HEBRON – PALESTINA | A realidade da cidade colonato da Cisjordânia

Visitar HEBRON - Testemunhando a dura realidade de uma cidade colonato | Palestina

A cidade de Hebron localiza-se no coração da Cisjordânia e é um dos locais mais “quentes” do conflito Israelo-palestiniano. Hebron é uma cidade cisjordana que para quem está mais atento à geopolítica do Médio Oriente dispensa apresentações. Hebron é um dos focos de conflito entre israelitas e palestinianos e é uma cidade onde o controle da autoridade palestiniana se perde de dia para dia.

HEBRON - PALESTINA | A realidade da cidade colonato da Cisjordânia

Resolvemos visitar Hebron a partir de Belém. Depois de visitarmos um campo de refugiados palestinianos na cidade, apanhámos uma sherut. Em menos de uma hora chegámos a um dos maiores palcos deste conflito entre Israel e a Palestina, Hebron.  

Visitar HEBRON - Testemunhando a dura realidade de uma cidade colonato | Palestina

Quem controla a Cisjordânia e Hebron

Pelo caminho para Hebron percorremos aquilo que é designada como Zona B, ou seja, áreas da Palestina controladas militarmente pelo exército de Israel mas com população civil palestiniana. Pela estrada para Hebron vemos tanques de guerra, jipes, soldados armados e muita população civil a caminhar pelas ruas de terra batida.

A Cisjordânia, na Palestina, está dividida actualmente, do ponto de vista prático, em três zonas distintas. 

  • ZONA A – Áreas controladas política e militarmente pela Autoridade da Palestina e com população palestina.
  • ZONA B – Áreas da Palestina controladas militarmente por Israel com população predominantemente palestina.
  • ZONA C – Área administrada e controlada política e militarmente por Israel. É povoada por palestinos e israelitas. Deveria ter passado para controlo da Autoridade Palestiniana de acordo com o Acordo de Oslo, em 1995, mas nunca chegou a acontecer. Corresponde a 61% do território da Cisjordânia.
HEBRON - PALESTINA | A realidade da cidade colonato da Cisjordânia

VISITAR HEBRON NA CISJORDÂNIA – PALESTINA

Quando chegámos a Hebron, na Palestina, saímos no coração da cidade muçulmana do bairro moderno de Hebron. Hebron insere-se na chamada Zona A, controlada militar e civilmente pela Autoridade Palestiniana e, à chegada começamos a ver as placas que proíbem a entrada de militares israelitas em Hebron. No entanto, a Autoridade Palestiniana já não controlava a totalidade da cidade de Hebron. Apenas 80% desta cidade de Hebron estava sob a sua alçada e 20% sobre controlo de exército israelita. Isto à data de 2010, quando visitámos Hebron. Hoje a percentagem será bastante menor. 

HEBRON - PALESTINA | A realidade da cidade colonato da Cisjordânia

Quando estávamos em Jerusalém um muçulmano aconselhou-nos a não nos aproximarmos da Mesquita de Ibhraim ou do Túmulo dos Patriarcas em Hebron (a mesma coisa mas com designações diferentes consoante se trate de muçulmanos ou israelitas). No entanto, uma vez em Hebron, e depois de percorrer as ruas da parte nova da cidade, constatamos que ali, aparentemente, nada diferia do resto das cidades árabes da Cisjordânia onde tínhamos estado como Ramalah ou Belém. Sendo assim, resolvemos arriscar e descer as ruas até ao núcleo da cidade antiga de Hebron em direcção ao souq e à mesquita fruto de tanto conflito directo na cidade de Hebron.

Visitar HEBRON - Testemunhando a dura realidade de uma cidade colonato | Palestina

Entrar na Cidade Velha de Hebron sobre controle militar de Israel 

Pelo caminho até à cidade velha de Hebron fomo-nos apercebendo que, se em Belém sentimos o conflito, ali em Hebron estávamos a caminhar em cenário de guerra. As ruas da parte antiga de Hebron estão barricadas por taipais de ferro e aço e os soldados israelitas condicionam o nosso trajecto. Não vamos para onde queremos, mas somos seguidos e levados em direcção à mesquita, pela rua principal de Hebron. Nós, e todos os palestinianos, só nos podemos dirigir por um caminho porque todos os outros caminhos, estradas e ruas foram tapadas. Arame farpado e redes fecham entradas e ruas em Hebron.

HEBRON - PALESTINA | A realidade da cidade colonato da Cisjordânia

As armas dos soldados israelitas seguem os nossos movimentos do alto das torres de vigia em Hebron. São snipers e não estão ali para brincar, apesar da maioria deles parecerem crianças, já que o exercito israelita é composto, maioritariamente, por jovens dos 18 aos 21 anos, homens e mulheres, que são obrigados a cumprir serviço militar obrigatório. Dois anos as mulheres, três anos os homens. É assustador percorrer esta rua de Hebron sobre a mira das armas. Porém estamos ali em Hebron apenas um dia. Como será viver ali toda à vida e chamar casa a Hebron? 

