A ilha de Maupiti na Polinésia Francesa é um hino ao amor. Maupiti é o lugar mais bonito que alguma vez já vimos no mundo. A ilha de Maupiti é mais bela do que Bora Bora e, felizmente, muito mais virgem, traquila e intimista. Não tem resorts, não recebe cruzeiros e assim permanecerá porque a abertura da laguna não permite. Tem poucos turistas e visitantes e, por isso, Maupiti é o mais parecido com o paraíso na Terra. Maupiti é tão impressionante que decidimos casar ali. Casamos em Maupiti.
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CONTEÚDOS DO ARTIGO
GUIA DE VIAGEM DA POLINÉSIA FRANCESA
COISAS A FAZER QUANDO VISITAR MAUPITI NA POLINÉSIA FRANCESA
UM AMOR NA LAGOA DE MAUPITI
Depois de um fim de tarde e noite em Papeete, na ilha do Tahiti, rumámos de manhã bem cedo a Maupiti, a primeira ilha que vamos explorar no arquipélago da Sociedade, na Polinésia Francesa.
Se nos dissessem que depois de tudo o que já vimos neste oceano ainda nos podíamos surpreender, não acreditaríamos mas a verdade é que sim! Quando às 8h da manhã o avião aterrou na ilha de Maupiti soubemos que a nossa história também iria passar por este lugar.
Vamos passar cinco dias em Maupiti, uma das mais pequenas da Polinésia e vamos viver com uma família numa casa em frente ao mar. A laguna protegida pelo recife de coral é um sonho, a mais bela que já vimos (juntamente com a de Aitutaki). Há mantas, raias e tubarões nas águas mas todos convivem em harmonia com a natureza ali em Maupiti.
O cheiro das flores inunda o ar de Maupiti. O salitre da água cola-se no corpo. A areia como farinha não sai dos pés. É assim a nossa vida nos próximos dias em Maupiti.
A praia em frente a nossa casa em Maupiti é o cenário mais do que perfeito para qualquer história de amor.
Não há carros ou scooters para alugar, aqui em Maupiti toda a gente anda a pé ou de bicicleta. E nós não somos excepção.
A natureza brindou-nos com mais um pôr do sol perfeito em Maupiti, e nós brindamos à vida! Desta vez o brinde foi com sumo porque ainda não descobrimos onde se compra vinho na ilha!
NADAR COM MANTAS EM MAUPITI NA POLINÉSIA FRANCESA
Maupiti hoje veio com tudo. Saímos de manhã para uma tour à volta da laguna de Maupiti e estávamos já como que hipnotizados pela beleza e transparência da água e o contraste com o verde da ilha quando o nosso guia nos diz “saltem, está uma manta na água!”
E nós saltamos!
Mal entrei na água dei de caras com o Rui a nadar sobre a manta e ela a virar-se na minha direcção e a nadar como se me viesse dizer olá!
Olá, manta! Olá ser majestoso!
As mantas são animais residentes na laguna de recife de Maupiti. Estão cá todo o ano mas vê-las não é garantido nem tão fácil quanto parece. As mantas de Maupiti entram e saem da laguna por uma abertura para o oceano e utilizam os recifes de coral daqui para limpar os parasitas que se acumulam no seu corpo. Assim, a primeira manta que encontramos em Maupiti estava numa estação de limpeza. Uma espécie de spa de mantas.
Com a visibilidade das águas da laguna de Maupiti não vimos só mantas mas vimos também raias, tubarões do recife e peixes gigantes. Maupiti é o habitat de uma biodiversidade incrível, que contra tudo e contra todos, conseguiu sobreviver nestes atóis do Pacífico.
Maupiti e a sua lagoa são o lar de animais que nos fazem sentir pequenos e insignificantes e, ao mesmo tempo, abençoados por aqui estarmos. Aqui somos tudo e não somos nada! Aqui o mundo e a natureza são vencedores, vencedores de uma luta que outrora estremeceu estas ilhas mas que apesar da memória teimar em esquecer, ainda hoje a natureza lembra.
Um dia destes, falaremos sobre isso.
SUBIR AO TOPO DE MAUPITI
Maupiti é o topo do mundo! Do nosso mundo! Depois de estar a viajar há quase quatro meses no Pacífico, chegar aqui a Maupiti e subir ao topo desta ilha foi quase como subir o Everest. Foi o nosso Everest!
