A garganta do Cabril do Ceira é um dos acidentes geográficos mais belos de Portugal. A primeira vez que fui visitar as Portas do Ceira, a garganta do Cabril do Ceira, ainda era uma adolescente. É verdade! Estudante de Geografia na Universidade de Coimbra e cheia de sonhos e olhares predadores sobre o mundo. Hoje, já não sou adolescente, mas tudo o resto continua lá na garganta do Cabril do Ceira. Era hora de voltar a visitar novamente a Garganta do Cabril do Ceira.
CONTEÚDOS DO ARTIGO
O Cabril do Ceira e a sua garganta fluvial
A visão do Geógrafo revela segredos quase inimagináveis para o comum cidadão. Descobre ciência na paisagem. O geógrafo procura os lugares com olhares predadores sobre o mapas e o traçado das curvas de nível. É assim que descubro o mundo há mais de 20 anos. É assim, mesmo no tempo das apps e da internet, que continuo a gostar de começar a descobrir. A Garganta do Cabril do Ceira não é excepção.
Há anos que já não vinha ao rio Ceira e à Serra da Lousã! E agora estou al outra vez, nas Portas do Ceira, ou como lhe chamam garganta do Cabril do Ceira, um fenómeno de adaptação do rio Ceira a uma estrutura falhada, transpondo as bancadas de quartzitos e criando um vale em garganta fantástico, a Garganta fluvial do Cabril do Ceira.
Este fenómeno não é único no mundo, em Portugal ou até na Serra da Lousã. Há outros locais semelhantes à garganta do Cabril do Ceira e que vos mostramos no artigo abaixo, mas o Ceira é especial.
Veja aqui o nosso artigo sobre o que visitar a garganta do Cabril do Ceira e a Serra da Lousã
Se gosta de explorar as melhores Serras de Portugal temos alguns artigos que vai gostar de descobrir:
- Serra da Lousã – Um artigo cheio de dicas maravilhosas para explorar a Serra da Lousã, com roteiro dia-à-dia para um fim de semana prolongado. Excelente destino para combinar com o Cabril do Ceira.
- Serra do Montesinho – Um artigo cheio de dicas maravilhosas para uma bela escapadinha pelo norte de Portugal bem próximo de Bragança.
- Serras de Aire e Candeeiros – Um artigo com um roteiro maravilhoso para explorar as paisagens calcárias de Portugal. Excelente destino para combinar com o Cabril do Ceira.
- Visitar a Serra do Gerês – Um artigo com as melhores dicas para visitar o Gerês e a serra, com dicas para trilhos, piscinas naturais, restaurantes e alojamentos.
- Serra da Freita – Um artigo com as melhores dicas para visitar e aproveitar a maravilhosa Serra da Freita, no centro de Portugal. Excelente destino para combinar com o Cabril do Ceira.
- Serra do Açor – Um artigo com um roteiro e dicas para visitar a Serra do Açor em 2 ou 4 dias. Excelente destino para combinar com o Cabril do Ceira.
- Serra do Alvão – Um artigo sobre a Serra do Alvão e as maravilhas deste território.
O rio Ceira em Serpins
O rio Ceira nasce perto da aldeia do Piódão (que se não conhecem devem ir já com a ajuda deste nosso artigo), na Serra do Açor (que podem conhecer também com este nosso artigo com um belo roteiro para um fim de semana). Desde o Piódão que o rio traça o seu percurso essencialmente em xistos, criando vales pouco profundos e com vertentes suaves e regularizadas. Mas na zona de Serpins tudo muda e surge a Garganta do Cabril do Ceira.
A garganta na Senhora da Candosa
Quando o Ceira chega à Senhora da Candosa, o rio encontra rochas mais duras, quartzitos, que seriam impossíveis de transpor. O “normal” seria o rio contornar estas rochas, procurando traçar o seu percurso em direcção ao Mondego. Porém, a acção da tectónica acabou por fracturar muitas das rochas duras, os quartzitos, e o rio Ceira, aproveitou-se dessa fragilidade e criando a Garganta do Cabril do Ceira. Como quase uma entidade viva, resolveu encurtar o seu caminho e atalhar pelos quartzitos, utilizando as zonas de falha, a garganta do Ceira, criando aquilo que os geógrafos chamam “uma adaptação da rede hidrográfica à estrutura”. Ou seja, o rio adapta-se ao meio. Assim, o rio transpõe as bancadas quartzitas através dessas linhas formando um vale em garganta profunda, a Garganta do Ceira.
