O Tahiti quase dispensa apresentações. O Tahiti figura no imaginário de muitos dos portugueses como um dos locais mais paradisíacos do mundo. E é! O Tahiti é a ilha mais importante da Polinésia Francesa pois é lá que se localiza a capital da região, Papeete. O Tahiti tem imensas praias, embora a maioria sejam praias de areia negra, porém maravilhosas. O Tahiti é muitas vezes ignorado, em detrimento de outras ilhas como Bora Bora ou Moorea mas isso é um erro. O Tahiti é uma ilha extraordinária.
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CONTEÚDOS DO ARTIGO
GUIA DE VIAGEM DA POLINÉSIA FRANCESA
FIZ UMA TATUAGEM POLINÉSIA NO TAHITI
Hoje a Polinésia Francesa ficou marcada em mim e no meu corpo!
Há muito que tenho um fascínio pelas tatuagens polinésias. Tentei fazer uma na Samoa, de forma tradicional, com lâmina e pau, numa fale tradicional e com um tatuador de uma família ancestral. Na Samoa, não se aprende a ser tatuador, nasce-se numa família escolhida e tatuar o corpo dos outros é um desígnio. Ali, não tive coragem de o fazer, não sei se por medo da técnica ser dolorosa, se por não conseguir controlar o que seria tatuado no meu corpo.
Na Polinésia Francesa não é tão tradicional, no que toca à escolha do tatuador, mas foi daqui, das ilhas Marquesas, que as tatuagens polinésias se espalharam pelo mundo.
No Tahiti, as tatuagens ainda são feitas por tatuadores artistas, o que significa que não controlamos exactamente tudo o que é tatuado no nosso corpo mas são eles que, em conversa connosco, escolhem a tatuagem. Marquei o tatuador semanas antes e quando chegámos a Papeete eu sabia que ter uma tatuagem polinésia era o meu objectivo no Tahiti.
Queria tatuar uma manta, lembrando-me da força que sinto pelo mar, pela natureza marinha e pelas criaturas que habitam o oceano. Mas depois de escolher a manta, o tatuador conversou comigo e, dessa conversa, faz um desenho a caneta vermelha e verde na minha perna. Aqui no Tahiti não há motivos decalcados da internet, é tudo representado pelo artista.
A minha manta tem dentro aquilo que o meu mundo representa, em símbolos polinesios. Tem a viagem, a família, a força e a luta, tudo em doses idênticas para equilibrar o meu mundo material e espiritual.
Fazer esta minha nova tatuagem no Tahiti foi o reflexo da minha jornada pelo mundo; um acto de fé na vida, no olhar dos outros, na valorização cultural da diferença e da esperança. Pela primeira vez, não fui eu que escolhi a tatuagem, foi ela que me escolheu a mim. E, se não tivesse já uma tatuagem nas costas, tenho a certeza que saia da Polinésia e do Tahiti com metade das minhas costas tatuadas.
As tatuagens da Polinésia não são só estéticas, são culturais, são a história de vida de um povo, das gentes, das lutas e da cultura deste oceano que longe de tudo e de todos, está agora marcado para sempre em mim.
A ILHA DO TAHITI
Um dia irei ao Tahiti, é a música que todos os dias nesta viagem fomos cantando. E fomos mesmo! Viemos até ao Tahiti!
Tahiti é o nome da maior ilha da Polinésia Francesa mas também o nome ancestral deste conjunto de ilhas a que hoje chamamos Polinésia Francesa. O crescente movimento independentista na Polinésia luta por uma separação da França e a criação de um novo país no pacífico, Tahiti Nui, o grande Tahiti.
Um pouco por todas as ilhas vemos este desejo, embora todos saibam o quanto isso é difícil aqui no Tahiti, especialmente numa altura como esta.
Viajar no Pacífico nestes últimos meses tem-nos permitido assistir ao desenrolar de jogos de interesse geopolítica crescente na região. Desde que entramos no Pacífico que percebemos que as peças de xadrez se estão a posicionar para um novo conflito mundial, tendo o Pacífico como cenário. Visitas de estado e alianças criadas entre os países do eixo ocidental e EUA desde a Papua Nova Guiné a Vanuatu, ou à crescente presença militar na Samoa Americana como nunca se tinha visto desde a II Guerra Mundial, ou até às vistas e aliaças do presidente francês na Polinésia.
Os mais distraídos andam entretidos com as notícias de puro entretenimento nas tvs europeias, mas a vida real está aqui, nos jogos de poder que decorrem um pouco por todo o mundo, num conflito latente entre a China e os EUA. Ao longo destes meses no Pacífico temos observado estes jogos de interesse e poder, como observadores atentos da nova geopolítica mundial, fazendo projeções sobre o futuro e, agradecendo, ter visitado esta parte do mundo, numa altura tão específica.
O Tahiti e a Polinésia Francesa são o paraíso na terra, não tenhamos dúvidas, mas também escondem um história trágica e cruel durante a II Guerra Mundial e a Guerra Fria que a memória dos mais novos esqueceu e a escola já não ensina.
Podre daqueles que não viajam, que não aprendem, que não vêem o mundo para lá do ecrã de um computador ou de uma tv. Porque o mundo real, está longe dos reality shows em que os noticiários se transformaram e da desinformação que reina na era da informação.
ADEUS POLINÉSIA FRANCESA
Foi com a lágrima no canto do olho que nos despedimos do Tahiti e da Polinésia Francesa. Quando ontem percorremos a ilha do Tahiti, sabíamos que o Tahiti tinha entrado para a lista de um dos nossos lugares preferidos do mundo. O Grande Tahiti é diverso, rico, autêntico, cru, hospitaleiro e muito alegre.
Desde Maupiti, a ilha paraíso, até Moorea, a ilha das montanhas, passando por Bora Bora é por todas as outras da Sociedade, este território tem um pedaço encantado em cada ilha, em cada canto.
O Tahiti tem gentes de sorriso fácil, alegre e que dançam e cantam com o corpo e com a alma. Começam o dia com um sorriso e acabam-no com uma gargalhada.
Tem paisagens de cortar a respiração, tem as ilhas quase atóis mais belas de todo o mundo, as lagoas de recife mais ricas e vivas do planeta e as águas mais transparentes e límpidas que já vimos.
Se o paraíso tem morada, a Polinésia Francesa é uma delas, a par com outras que descobrimos neste oceano completamente encantador e hipnotizante. E o Tahiti é a porta de entrada neste mundo.
A Polinésia Francesa é constituída por 120 ilhas, das quais exploramos apenas 7, menos de 10% do território. Há um mundo para descobrir neste mundo que começa no Tahiti. Quando saímos da Polinésia sabíamos que um dia iríamos regressar, não sabemos quando, mas sabemos que esta viagem no Pacífico foi apenas a abertura de uma caixa de Pandora.
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