À primeira vista, esta escolha pode parecer estranha, especialmente para alguns pais e amigos, sobre os quais a pressão social exige uma ordem quase sequencial da sua vida: escola + universidade + emprego + família. Mas os jovens que aqui estavam ousaram pensar diferente. Podem ainda não ter feito mais do que sair da sua casa ou da sua cidade para chegarem à Fundação Serralves, no Porto, e assistir a este encontro, mas a verdade é que já deram o primeiro passo. E até os viajantes mais experientes sabem que todas as viagens começam com um pequeno passo. Assim, todos aqueles que estiveram presentes serão, com certeza, viajantes. No próximo ano, ou noutro qualquer, estes jovens irão colocar o pé na estrada porque o mais difícil já estava feito: ousar abraçar este desejo de viajar e conhecer o mundo.
Conhecer o mundo em que vivemos é uma mais-valia para todos os jovens. Torna-os necessariamente mais humildes, tolerantes, menos ignorantes, conhecedores e acima de tudo aptos para o enfrentar. As valências de um curso universitário são inegáveis mas, se a esse curso podermos acrescer uma experiência de vida com voluntariado, trabalho no estrangeiro ou simplesmente o desenvolvimento da aptidão e capacidade para enfrentar e resolver situações, isso fará a diferença dos demais candidatos na hora de concorrer a um emprego. Assim, um Gap Year será uma forma de investir no currículo, uma forma de investir na educação e uma forma informal de aprendizagem. Todos os jovens que estavam na Fundação de Serralves sabiam isso. Mas muitos outros poderiam ter lá estado. Porque faltaram? Não terão ainda descoberto este ímpeto e apelo interior? A verdade é que muitos também o sentiram mas a sociedade pressiona em demasia estes jovens, e fugir ao ciclo sequencial “pré-estabelecido” não é fácil. Ainda assim, de ano para ano, os gappers são cada vez mais e no próximo ano também tu poderás estar aqui.
Na qualidade de “viajanta” mais ou menos experiente, coube-me a tarefa de motivá-los a enfrentar o mundo, com particular ênfase para as mulheres, mas ao mesmo tempo ajudá-los a sentirem-se seguros. Assim, nesta difícil tarefa, tinha que lhes dar conselhos de segurança em viagem, mas não os desencorajando. Só conhecendo os riscos que espreitam é que poderemos enfrentá-los e vencê-los, tornando-os pequenas pedras no nosso caminho. E o caminho é que verdadeiramente importa.
O encontro contou com a presença de muitos viajantes experientes como Inácio Rozeira, Carla Mota, Inês Ferrão, Tiago Carrasco, Pedro Padinha e Carlos Carneiro. O gapper Francisco Silva lançou o mote para a conversa.
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As fotografias do enconto que ilustram este post foram cedidas pela Associação Gap Year Portugal.
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Gap year ou ano sabático é sem dúvida uma experiência que contribui para um crescimento individual inesgotável e para a abertura da nossa visão sobre outras culturas, neste mundo tão vasto. O ano sabático é uma aprendizagem enriquecedora para fazer com qualquer idade!