Raiatea é a ilha histórica da Polinésia Francesa. Esta ilha já foi o centro do mundo, o centro do oceano Pacífico. Outrora foi daqui que partiram os grandes navegadores pelo oceano mais vasto do mundo, em busca de outras terras, outras ilhas. Hoje Raiatea continua a ser uma ilha deslumbrante mas o esplendor do seu passado histórico quase desapareceu. Raiatea, contudo, continua a ser luz e alma. Raiatea continua a ser vida. Continua a ter a alma da Polinésia Francesa.
- SEGURO DE VIAGEM IATI – Toda a informação que precisa para fazer um seguro de viagem da IATI está neste artigo, inclusive link para ter 5% de desconto.
CONTEÚDOS DO ARTIGO
GUIA DE VIAGEM DA POLINÉSIA FRANCESA
COMO CHEGAR A RAIATEIA
O sol nasce do outro lado da lagoa do recife enquanto o nosso barco atravessa a lagoa. Para trás fica a ilha de Tahaa e vamos a caminho de Raiatea. O mar parece um lago de tão calmo que está. Ainda era noite quando o barco saiu do porto, mas em poucos minutos chegamos a Raiatea.
Começamos o dia em Raiatea com um pequeno almoço com croissants franceses. Luxos que já não tínhamos há muito tempo. Alugámos carro para os próximos dias, fomos fazer check in à guesthouse onde nos vamos alojar e saímos para dar uma volta por Raiatea.
A volta, contudo, foi pequena. A chuva começou a cair e a ilha de Raiatea vestiu-se de cinzento e negro. Sabemos que quando assim é, é tempo de trabalhar. E foi isso que fizemos no primeiro dia em Raiatea.
Recolhemos ao nosso quarto e aproveitamos a tarde para trabalhar em Raiatea. Lá fora está a Polinésia Francesa e até nos sentimos culpados por não a poder aproveitar mais, mas se há algo que já aprendemos aqui, é que a Polinésia quer-se assim, saboreando lentamente e com tempo, para podermos depois construir um álbum de memórias e recordações cheio de momentos especiais.
DO PACÍFICO E EM RAIATEA SE PARTIU PARA O MUNDO
Nós europeus temos a ideia de que foi a partir do velho continente que se iniciou a conquista e a descoberta do além mar, dos territórios ultramarinos e desconhecidos. Nada mais errado. Foi dali de Raiatea que se partiu para o mundo.
Séculos antes dos portugueses e espanhóis se lançarem nos descobrimentos, já os povos do Pacífico se tinham lançado neste vasto universo aquático em busca de novas terras e novos povos. Partiram de Raiatea para povoar as ilhas deste vasto oceano, espalhando uma cultura única por um território maior do que a Europa e a Ásia juntas.
Estes povos navegavam o vasto oceano, durante meses, procurando novas ilhas e novos territórios. Misturavam-se com as culturas locais existentes e povoavam ilhas desertas. E ao longo dos séculos as ilhas do Pacífico tornaram-se o berço das culturas Melanésias, Micronésias e Polinésias.
Com a chegada dos europeus e da religião cristã, a maioria das manifestações religiosas destes povos foram destruídas. Templos, deuses e artefactos foram apagados e destruídos para sempre. Pouco resta destas culturas ancestrais nos dias de hoje.
As missões religiosas converteram em massa as populações. Velhos deuses foram substituídos por novos, e a cultura do Pacífico tornou-se lenda. São estas lendas que andamos a descobrir há meses e Raiatea é um dos melhores locais para as conhecer.
OS MOTUS DE RAIATEA E DA POLINÉSIA FRANCESA
A Polinésia Francesa é constituída por diversas ilhas que estão numa fase evolutiva de atol. Mas, neste processo geomorfologico, a maioria das ilhas daqui ainda não são atóis. Conservam ainda uma ilha vulcânica central, em torno da qual se desenvolve uma lagoa de recife e várias ilhas bateria. Estas ilhas barreira são os chamados motus. São ilhas de areia branca e coral, muito pequenas, algumas com vegetação outras completamente desertas, mas todas idílicas.
Os motus da Polinésia Francesa são os lugares onde estão as melhores praias, as de areia branca, já que na maioria das ilhas centrais não há praias e quando há são de areia escura.
Só que a crescente procura turística e imobiliária na Polinésia Francesa tem levado a uma venda de quase todos os motus. Bora Bora já não tem motus públicos, todos pertencem a resorts ou milionários.