Não percas o nosso vídeo no youtube sobre o Cabril do Ceira!
O miradouro da Senhora da Candosa, já no concelho de Vila Nova do Ceira, é um excelente local para ter uma vista aérea da Garganta do Ceira, este acidente geográfico. E, agora, há lá um novo passadiço! Está na hora de conhecer o Passadiço da Senhora da Candosa e o Cabril do Ceira.
Do lado esquerdo da Garganta do Cabril do Ceira há um pequeno túnel ferroviário inacabado. Infelizmente é usado por muitos para despejar o lixo. Não faça o mesmo quando visitar a garganta do Cabril do Ceira.
VISITAR AS PORTAS DO CEIRA (GARGANTA DO CABRIL DO CEIRA)
As Portas do Ceira é a designação geográfica que é dada a este acidente na garganta do Ceira, mas localmente é conhecido como Garganta do Cabril do Ceira. O Cabril do Ceira é uma pequena piscina natural, uma espécie de praia fluvial, que se forma devido à acumulação da água na entrada da garganta.
Como chegar à Garganta do Cabril do Ceira (ou Portas do Ceira)
Visitar Garganta do Cabril do Ceira é fácil, basta seguir em direcção a Serpins, concelho da Lousã, e aí, apanhar a estrada N242-3 até à intercepção com a Estrada Municipal 1226. É aí que aparece um sinal à direita com indicação “Cabril” e que, através de uma estrada de terra batida, nos leva até à garganta do Cabril do Ceira. São cerca de dois quilómetros de terra batida na fase final do percurso mas o carro consegue ir até ao Cabril do Ceira. Não há muito estacionamento por isso esse vai ser o maior problema.
Na garganta do Cabril do Ceira há uma praia fluvial, uma espécie de piscina natural fabulosa, assim como belos lugares para nadar na Garganta do Ceira e, até saltar das fragas de quartzito para o rio. É um excelente local para passar o dia ou uma tarde soalheira no Cabril do Ceira. Vá à Garganta do Cabril do Ceira durante a semana porque ao fim de semana pode estar muita gente e fica rapidamente cheio.
O QUE NÃO PODE DEIXAR DE LEVAR PARA A GARGANTA DO CABRIL DO CEIRA
Para visitar as Portas do Ceira ou a Garganta do Cabril de Ceira, não deixe de levar consigo:
- Um belo piquenique para fazer na garganta do Cabril do Ceira
- Uma toalha de praia para a garganta do Cabril do Ceira
- Chinelos para caminhar na zona do Cabril do Ceira
- Roupa para trocar depois de um mergulho na praia fluvial do Cabril do Ceira
- Bikini ou fato de banho para dar um mergulho na garganta do Cabril do Ceira
- E o ingrediente principal na garganta do Cabril do Ceira, boa disposição!
NOTA PARA O CABRIL DE CEIRA – Não se esqueça de trazer consigo todo o lixo que fizer no Cabril do Ceira, e respeite a paisagem e os outros. O espaço no Cabril do Ceira não é grande por isso terá que saber partilhar e respeitar. Acredito que ao fim de semana terá mais gente no Cabril do Ceira, mas durante a semana o Cabril do Ceira era quase só para nós.
ONDE DORMIR QUANDO FOR VISITAR A GARGANTA DO CABRIL DO CEIRA
A melhor opção para visitar a Garganta do Cabril do Ceira é visitá-las num roteiro pela Serra da Lousã, tal como nós fizemos e que partilhamos neste roteiro com o Cabril do Ceira. Assim, pode combinar várias coisas distintas na sua visita ao Cabril do Ceira e à serra.
1. Alojar-se na Serra da Lousã
- Nós quando estivemos na Serra da Lousã e no Cabril do Ceira ficámos alojados na Casa da Carvalha, na aldeia de Candal, pois gostamos de ficar em casas tradicionais. Localizada na parte alta da aldeia, tinha dois andares, a sala e cozinha no superior, e o quarto e casa de banho no inferior. Era muito aconchegadora, aliando o conforto ao ambiente rural.
Na aldeia do Candal, há outra bela opção, na parte baixa da aldeia (mais perto da entrada), a Casa de Baixo.