As montanhas são a casa dos deuses e é lá que habitam as vistas mais incríveis do planeta Terra. Do seu topo temos as paisagens reservadas aos deuses, aos pássaros e aos imortais.
É do ar que melhor se vê a Terra porque é de longe que temos melhor percepção da realidade, sem distracções ou demasiada emoção. As montanhas conseguem por tudo em perspectiva e é por isso que quando precisamos de reflectir vamos para a montanha.
No Pacífico não há muitas montanhas mas as que há são das mais belas do mundo porque nós conseguem mostrar a beleza infinita deste oceano, a sua imensidão de água e a forma clara como tudo o que precisamos está bem perto de nós!
Nas ilhas do Pacífico a segurança está dentro do recife, assim como a vida, a comida, a beleza, a tranquilidade e a paz. E no fundo é só isso que precisamos, de tudo o que está dentro do recife, o que está dentro e próximo de nós.
Para lá do recife está o desconhecido, a aventura, a viagem… Uma necessidade constante de testar os nossos limites, as nossas ideias e a vida. Às vezes é preciso ir para além do recife, para aprender, para crescer e para apreciar a vida.
A vida é feita de pequenas grandes conquistas, de vida dentro e fora dos recifes mas, no fundo, tudo se resume a saber encontrar o equilíbrio. O equilíbrio entre a paz e a tranquilidade, e a aventura e a descoberta. E esse equilíbrio é que é difícil de descobrir.
É aí que aparecem as montanhas! Levam-nos para uma espécie de ponto superior e põe o mundo aos nossos pés. E com o mundo aos nossos pés, conseguimos ver mais longe e apreciar ainda mais a vida.
E quando descemos a montanha, sabemos que o mundo continua igual, mas nós, viemos diferentes.
CASÁMOS EM MAUPITI
Maupiti, 2 de Agosto 2023. Este dia ficará para sempre nas nossas memórias como um dos mais importantes das nossas vidas. Dissemos sim, numa cerimónia completamente informal na praia de Maupiti. Tudo preparado apenas por nós.
O vestido foi comprado em Ibiza. As alianças são de coco e foram compradas nas Ilhas Cook. Os calções do Rui vieram da Austrália. Os principais adereços são uma coroa de fores natural típica da Polinésia, produzida pela artesã da ilha e que encomendamos no dia anterior. Fomos buscá-la de bicicleta e durante 5 km ela brilhou a caminho da praia de Maupiti, na minha cabeça. Nos braços usei uns pendentes de coral, que comprei nas Ilhas Salomão e que as mulheres usam no Pacífico quando se casam.
Não houve calçado, fotógrafo, ou boda ali em Maupiti. A única testemunha foi o Max, os peixes e as raias da laguna. Um telemóvel num tripé e o drone serão as únicas memórias fotográficas que teremos deste dia e deste momento.
E foi um dos melhores momentos da nossa vida! Choramos os dois! De alegria e de emoção. Trocamos votos. Lemos textos. Trocamos promessas de vida que tencionamos cumprir. Fizemos planos.
Ninguém nos ouviu, para além de nós! Ninguém nos viu, para além de um ou outro turista curioso que espreitou. Não havia nada nem ninguém ali em Maupiti.
Maupiti foi o local que escolhemos no Pacífico para eternizar o nosso amor. Soubemos, logo desde o primeiro dia, que seria ali. Não estava nada programado. Foi tudo improvisado em Maupiti. Um pouco como reflexo da nossa vida nestes últimos meses.
A boda foi um piquenique na praia de Maupiti, entre mergulhos e muitos sorrisos e gargalhadas. Brindamos ao pôr do sol em Maupiti! E ao jantar, dividimos a noite com a família sem que ela imaginasse o que tinha acontecido durante o dia ali em Maupiti.
A lua de mel, essa, é a vida! A vida que temos foi a lua de mel que escolhemos. E há muito que decidimos viver em lua de mel permanente, tentando, tudo por tudo, para ser feliz todos os dias das nossas vidas.
Este foi apenas um dia mais simbólico do que todos os outros. Foi um hino ao amor em Maupiti!