Mas Raiatea é diferente. Raiatea tem motus públicos, que todos podem usar e usufruir, basta ter um barco para lá chegar. Como não temos barco, arranjamos um barco que por 30€ nos levou para o motu de Raiatea de manhã e nos foi buscar à tarde. E por lá passamos um dia fabuloso em Raiatea.
O tempo não esteve sempre bom em Raiatea. Aliás, até choveu! Mas ainda assim foi maravilhoso e uma experiência fora de série. O nosso dia em Raiatea terminou com mais um pôr do sol num lugar maravilhoso. O sol é que esteve envergonhado.
Mas, depois da ilha onde passamos o dia, não podíamos mesmo reclamar ali em Raiatea.
NADAR COM AS RAIAS DE RAIATEA
Hoje dividimos a lagoa do recife de Raiatea com um dos seus maiores residentes, as stingrays, as raias. Ao largo de Raiatea há vários motus comunitários que podem ser alcançados de barco. Hoje foi dia de conhecer mais um motu de Raiatea.
Este motu de Raiatea tem fama de ter um recife de coral em parede, e onde as raias aproveitam a zona de contacto para acasalar e se fixar. Há uma família que vive no motu mas o resto da pequena ilha é pública.
Quando o barco atracou no motu de Raiatea encontramos logo uma raia. Nem queriamos acreditar! Durante horas estivemos a nadar nos recifes, fazendo snorkel ou simplesmente nadando à procura de outras raias e aproveitando a praia. Vimos pelo menos quatro raias diferentes e várias a acasalar ali em Raiatea. Que coisa maravilhosa! Nem queríamos acreditar!
Mas o motu de hoje não tinha só raias. Tinha praias incríveis e avassaladoras ali em Raiatea. Tinha uma vista incrível sobre Raiatea, a lagoa do recife e o canal.
Apesar do motu ser público não estava lá mais ninguém, com a excepção da família que ali habitava. A praia era toda nossa, o recife de Raiatea também, as raias também, assim como o snorkel. Não havia mais gente na praia nem na água e, de repente, parecia que estávamos num paraíso desabitado algures no meio do oceano Pacífico. E estávamos mesmo! Estávamos em Raiatea.
Se vai viajar para a Polinésia, estes são os nossos guias de viagem que lhe podem interessar
- GUIA DE VIAGEM DA POLINÉSIA FRANCESA – Guia com todas as informações e dicas para visitar a Polinésia Francesa (Ilhas da Sociedade) de forma independente.
- GUIA DE VIAGEM DA SAMOA – Guia com todas as informações e dicas para visitar a Samoa (Savaii, Upolu e Samoa Americana) de forma independente.
- GUIA DE VIAGEM DE TUVALU – Guia com todas as informações e dicas para visitar Tuvalu (Atol de Funafuti) de forma independente.
- GUIA DE VIAGEM DA PAPUA NOVA GUINÉ – Guia com todas as informações e dicas para visitar a Papua Nova Guiné (Ilha da Nova Guiné) de forma independente.
- GUIA DE VIAGEM DA NOVA ZELÂNDIA – Guia com todas as informações e dicas para visitar a Nova Zelândia (Ilhas Sul e Norte) de forma independente.
- GUIA DE VIAGEM DA AUSTRÁLIA OCIDENTAL – Guia com todas as informações e dicas para visitar a Austrália Ocidental (De Perth à Costa de Esperance e Exmouth) de forma independente.
- GUIA DE VIAGEM DAS ILHAS COOK – Guia com todas as informações e dicas para visitar as Ilhas Cook (Rarotonga e Aitutaki) de forma independente.
- GUIA DE VIAGEM DAS ILHAS FIJI – Guia com todas as informações e dicas para visitar as Ilhas Fiji (Viti Levu, Taveuni, ilhas Yasawa e ilhas Mamanuca) de forma independente.
- GUIA DE VIAGEM DE KIRIBATI – Guia com todas as informações e dicas para visitar Kiribati (Atol de Tarawa) de forma independente.
- GUIA DE VIAGEM DAS ILHAS SALOMÃO – Guia com todas as informações e dicas para visitar as Ilhas Salomão (Guadalcanal e Savo) de forma independente.
- GUIA DE VIAGEM DE VANUATU – Guia com todas as informações e dicas para visitar Vanuatu (Efate, Tanna, Espiritu Santo e Pentecostes) de forma independente.
- GUIA DE VIAGEM DE TONGA – Guia com todas as informações e dicas para visitar Tonga (Tongatapu e Eua) de forma independente.
- GUIA DE VIAGEM DA ILHA DA PÁSCOA – Guia com todas as informações e dicas para visitar a Ilha da Páscoa de forma independente.