Existem 17 Sítios Património Mundial da UNESCO em Portugal, uma lista de locais imperdíveis e de valor universal excepcional para o património cultural ou natural, designados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Os sítios de Património Mundial UNESCO em Portugal incluem obras arquitectónicas, como edifícios religiosos (mosteiros, conventos), edifícios seculares (palácios, universidades) e centros históricos das cidades, mas também sítios arqueológicos e paisagens culturais e naturais, distribuídos por Portugal continental, bem como pelas ilhas , Madeira e Açores. Os sítios de Património Mundial da UNESCO em Portugal são testemunhos do património cultural e natural do Estado-nação mais antigo da Europa e uma lista de locais a não perder numa viagem por Portugal.
CONTEÚDOS DO ARTIGO
Sítios UNESCO em Portugal
Portugal ratificou a Convenção do Património Mundial da UNESCO, estabelecida em 1972, em 30 de Setembro de 1980. Os primeiros quatro sítios de Património Mundial da UNESCO em Portugal foram o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém em Lisboa, o Mosteiro da Batalha, o Convento de Cristo em Tomar, e o centro da cidade de Angra do Heroísmo, nos Açores. As mais recentes adições à lista de Património Mundial da UNESCO em Portugal foram o Santuário do Bom Jesus do Monte, em Braga, o Palácio de Mafra, com o seu parque de caça, e um acréscimo ao (já designado) centro histórico da cidade de Guimarães. Neste artigo vamos mostrar-lhe o melhor do Património Mundial UNESCO em Portugal.
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PATRIMÓNIO MUNDIAL DA UNESCO EM PORTUGAL
Segue-se a nossa lista dos sítios Património Mundial da UNESCO em Portugal, dividida por temas e ordenada de acordo com a data de designação.
1. Sítios UNESCO em Portugal – Centros históricos
O Património Mundial da UNESCO em Portugal inclui centros históricos de cidades como:
- Zona Central da Vila de Angra do Heroísmo nos Açores (1983)
- Centro Histórico de Évora (1986)
- Centro Histórico do Porto, a Ponte Luiz I e o Mosteiro da Serra do Pilar (1996)
- Centro Histórico de Guimarães e Zona de Couros (2001, 2023).
1.1. Visitar Angra do Heroísmo Património Mundial da UNESCO em Portugal
Historicamente, o povoamento da Ilha Terceira iniciou-se por volta de 1460, tendo sido durante muito tempo o centro administrativo das Ilhas “Terceiras”, como era conhecido o arquipélago dos Açores (por ter sido o terceiro arquipélago a ser descoberto no Atlântico, depois das Canárias e da Madeira). A localização central da ilha Terceira no arquipélago e no Atlântico teve um forte papel na sua importância política. Angra do Heroísmo, hoje sítio UNESCO em Portugal, foi oficialmente elevada à categoria de cidade em 21 de Agosto de 1534.
O local escolhido pelos primeiros colonizadores foi um conjunto de colinas que se abriam, em anfiteatro, sobre duas baías, separadas pelo extinto vulcão do Monte Brasil. Uma delas, a chamada “angra”, tinha profundidade suficiente para ancorar embarcações de maior tonelagem, as naus. Um extenso sistema defensivo foi instalado após a fundação da cidade. Os fortes de São Sebastião e de São João Baptista, com 400 anos, são exemplos notáveis desta arquitectura militar. Angra do Heroísmo tornou-se porto de escala obrigatório das frotas de África equatorial e das rotas das Índias Orientais e Ocidentais durante as suas viagens de e para a Europa desde o século XV até ao aparecimento dos navios a vapor no século XIX.
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O carácter monumental do centro histórico de Angra do Heroísmo, Sítio UNESCO em Portugal, é dominado, no entanto, por edifícios religiosos, onde se destacam a Sé Catedral, as igrejas da Misericórdia e do Espírito Santo, e os conventos dos Franciscanos e dos Jesuítas, todos construídos em estilo barroco. Apesar do devastador terramoto de 1 de Janeiro de 1980, a zona central da vila de Angra do Heroísmo preservou grande parte do seu património monumental e da sua arquitectura original, tornando-o um dos sítios de Património Mundial da UNESCO em Portugal.