DIA DE REFLEXÃO E NAMORO EM MAUPITI
Depois da emoção de ontem, hoje foi dia de parar e reflectir em Maupiti. Reflectir sobre a vida, a vida que temos e a vida que queremos. Ontem casamos mas hoje tudo continua igual. Não houve papel passado nem conservatória. E porque dispensamos tudo isso?
O acto do casamento, em termos históricos, tem a ver com um contracto estabelecido entre famílias de forma a fazer alianças para negócios, evitar as guerras ou criar grupos de interesse cada mais maiores e mais poderosos. Neste contexto, o casamento por amor não existia. O casamento era um contracto e era arranjado pelas famílias. Ainda hoje é assim em muitos lugares do mundo, desde as altas sociedades e famílias reais nos países ricos, até às sociedades tribais dos países mais inóspitos.
Os casamentos eram para a vida porque as alianças eram para a vida, jamais podiam ser quebradas pois poderiam desencadear guerras e perdas milionárias.
Os casamentos arranjados nunca desapareceram da nossa sociedade, assim como os contratos de casamento. Hoje, ainda que por amor, as pessoas continuam a assinar um contracto onde abdicam das suas liberdades individuais para ter um estado civil de “casado” num documento oficial. O mesmo contrato é pago e, se um dia se quiser quebrar o contracto, há que voltar a pagar.
O amor não se coaduna com estas formas contratuais por isso é que “casar por amor” foi visto durante muito tempo uma contradição em termo.
Quando há amor não é preciso casar, assinar contractos ou perder liberdades individuais. Quando há amor, é preciso celebrar esse amor, seja de que forma for. Num dia especial, nas datas especiais mas acima de tudo, todos os dias com momentos especiais.
Amar é muito diferente de casar. Talvez por isso a palavra “amantes” seja a mais bela que o nosso dicionário tem e, estranhamente a sociedade atribui-lhe ainda hoje uma conotação tão negativa. Nada disto está dissociado da religião, que durante séculos negou aos amantes a possibilidade de se amarem. Basta pensar na história de Pedro e Inês, que contra tudo e contra todos, ousaram quebrar alianças e viver o amor.
Amar é algo que dificilmente se explica ou se define mas algo que se sente. E hoje, sentimos um pelo outro o mesmo que sentíamos ontem. Porquê? Porque na realidade, a nossa história continua a ser a de amantes. Aqueles que um dia ousaram amar-se e viver esse amor.
ADEUS MAUPITI
Hoje foi dia de dizer adeus a Maupiti! Deixar para trás lugares assim, lindos e onde fomos genuinamente felizes custa muito. Quando pela manhã saímos daquele aeroporto de Maupiti, sobrevoando aquilo que virá um dia a ser um atol, hoje ainda com uma ilha central a afundar-se, sabíamos que o paraíso perdido era ali. Não haverá lugar no mundo mais bonito do que Maupiti. Mais perfeito do que este! Isto é Maupiti.
Maupiti é a perfeição da natureza, um poema de beleza aos amantes e ao amor. Maupiti é terra virgem e oceano bravo. É pureza e brutalidade. Maupiti é o porto seguro de todas as viagens, espirituais e reais. Maupiti é o nosso lar do Pacífico.
Quando chegámos a Maupiti soubemos logo que ele iria fazer parte da nossa história. Quando saímos de Maupiti sabíamos que não seria apenas isso. Maupiti ficaria marcado em nós. A vida em Maupiti é tudo o que sempre idealizamos, simples e natural. É magia e realidade, no mesmo momento.
Há muitas ilhas ainda para descobrir na Polinésia Francesa, mas pela primeira vez nesta viagem sabemos que mais nenhuma terá a energia de Maupiti. Sentimos isso.
Sobrevoamos a ilha perfeita de Maupiti e aterramos alguns minutos depois em Raiatea. A nossa passagem por lá foi breve, já que voltaremos depois de visitar o nosso próximo destino, a ilha de Taha’a.
Depois de visitar o animado mercado de Raiatea e de comprar comida, apanhamos um barco para Tahaa. Trocamos o nosso paraíso por um bungalow super básico, no meio da floresta da ilha e a falta de praia e do calor familiar fez-se sentir.
Alugamos uma mota que nos vai fazer companhia nos próximos dias e começamos por dar uma volta a uma parte da ilha. E hoje já deu para começar a sentir um pouca desta nova ilha da Polinésia Francesa. Já cheira a baunilha!
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