Outras excelentes opções de alojamento em casas tradicionais nas aldeias de xisto da Serra da Lousã e perto da Garganta do Ceira são:
- a Cerdeira – Home for Creativity, na aldeia de Cerdeira;
- a Casa da Urze, a Casa Princesa Peralta, a Talasnal Montanhas de Amor, ou a Talasnal Casa do Cascão, na aldeia de Talasnal;
- a Casa do Tanque, na aldeia de Chiqueiro;
- a Casa Da Pena, ou a Casa do Neveiro, na aldeia de Pena;
- a Casa da Comareira, na aldeia de Comareira;
- a Casa da Aigra, na aldeia de Aigra Nova.
2. Alojar-se perto da Garganta do Cabril do Ceira
Para visitar as Portas do Ceira pode ficar alojado mais perto, embora não haja, por enquanto, muitas opções.
- Na aldeia do Serpins, pode ficar na Casa Gaia, na Casa Branca ou na Casa do sapateiro, o mais próximo do Cabril do Ceira.
- Na Vila de Góis tem como opção a Casa Carvalhal ou o Sotam Country House
- Na vila de Castanheira de Pêra ou redondezas, poderá escolher entre a Casa Poesia, o Resort Natureza Villa Rio, ou o Artvilla Tourism Houses.
3. Alojar-se na Vila da Lousã
Por último, também pode ficar alojado na vila da Lousã, que, embora fique um pouco mais longe da Garganta do Cabril do Ceira, é uma excelente base para explorar a Serra da Lousã e com mais opções de alojamento. Ali não ficará numa casa de xisto, mas tem a vantagem de poder ficar mais perto de supermercados e restaurantes, e sempre a pouca distância das aldeias da serra. Na vila da Lousã, pode escolher entre:
- alojamentos mais baratos, como o Hotel Bem Estar, ou o HI Lousã – Pousada de Juventude;
- ou, se preferir mais conforto, o Palacio da Lousa Boutique Hotel, o , ou o Lousã Varanda’s House;
- ou ainda, se viajar em família ou grupo, o apartamento O Recanto da Lousã.
SEGURO DE VIAGEM IATI PARA ESCAPADINHAS EM PORTUGAL (cobre Covid-19)
A IATI tem um seguro que é especial para viagens dentro de Portugal e bom para o Ceira. Este novo seguro cobre actividades como cicloturismo, trilhos, roadtrips, autocaravana, campers. O cancelamento da viagem por conta do Covid-19 não está coberto por se tratar de uma pandemia, mas todos os seguros da IATI cobrem tratamento por contágio por coronavírus e essa informação consta no certificado da apólice, já que alguns países pedem um seguro obrigatório com esta cobertura. Outra novidade é que pode optar por uma cobertura de cancelamento em caso de resultado positivo para COVID-19, seja do segurado, pais ou filhos. Isso significa que ao contratar o seguro de cancelamento opcional dos packs seguro de viagem + seguro de cancelamento ou o seguro IATI Cancelamento, caso o segurado resulte positivo terá direito a cobertura de anulação da viagem nos limites do seguro contrato. Não há melhor seguro no mercado nesta altura! Podes fazer o teu seguro IATI ESCAPADINHAS aqui com 5% de desconto!
Se procura uma sugestão de um lugar especial para conhecer em Portugal, veja estes artigos:
- Escapadinhas a partir de Lisboa – Ideias para várias escapadinhas a 3 horas de Lisboa.
- Visitar o Alqueva – Ideias para um fim de semana especial no Alqueva.
- Garganta do Cabril do Ceira – Um lugar muito especial em Portugal para descobrir no Verão.
- Visitar o Alto Douro Vinhateiro – Um artigo sobre o que explorar na zona vinícola do Douro.
- Parque arqueológico das gravuras do Côa – Um artigo cheio de dicas para conhecer o vale do rio Côa.
- Comboio Histórico do Douro – Um artigo sobre uma das experiências mais marcantes para se fazer em Portugal.
- Linha do Douro – Um artigo sobre a antiga e actual Linha do Douro.
- Os mais belos castelos de Portugal – Um artigo pelos castelos e fortalezas de Portugal.
- Mosteiro da Batalha – Um lugar obrigatório a visitar em Portugal.
- Castelo de Almourol – Mais um local obrigatório a visitar em Portugal.
As aldeias de xisto que mencionou serem da Serra da Lousã, pertencem na verdade a Góis, não à Lousã. Aliás o cabril não fica perto da serra da Lousã, mas fica muito pertinho das aldeias de xisto em Góis que mencionou. E a garganta do cabril pertence a Góis, não à Lousã ou a Serpins. Só por baixo do açude é que é Lousã!