1.2. Visitar Évora Património Mundial da UNESCO em Portugal
Évora, sítio UNESCO em Portugal, é conhecida como “Cidade Museu”, com origens que remontam à época celta, pois guarda um património histórico, arquitetónico e cultural moldado por diferentes civilizações ao longo de mais de vinte séculos de história. As muralhas da cidade de Évora, que remontam à época romana mas foram remodeladas sob a ocupação visigótica e mourisca, circundam o núcleo urbano histórico, com as suas ruas medievais, habitações tradicionais e a Sé de Évora, a maior catedral medieval de Portugal.
Mas foi no século XV, quando os reis portugueses começaram a viver regularmente em Évora, que começou a época dourada de Évora, dando origem à grandiosa arquitectura da Igreja e Convento de São Francisco e do Convento dos Lóios. A enigmática presença do templo romano de Évora (o chamado Templo de Diana), a espantosa Capela dos Ossos e a história e tradição da Universidade de Évora e do Colégio do Espírito Santo, onde os Jesuítas ensinaram desde 1553 até à expulsão da Companhia de Jesus pelo Marquês de Pombal em 1759, completam um património memorável. Um dos sítios de Património Mundial da UNESCO em Portugal a não perder.
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1.3. Visitar o Porto Património Mundial da UNESCO em Portugal
Embora a história do Porto, sítio UNESCO em Portugal, remonte à época pré-romana, quando Cale era uma povoação celta situada na foz do rio Douro, foram os romanos que fundaram a cidade de Portus Cale (cerca de 136 a.C.), antigo nome das actuais cidades do Porto e Vila Nova de Gaia. Este nome seria usado para nomear toda a região e, mais tarde, o país de Portugal. Em 868, Vímara Peres, um nobre da Galiza e vassalo do rei das Astúrias, foi enviado para reconquistar aos mouros a área do rio Minho ao rio Douro, incluindo a cidade de Portus Cale, fundando o Condado Portucalense, a semente da qual Portugal cresceria.
O Porto tornou-se um símbolo da cultura e do povo do Norte de Portugal, pela sua longa e rica história de rebeldia, com momentos chave no apoio da cidade à ascensão ao trono de D. João I (na crise de 1383-1385) e ao seu projecto de expansão marítima (que começou com a tomada de Ceuta em 1415), o cerco à cidade durante mais de um ano durante as Guerras Liberais (1832-1834), que lhe valeu o epíteto de “Cidade Invicta”, e a revolta republicana de 31 de janeiro de 1891, precursora da proclamação da República Portuguesa em 1910.
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O Centro Histórico do Porto, em conjunto com a Ponte Luiz I e o Mosteiro da Serra do Pilar, classificados como Património Mundial da UNESCO em Portugal, é uma paisagem urbana marcante que serve de testemunho dos seus mais de 2.000 anos de história. O seu contínuo crescimento ligado ao mar pode ser verificado nos seus muitos e variados monumentos, desde a Sé Catedral com o seu coro românico e a Igreja de Santa Clara, de estilo manuelino tipicamente português, até aos seus notáveis edifícios públicos, incluindo o Teatro de São João (1796- 1798; 1911-1918) e a antiga prisão “Cadeia da Relação” (1765-1796). Entre as importantes estruturas posteriores estão o Palácio da Bolsa (1842-1910), a Ponte Luiz I (1881-1886) e a estação ferroviária de São Bento (1900-1916). Um sítio de Património Mundial da UNESCO em Portugal a não perder.
1.4. Visitar Guimarães Património Mundial da UNESCO em Portugal
Guimarães está intimamente ligada a D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, que terá nascido e sido criado em Guimarães. No entanto, as origens de Guimarães (incluindo o seu nome) remontam ao século IX, quando o fidalgo Vímara Peres foi um dos responsáveis pela reconquista e repovoamento da região entre o Douro e o Minho, bem como pela conquista da vila de Portucale (Porto) em 868, tendo-se tornado o primeiro conde de Portucale. Fundou Vimaranes (derivado do seu próprio nome), que se tornou capital do condado Portucalense, onde faleceria em 873, e estabeleceu uma dinastia que governaria a região até 1071.
