Europa, marcaram-me de uma forma muito profunda e traçaram muitos aspectos importantes da minha vida, quer pessoais, quer profissionais. Contam-me que com 6 ou 7 anos já dizia “Quero trabalhar num museu”, e é aí que estou, com tarefas que por vezes também me “obrigam” a viajar. As viagens feitas na minha infância e adolescência trazem-me memórias muito queridas e muito marcantes. Viajávamos de carro e corremos meia Europa, com trajectos precisos, equilibrando cidades importantes com parques e paisagens naturais soberbas. Lembro-me bem das diferenças que senti na Hungria em 1988, antes da queda do Muro de Berlim. Se em alguns aspectos a vida lá não era tão diferente daquilo que esperávamos, noutros as diferenças eram abismais. Tinha mais de 20 anos quando viajei pela primeira vez de avião, dessa vez para a Turquia. Saía da Europa pela primeira vez e senti o primeiro choque cultural. Se já gostava de viajar, essa forma de me tentar ajustar à diferença e trazer um pouco disso dentro de mim, funcionou como um gatilho para não querer parar mais. Com a conquista da independência económica, comecei a procurar destinos diferentes. África foi uma escolha natural, num (quase) costa-a-costa entre a Namíbia e Moçambique. Já cumpri muitos sonhos: Machu Picchu, as estepes mongóis, Samarcanda, os Guerreiros de Terracota; já vi geiseres e cascatas incríveis; já caminhei em montanhas de tirar a respiração; já abracei leões. Conheci pessoas fantásticas, experimentei comidas que nem sabia que existiam. Mas o mundo é tão grande… E tão bonito! Os meus únicos impedimentos nas viagens são os económicos e de tempo. Não há, para mim, locais impossíveis, apenas improváveis por restrições políticas, que acredito poder esperar por dias melhores. Bagdad faz parte do meu imaginário infantil e espero ainda conseguir visitar. Para mim, viajar é uma parte muito importante da minha vida. Costumo dizer que é sempre possível, apesar dessas limitações. Mesmo com pouco tempo ou com orçamentos baixos, é possível procurarmos um local novo para ver, sentir, viver. E isso faz-nos sempre crescer mais um bocadinho. Termino com uma pequena nota. Quando fui convidada para partilhar esta experiência estava a assistir em directo à descolagem da cápsula Soyuz com três astronautas, rumo à Estação Espacial Internacional. Será que um dia conseguirei concretizar mais este sonho de infância, o de viajar numa nave espacial? Quero acreditar que sim.

THONY ABREU (Esposende, Portugal)

Viajar está ao alcance de TODOS (os testemunhos dos nossos seguidores)Desde muito novo cresceu em mim o desejo de viajar e de constante procura de novas aventuras. Começando por cá, isto é Portugal, explorando locais únicos que valem a pena visitar e revisitar. Mas neste testemunho, quero partilhar a minha mais recente aventura, onde participei como voluntário na área da biologia marinha, com tartarugas marinhas, na ilha de Maio, uma das menos desenvolvidas de Cabo Verde. Durante 4 semanas fiquei hospedado numa família na comunidade de Morro, vivenciando assim os seus costumes, não como turista, mas como Cabo-Verdiano. Foi sem dúvida uma experiência única, onde tive a oportunidade de viver a cultura Cabo-Verdiana, conhecer pessoas novas e locais paradisíacos ainda virgens do turismo em massa. Recomendo esta experiência onde não só abdicámos do luxo como contribuímos para a preservação destes pequenos paraísos tão raros nos dias de hoje.

TERESA AFONSO (Caminha, Portugal)

Viajar está ao alcance de TODOS (os testemunhos dos nossos seguidores)

Voleteira é um termo galego usado na região do Alto Minho. Esse termo é o modo como as pessoas se referem àquelas que estão sempre prontas para “ir”. Sempre ouvi da boca dos meus pais: És uma ‘boleteira’! (isto dito com sotaque nortenho é muito mais engraçado). É verdade, sou orgulhosamente uma ‘boleteira’. Tenho a sensação que os olhos brilham quando escrevo esta palavra. Nos primeiros anos os meus horizontes estavam restringidos a Portugal e à vizinha Espanha. Já a morar nos Açores, percorri alguns países: Brasil, Cuba, Croácia, Bósnia e Herzegovina, Itália, Vaticano, Hungria, Áustria e República Checa. Todas estas viagens foram adquiridas em agências à exceção da viagem a Itália, organizada por um grupo de amigos. Entre 2008 e 2011 andei por Londres, Barcelona e Canadá. Nestas viagens há duas diferenças significativas relativamente às anteriores. Foram organizadas por mim e uma delas fiz sozinha. Fiquei verdadeiramente orgulhosa. E gostei. Gostei tanto que, passados uns meses, repeti. Os destinos que me fascinavam, bem como o género de viagem, não eram, de um modo geral, do agrado dos meus amigos. Entre não viajar ou aventurar-me com um grupo desconhecido, decidi arremessar e volto a criar mais um marco: sentir o pulsar da montanha. Comecei nos Picos de Europa, onde se respira natureza em estado puro. Desde essa altura, já embarquei no mítico Expresso do Oriente e pisei pela primeira vez solo asiático. Voltei. Desta vez, Cambodja e Banguecoque. Saí desta viagem, mais rica do que qualquer uma das anteriores. Conheci pessoas incríveis, algumas das quais fazem parte do meu dia-a-dia. Porque viajar (também) é isso… as pessoas. Continuei a somar(-me), calcorreando o Tour do Monte Branco e o Caminho de Santiago, passando pelo Índia, Nepal, Tibete, Baviera, Rússia, etc.. E a Islândia. A Islândia não é um país qualquer. É incomparável a qualquer outro. É único! À medida que o número de viagens aumenta, a sede de conhecer aquilo que o mundo tem para nos oferecer é igualmente crescente. Sempre que posso faço algo, quer seja “cá dentro” ou “lá fora”, quer seja sozinha ou com amigos ou com desconhecidos,… o importante: fazer. Há uma necessidade dentro de mim. Preenche-me e, acima de tudo, faz-me crescer. Cada pessoa tem opções de vida diferentes e todas elas são válidas. A minha passa por querer descobrir e aprender, de preferência, com uma mochila às costas, por aí… algures. Temos uma energia e força interior que, muitas vezes, só  percebemos e valorizamos quando saímos da dita zona de conforto. Aventura-te! Ler, ver fotografias e/ou escrever são também formas de viajar. O balanço: um sorriso, com brilho nos olhos e algumas lágrimas à mistura.


Um agradecimento muito especial cheio de carinho a todos aqueles que participaram neste nosso desafio. Um obrigado muito caloroso a todos aqueles que nos seguem e nos felicitam com as suas experiências e que, com o coração aberto ao mundo e ao desconhecido, se deixam encantar por estórias como estas e como tantas outras que fazem de nós aquilo que somos.

Carla Mota

Geógrafa com uma enorme paixão pelas viagens e pelo mundo. Desde muito cedo que as viagens de exploração fazem parte da sua vida. A busca do conhecimento do mundo leva-a em direcção a culturas perdidas e ameaçadas, tentando percebe-las. Hoje é também líder de viagens de aventura na Nomad.

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