Olá Andreia, tal como tu própria disseste, são na serra da Lousã, não no concelho da Lousã. Serras são conceitos geográficos, concelhos são conceitos políticos. A serra da Lousã é constituída por base ou sopé e por elevações. Isto são conceitos geográficos. Cabril fica no sopé da serra da Lousã. Podes acreditar em mim, que sou geógrafa, ou pode não acreditar. Ainda assim, é sempre bom aprender a distinguir conceitos básicos. bjinhos
Olá Carla
Fico tão triste por saber que estes locais,sejam alvo da curiosidade foraz dos portugueses,que face ao covid19 agora se lembram que existe o interior do país.
Ajudem que tem negócios como alojamento local e Deixem Por Favor!!!
Estes magníficos locais ficarem sossegados.
Eles não precisam deste tipo de curiosos.
Falo porque sempre tive a minha infância nestes locais e desejava que permanecem assim
🙏
Carla, os lugares da “nossa” infância não são nossos. São apenas as nossas memórias. É válido para todo o mundo, desde um bairro de Nova Iorque ao Ceira.
Olá Carla e outros comentadores. Na vida há Bom e mau… Li alguns comentários sobre a falta de civismo e outros que estraga o Bom. Dou 1 exemplo: conheço o Gerês ( ou Caldas do Gerês ) desde 1984, onde acampámos no Parque de Campismo público do Vidoeiro – a 500Mt da povoação e em que só haviam 3 famílias lusas e as restantes eram de diversas nacionalidades desde a francesa, à alemã, holandesa, dinamarquesa, etc. e quase vazio. Local deslumbrável, pois o rio Gerês atravessa de Norte a Sul mesmo pelo meio do parque. Na povoação não havia talho, mercearia, etc e o mercado só abria aos fins-de-semana e feriado. Ninguém tinha água canalizada – haviam avisos nas portas a informar que iriam fazer a canalização – no Gerês em cada 50Mt havia água a correr. Voltámos 5 anos depois. O parque e o Gerês haviam sido ‘ descobertos ‘ pelos portugueses e já havia lotação esgotada e, no dia do regresso haviam incêndios. Voltámos, sempre de férias, alternadamente todos os anos até 2014 – quando soubemos que o Cr7 tinha lá casa que não visitámos. Nesse ano decidimos não voltar durante os próximos, pois a curiosidade e a enchente principalmente nos fins-de-semana – na povoação nem a pé se conseguia quase andar e o parque de campismo funciona com marcação bastante prévia. Já existem supermercados há alguns anos. Os hotéis/pensões são caros e com marcação tmbém com bastante antecedência. Mau para uns, Bom para os comerciantes e outros. Tirem conclusões quem quiser…
Não há bom nem mau. Há evolução. É assim em todo o lado, até nas nossas casas. Até em nós, diria eu. Todos perdemos a inocência que tínhamos quando éramos jovens, não foi? 😉
Boa noite Carla! Depois de ler o vosso artigo fomos a correr marcar fim de semana para os passadiços das fragas e da ribeira do quelhas! Adoramos! Pelo meio visitamos a famosa garganta do ceira, tínhamos ficado fascinados com o vosso relato e fotografias..nem podem imaginar aquilo que encontramos! Desde campismo selvagem a carrinhas prontas para passar a noite, a barcos insufláveis por todos os lados! Até com um remo levei na cabeça, outros decidiram colocar cordas de um lado ao outro das pedras e fazer malabarismos encima delas fazendo com que se tivesse algum receio até de nadar não fôssemos levar com alguém encima..para rematar música em altos berros como se de uma discoteca se tratasse..tivemos tanta pena..a nossa visão do paraíso através do vosso blog resumida aquela imagem..lástima que haja pessoas que não sabem onde acabam os seus direitos e começam os dos outros, e assim, aos poucos os belos recantos do nosso país vão sendo praticamente vandalizados..
Lamento que tenhas encontrado isso. Foi no final de semana? Aos fins de semana já é normal ser agitado. Nós fomos durante a semana e mesmo assim encontramos grupos de estudantes a acampar lá em campismo selvagem também. É pena sim, mas combater isso compete às entidades competentes. O civismo não se decreta, pratica-se.
Nao percebo sinceramente o preconceito com o campismo selvagem.
Eu já acampei várias vezes fora de parques de campismo e nunca deixei lixo nem estraguei nada.