Mumadona Dias foi condessa do Condado Portucalense, governando em meados do século X, e foi ela quem mandou construir, na sua propriedade de Vimaranes, um duplo mosteiro (para religiosos e religiosas), e, para a sua defesa, um castelo na colina a uma curta distância. Assim nasceu Guimarães tal como a conhecemos hoje, sítio UNESCO em Portugal. O seu centro histórico, incluindo a sua zona extra muros e protoindustrial conhecida como Zona de Couros, é um exemplo extremamente bem preservado e autêntico da evolução de um povoado medieval para uma cidade moderna, e que lhe valeu a classificação como Património Mundial em Portugal pela UNESCO.
A Igreja de Nossa Senhora da Oliveira domina o Largo da Oliveira e é o primeiro monumento gótico erguido no Minho, sob os auspícios do rei Dom João I, para comemorar a vitória na batalha de Aljubarrota (1385) contra Castela. O edifício actual é o resultado de diversas remodelações, destacando-se elementos arquitectónicos de diferentes épocas, em particular a torre sineira, de características manuelinas. É uma das praças nacionais mais bonitas e merecedora da classificação de Património Mundial da UNESCO em Portugal.
2. Sítios UNESCO em Portugal – Edifícios religiosos
O Património Mundial da UNESCO em Portugal inclui edifícios religiosos como
- Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém em Lisboa (1983)
- Convento de Cristo em Tomar (1983)
- Mosteiro da Batalha (1983)
- Mosteiro de Alcobaça (1989)
- Santuário do Bom Jesus do Monte em Braga (2019).
2.1. Visitar o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém Património Mundial da UNESCO em Portugal
Criado pela dinastia de Avis no seu apogeu, o complexo de Belém, sítio UNESCO em Portugal, composto pelo Mosteiro dos Jerónimos e pela Torre de Belém, é um dos exemplos mais representativos do apogeu cultural de Portugal durante a época dos Descobrimentos e constitui, no seu conjunto, talvez o mais impressionante Património Mundial da UNESCO em Portugal.
Foi à Ordem de São Jerónimo que o Rei D. Manuel I de Portugal ofereceu o famoso Mosteiro de Santa Maria de Belém, mais conhecido como Mosteiro dos Jerónimos. As funções dos monges eram, entre outras, rezar pela alma do rei e prestar assistência espiritual aos marinheiros e navegantes que saíam da praia do Restelo para descobrir novos mundos. Durante quatro séculos esta comunidade religiosa ali viveu, desocupando o local em 1834, ano da dissolução dos mosteiros e extinção das ordens religiosas em Portugal, e quando o Mosteiro dos Jerónimos passou a fazer parte do património do Estado. O mosteiro ainda preserva a maior parte das suas magníficas estruturas, incluindo o claustro do século XVI, o antigo refeitório dos frades e a biblioteca, justificando a classificação como Património Mundial da UNESCO em Portugal.
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Não muito longe do mosteiro, nas margens do rio Tejo, Francisco de Arruda construiu por volta de 1514 a famosa Torre de Belém, também conhecida como Torre de São Vicente, santo padroeiro da cidade de Lisboa, que comemorou a expedição de Vasco da Gama para a Índia (1498) e serviu também para defender o porto de Lisboa. A Torre de Belém preservou a sua traça original, apesar das grandes alterações na área envolvente provocadas por aterros e assoreamento do rio Tejo, e é considerada, com o seu exterior altamente ornamentado, uma das mais belas obras arquitectónicas portuguesas. Um dos sítios de Património Mundial da UNESCO em Portugal absolutamente a não perder.
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2.2. Visitar o Convento de Cristo Património Mundial da UNESCO em Portugal
O Convento de Cristo de Tomar, sítio UNESCO em Portugal, é deslumbrante, dominando toda a região de Tomar do alto de uma colina, e rodeado pelas muralhas do Castelo de Tomar. Pertenceu à Ordem dos Templários, fundada em 1160 por Gualdim Pais, grão-mestre dos Cavaleiros Templários, e tornou-se sede da Ordem de Cristo em Portugal em 1356. Originalmente concebido como um monumento simbolizando a Reconquista Cristã da Península Ibérica, o Convento de Cristo passou a simbolizar exactamente o contrário durante o período manuelino, ou seja, a abertura de Portugal a outras civilizações.
Construído ao longo de cinco séculos, o Convento de Cristo é testemunho de uma arquitectura que combina elementos românicos, góticos, manuelinos, renascentistas, maneiristas e barrocos. Mas a influência manuelina foi decisiva, tal como em Belém, e foi no reinado de D. Manuel que a combinação das influências gótica e mourisca deu origem à mais completa expressão do estilo decorativo manuelino, na famosa “janela manuelina”. Um sítio UNESCO em Portugal de beleza invulgar.
2.3. Visitar o Mosteiro da Batalha Património Mundial da UNESCO em Portugal
Construído no cumprimento de um voto de D. João I para comemorar a vitória sobre os castelhanos em Aljubarrota (15 de Agosto de 1385), o Mosteiro Dominicano da Batalha é uma das obras-primas da arte gótica, e um dos sítios de Património Mundial da UNESCO em Portugal absolutamente a não perder. É um dos mais belos mosteiros e exemplares arquitectónicos de Portugal e um local onde é possível descobrir a História de Portugal ao vivo e a cores.
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A maior parte do conjunto monumental data do reinado de D. João I (1385-1433), altura em que foram construídas a igreja (terminada em 1416), o claustro real, a casa capitular e a capela, onde se encontram os enormes túmulos de D. João I e sua esposa, a rainha Filipa de Lencastre. Mas o Mosteiro da Batalha foi também, durante mais de dois séculos, a grande oficina da monarquia portuguesa, sendo possível encontrar ali os traços mais característicos tanto do período gótico como do renascentista da arte portuguesa, justificando a sua classificação como Património Mundial da UNESCO em Portugal.
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2.4. Visitar o Mosteiro de Alcobaça Património Mundial da UNESCO em Portugal
O Mosteiro de Alcobaça, localizado no centro de Portugal, é um belo mosteiro e um dos sítios de Património Mundial da UNESCO em Portugal de visita obrigatória. A fundação do Mosteiro de Alcobaça está intimamente associada ao início da monarquia portuguesa, uma vez que Alcobaça foi cedida pelo Rei D. Afonso Henriques aos Cistercienses em reconhecimento pelo seu apoio à conquista de Santarém (1152), com o entendimento de que trabalhariam as terras vizinhas.
Com estrutura semelhante à Abadia de Pontigny, na Borgonha (França), além do valor artístico, o mosteiro era a escola monástica mais importante do reino e um centro de influência política. No seu interior encontram-se também os famosos túmulos de Inês de Castro e Dom Pedro (Pedro I), encomendados pelo próprio rei, após um dos episódios mais romantizados da história portuguesa, quando Inês de Castro (uma nobre galega, amante e mais tarde esposa de Pedro, rainha póstuma de Portugal) foi assassinada em Coimbra por ordem do rei Dom Afonso IV, e Pedro executou uma terrível vingança contra os assassinos, uma história verdadeiramente digna de um argumento de Hollywood. Um sítio UNESCO em Portugal a não perder.
3. Sítios UNESCO em Portugal – Paisagens culturais
O Património Mundial da UNESCO em Portugal inclui paisagens culturais como
- Paisagem Cultural de Sintra (1995)
- Alto Douro Vinhateiro (2001)
- Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico (2004).
3.1. Visitar a Paisagem Cultural de Sintra
Sintra, hoje sítio UNESCO em Portugal, é há muito uma atracção para quem vive em Lisboa e arredores. Em particular, as elites portuguesas e a classe dominante fugiam do calor de Lisboa e refugiavam-se nas sombras e na vegetação de Sintra. Nos séculos XVIII e XIX, o espírito romântico de famosos visitantes estrangeiros (como Lorde Byron e Sir Francis Cook) e da aristocracia portuguesa descobriram o exotismo e o misticismo da paisagem de Sintra.
Desta época datam alguns dos edifícios mais emblemáticos de Sintra, como o famoso Palácio da Pena, o Palácio de Monserrate, construído em 1858 por ordem de Sir Francis Cook, e o Palácio Nacional de Sintra, o mais antigo Palácio Real Português a chegar aos nossos dias. Hoje, a paisagem cultural de Sintra, Património UNESCO em Portugal, é uma mistura de palácios de contos de fadas, vilas extravagantes, uma serra de vegetação exuberante e um enigmático castelo que domina o horizonte, o Castelo dos Mouros, um dos melhores exemplos de arquitectura militar em Portugal, conquistado aos Mouros por D. Afonso Henriques em 1147, e situado num dos pontos mais altos da serra de Sintra. Este conjunto é um dos mais belos sítios de Património Mundial da UNESCO em Portugal.