É uma questão de civismo, e acampar selvagem não significa que as pessoas não têm civismo.
Prova disso é o lixo que se encontra por todo o lado de pessoas que não acamparam lá, deixaram só de passagem.
Por isso não vamos generalizar nem ser preconceituosos; nem todas as pessoas são iguais, e o que devemos combater é a falta de civismo, não uma actividade de natureza em específico.
O campismo selvagem não tem nada de falta de civismo. Eu acho que não se trata de preconceito. Acho mesmo que o problema é a falta de rendimento para os outros parques. Obviamente que a legalização do campismo selvagem traria desafios, mas não são diferentes dos desafios das actividades de pedestrianismo.
Na minha opinião, deve haver sítios próprios para acampar, mesmo que na modalidade de campismo selvagem, caso contrário, a Natureza torna-se uma feira da ladra! Há que respeitar a Natureza, respeitando o direito que todos temos ( humanos ou não) do seu usufruto no seu estado mais puro, sem tendas, sem música, sem ruídos estranhos.
Verdade.
Olá Carla. As vezes divulgar estes sítios e suas coordenadas acabam por estragar. Se nós, locais, não fazemos publicidade, não se percebe pq vêm pessoas de fora a achar que devem fazer. É um sítio pequeno em que o volume de pessoas tem aumentado o volume de lixo. Por favor, guardem estas coisas para VCS e pensem que estão a destruir o habitat a muita gente e muitas espécies quando mandam dicas destas… Usufruam, mas não estraguem e obrigada pela contribuição que vai ajudar a estragar o nosso paraíso perdido.
Olá Miriam, obrigada pela partilha das suas preocupações. Eu percebo a sua perspectiva mas, do ponto de vista dos locais, não haverá sempre esse receio, seja no Cabril do Ceira ou no Algarve? Há sempre gente que gosta da partilha ou outras que não. Nós acreditamos que para quem gera emprego e depende do turismo, esta partilha pode ajudar. É isso que tentamos fazer, especialmente em territórios deprimidos. Também sabemos que isso não agrada a todos. Mas será que em Paris todos gostam de ter turistas na cidade? Eu acho que nós não estragamos os locais. Nós divulgamos. Depois, competirá às autoridades competentes gerir o espaço, não a nós. Nós apenas divulgamos o território. Não acredito que devam ser segredos só de alguns. É divulgação, só isso. Divulgar o património é uma forma de valorizá-lo.
O cabril é no concelho da Lousã
Obrigada, vou alterar.
Olá Carla.
As portas do Ceira são em Vila Nova de do Ceira, no lugar do Cabril.
A Lousã tem “vendido” o spot como sendo uma das maravilhas da Lousã mas fica no concelho de Góis (são outras guerras).
No alto da epigenia do cabril tem o Cerro da Candosa, também em Vila Nova do Ceira.
Desculpe pelo reparo, bem haja pela divulgação.da nossa região,
Obrigada, Paulo. Estive a ver no mapa e efectivamente o miradouro é em Vila Nova do Ceira mas a praia do Cabril do Ceira, com vista para a garganta, aquela que divulgamos aqui pertence a Serpins, no concelho da Lousã. Estou enganada?
Sem palavras para comentar ousadamente .
Porém ,digo :PORTUGAL é tão lindo .PORQUÊ a euforia pelo Algarve …Brasil …e outras paragens deste mundo de UM DEUS que nos deu um PORTUGAL cheio de segredos naturais ,belos ,maravilhosos capazes de curar :stresses,solidões ,cansaços ….
Sou Moçambicana vinda a reboque de uma descolonização subordinada a interesses tão escusos .Pouco conheço desste PORTUGAL profundo .Hoje com 85 anos ,viuva ,orfâ de filhos com problemas de saúde vários ,não me permite disfrutar in loco este PORTUGAL tão repleto de histórias da HISTÓRIA entre penhascos ,verdes exuberantes ,serras e montes ,tão mal aproveitados …Parabéns por esta reportagem …arrangem campos de aviação :PIODÃO merece portas abertas …Fico encantada com Piodão….Desejo êxito para a recuperação das sombras de um Portugal profundo ,mas tão desconhecido .Maria
Maria, há tempo e espaço para tudo. Portugal é maravilhoso mas todos precisamos de mais mundo também. Para nos tornarmos mais tolerantes, para aprender, para tanta coisa. É bom saber apreciar o nosso mas também os outros.