O Palácio da Pena, expoente máximo do Romantismo em Portugal, foi o primeiro palácio romântico da Europa, construído cerca de 30 anos antes do emblemático Schloss Neuschwanstein, na Baviera, após a compra pelo Rei D. Fernando II, amante das Artes e da Natureza, do Mosteiro de Nossa Senhora da Pena, da Ordem de S. Gerónimo. O Palácio da Pena está rodeado pelo Parque da Pena, com uma extensa área florestal que ocupa cerca de 85 hectares, constituindo um ambiente natural de rara beleza, complementanto este belo exemplo de Património Mundial da UNESCO em Portugal.
3.2. Visitar o Alto Douro Vinhateiro
Numa terra dura e difícil de transpor, o rio Douro foi desde sempre uma via de comunicação de povos e culturas, apesar das dificuldades de navegação. Foram os romanos que introduziram técnicas de plantação da vinha e de produção do vinho no Alto Douro Vinhateiro, hoje sítio UNESCO em Portugal, mas foi sobretudo a partir do século XVII que a produção de vinho começou verdadeiramente a crescer, com o objectivo último da exportação. O Tratado de Methuen (1703) abriu as portas às exportações para Inglaterra, e levou a uma corrida desenfreada a novas plantações no Alto Douro Vinhateiro. O Marquês de Pombal fundou a Companhia Geral da Agricultura do Alto Douro em 1756, e a Região do Douro tornou-se a primeira região vitivinícola, a nível mundial, a ser demarcada e regulamentada.
Actualmente, a Região Demarcada do Douro está dividida em três zonas distintas, a oeste, o Baixo Corgo (até à Régua), ao centro, o Cima Corgo (até ao Cachão da Valeira) e a leste, o Douro Superior (até à fronteira espanhola), todas partilhando área classificada como Património Mundial da UNESCO em Portugal. Nesta região produz-se não só o famoso Vinho do Porto, mas também vinhos de mesa denominados “Douro”. Um dos sítios Património Mundial da UNESCO em Portugal a não perder.
3.3. Visitar a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico
A ilha do Pico é um dos vértices do “triângulo” do grupo central (juntamente com São Jorge e Faial), separada de São Jorge por um estreito de 15 km, e do Faial por apenas 8 km. A paisagem natural das ilhas dos Açores é constituída por solos vulcânicos e, no caso da ilha do Pico, a mais recente em termos geológicos, terrenos muitas vezes estéreis, sem água, e ainda campos de lava solidificada, resultados de erupções históricas, conhecidos pela população como “mistérios”. Mas a luta do homem pela sobrevivência em terras e climas tão difíceis assume muitas vezes as formas mais inesperadas.
No meio do Atlântico, o trabalho árduo transformou os campos lávicos da ilha do Pico em vinhas, hoje sítio UNESCO em Portugal, em vinhas a crescer rentes ao solo, rodeadas por muros negros (chamados “currais”), cuja pedra vulcânica absorve o calor e protege do vento e da maresia. A qualidade das castas autóctones da ilha do Pico, Arinto, Terrantês e Verdelho foi reconhecida a nível nacional e internacional, conduzindo à criação da Região Demarcada dos Açores. Hoje, a vinha e o vinho fazem parte da identidade cultural da ilha do Pico e constituem um exemplo de Património Mundial da UNESCO em Portugal insular.
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4. Sítios UNESCO em Portugal – Edifícios seculares
O Património Mundial da UNESCO em Portugal inclui edifícios seculares como
- Universidade de Coimbra – Alta e Sofia (2013)
- Cidade-Guarnição Fronteiriça de Elvas e suas Fortificações (2012)
- Edifício Real de Mafra – Palácio, Basílica, Convento, Jardim do Cerco e Parque de Caça (2019).
4.1. Visitar a Universidade de Coimbra
A Universidade de Coimbra, hoje sítio UNESCO em Portugal, foi a primeira universidade portuguesa, e é uma das mais antigas do mundo. Fundada em 1290 pelo rei D. Dinis, as primeiras instalações situaram-se na cidade de Lisboa, mas nos anos seguintes foi sucessivamente transferida entre Lisboa e Coimbra. Transferida definitivamente para Coimbra em 1537 por ordem de D. João III, todas as suas faculdades foram instaladas poucos anos depois no posteriormente designado Paço das Escolas, um conjunto arquitectónico erigido pelo amor ao saber e que hoje é Património Mundial da UNESCO em Portugal.
A Biblioteca Joanina, jóia da coroa deste sítio UNESCO em Portugal, mandada construir por D. João V e com o maior acervo de livros antigos de Portugal, é considerada uma das mais belas bibliotecas do mundo. A capela de São Miguel, repleta de azulejos pintados à mão e um órgão gigantesco, é uma das poucas capelas reais de Portugal, onde os Reis de Portugal assistiam à missa.
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O Palácio Real de Dom Afonso é o local onde começou a Universidade de Coimbra. Foi neste edifício que se iniciaram os estudos de teologia, medicina e direito na Universidade de Coimbra. Hoje o palácio alberga a Faculdade de Direito, mas a parte mais imponente do palácio, incluindo os aposentos reais, foram convertidos em museu. Destacam-se a Sala dos Capelos, decorada com pinturas de todos os Reis de Portugal (com excepção da Dinastia Filipina) e ainda hoje utilizada para exames de doutoramento na Universidade de Coimbra, e a Sala do Exame Privado, decorada com retratos dos reitores da Universidade de Coimbra e originalmente o local onde eram realizadas as provas académicas de doutoramento. Um belo exemplar secular do Património Mundial da UNESCO em Portugal.
5. Sítios UNESCO em Portugal – Sítios arqueológicos
O Património Mundial da UNESCO em Portugal inclui apenas um sítio arqueológico,
- Arte Rupestre Pré-histórica do Vale do Côa (1998).
5.1. Visitar a Arte Rupestre Pré-histórica no Vale do Côa
O Parque Arqueológico do Vale do Côa é Património Mundial da UNESCO em Portugal e uma visita única e obrigatória no nosso território. Para todos, jovens e idosos, muito ou pouco instruídos, com ou sem sensibilidade artística, este Património Mundial da UNESCO em Portugal deve ser um local a visitar, pois as gravuras de Foz Côa são um dos tesouros da Humanidade, constituindo um verdadeiro museu ao ar livre da arte paleolítica, ou seja, feita pelos nossos antepassados que ali viveram há mais de 20 mil anos.
Há muito conhecidas da população local, as gravuras de Foz Côa ganharam destaque mediático em 1994 quando foram oficialmente descobertas devido à construção de uma barragem na foz do rio Côa. Após um longo processo político e estudos científicos variados, as obras da barragem foram suspensas, e foi criado o Parque Arqueológico do Vale do Côa, sendo as gravuras classificadas como Património Mundial da UNESCO em Portugal. Em 2010 foi inaugurado o Museu do Côa e criada a Fundação Côa Parque, que passou a gerir e cuidar deste Património Mundial da UNESCO em Portugal a não perder.
6. Sítios UNESCO em Portugal – Paisagens naturais
O Património Mundial da UNESCO em Portugal inclui apenas uma paisagem natural,
- Floresta Laurissilva da Madeira (1999).
6.1. Visitar a Floresta Laurissilva da Madeira
A floresta Laurissilva da Madeira hoje sítio UNESCO em Portugal, é um remanescente notável de um tipo de floresta, laurissilva, que cobria grande parte do Sul da Europa há 15-40 milhões de anos, mas que está agora confinado aos Açores, Madeira e Ilhas Canárias. Esta floresta apresenta uma riqueza de diversidade biológica, com dezenas de espécies vegetais e animais endémicas, e desempenha um papel predominante na manutenção do equilíbrio hidrológico da ilha da Madeira.
Os colonos da Madeira construíram canais de água, conhecidos como levadas, para transportar água da parte norte da ilha, onde as chuvas são mais intensas, para a parte sul, fornecendo água potável e abastecimento de irrigação (bem como “combustível” para a produção de energia nas hidroeléctricas). Hoje, muitas destas levadas, que aproveitam as curvas de nível e permitem o acesso à floresta por caminhos relativamente planos, foram transformadas em percursos pedestres e estão sinalizadas, tornando a ilha da Madeira, para além do único exemplo natural de Património Mundial da UNESCO em Portugal, num destino de trekking de classe mundial.