Visitar HEBRON - Testemunhando a dura realidade de uma cidade colonato | Palestina

As redes de sarapilheira camufladas cobrem os edifícios de Hebron e começamos a ver aquilo que até então só tínhamos visto em filmes e telejornais. Ainda bem que decidimos visitar Hebron, apesar do risco associado, porque quando ali chegamos vimos aquilo que a TV não mostra e os rádios não comentam nem contam. Vimos os palestinianos e a forma como vivem em Hebron. Não vimos a Autoridade Palestiniana ou o Hamas, vimos os palestinianos de Hebron que são pessoas como nós.  

HEBRON - PALESTINA | A realidade da cidade colonato da Cisjordânia

Íamos a descer a rua de Hebron quando um homem palestiniano convida-nos a visitar a sua casa e beber um chá. Depois de alguma relutância por parte do Rui, consigo convencê-lo e fomos. Aceitámos o convite e ele abriu-nos as portas de casa em Hebron. As janelas, essas, não abriam.

Visitar HEBRON - Testemunhando a dura realidade de uma cidade colonato | Palestina

Subimos para a casa do palestiniano e passamos por um soldado israelita em Hebron. Pergunta-me o que faço ali em Hebron. Respondo que sou viajante e estou a visitar Hebron. Olha para mim com um ar incrédulo. Não percebe porque estou ali em Hebron. Aquilo não é um destino de férias. O que me levaria ali? Desconfia. Pergunta-me que opinião tenho sobre o que se passa ali em Hebron e o conflito. Digo que não sei, não tenho opinião, estou em Hebron para ver com os meus próprios olhos. E embora tenha uma ideia formada sobre o conflito, agora que estou ali, em Israel e na Palestina, confesso que sei cada vez menos e passei a ter mais dúvidas do que certezas, sobre tudo e todos. A principal razão, talvez porque tenho medo, até de pensar. Tenho medo do perigo que corro. Tenho medo do que nos possa acontecer mas tenho medo do que possa acontecer a quem conversa connosco e quem nos conta o que ali acontece em Hebron.

HEBRON - PALESTINA | A realidade da cidade colonato da Cisjordânia

O palestiniano continua a mostrar os sinais da ocupação israelita nas ruas de Hebron, tudo na frente do soldado, como se não tivesse medo. Sinto-me desconfortável. Parece-me provocatória aquela atitude, a do soldado israelita e a do palestiniano. Como se eu fosse uma lente de televisão em que cada um faz a sua campanha. É uma sensação difícil de explicar. Ainda hoje não consigo exprimir o que senti em Hebron naquele momento, mas talvez o maior sentimento tenha sido medo. O soldado israelita em Hebron não passa de uma criança que não deve ter mais de 19 anos, aliás, deixa-nos depois para ir brincar com uma criança israelita do colonato de Hebron.

Porém, há uma diferença tremenda entre aquele soldado israelita e o palestiniano ali em Hebron. O soldado está fortemente armado e o palestiniano não. Isso faz toda a diferença neste local da Palestina.  

HEBRON - PALESTINA | A realidade da cidade colonato da Cisjordânia

Depois do convite para o chá, entramos na casa do palestiniano em Hebron. Mostra-nos o quarto com a janela tapada por ferro e com soldadura exterior. As janelas estão cobertas por grades e não entra luz na casa. Foram soldadas por fora pelos soldados israelitas de Hebron.  

Conta-nos que todos os dias, melhor, todas as noites, os colonos israelitas em Hebron lhes infernizam a vida. Mostra-nos os restos dos cocktails molotof que os colonos atiram durante a noite e que ainda se vêem na entrada da casa e numa das janelas com grades. Mostra-nos o filho, praticamente cego pelo ácido que os colonos lhe atiraram à cara. A criança não tem mais do que 6 anos. Fico horrorizada. A criança não. Parece brincar normalmente na sala enquanto tomamos chá ali em Hebron.

De repente, a meio da conversa e das nossas questões sobre Hebron, abre a camisa e exibe as marcas das balas no corpo. Duas, uma no ombro, outra no peito. Diz-nos que é uma sorte ainda estar vivo e que os israelitas sabem disso. Não queria acreditar! Não sei o que me aconteceu. Se o choque, o medo, a minha indiferença até ao momento em que entrei em Israel ou se algo que ainda não conheço. Algo tomou conta de mim. Onde estou eu? Senti-me mal. Senti-me muito mal. Tive medo. Queria fugir. Fugir dali, da casa, de Hebron, da Palestina, de Israel, de um lugar que me fazia medo e terror. De um lugar onde se vive sobre um regime de terror. E só estava ali em Hebron há alguns minutos! Como seria viver naquele local em Hebron ou noutro qualquer da Palestina? Como será viver em Gaza onde fomos proibidos de entrar? Se nos permitiram entrar em Hebron e o que vemos é aquilo, o que se esconderá em Gaza onde não nos deixam entrar? Só posso concluir que será muito pior do que Hebron.  

Visitar HEBRON - Testemunhando a dura realidade de uma cidade colonato | Palestina

Ainda tomamos chá com a família palestiniana em Hebron enquanto nos falava das dificuldades de viver ali e depois subimos ao telhado da casa. Do outro lado da casa, agora dividida, vivem colonos judeus colocados por Israel em Hebron. Vemos os soldados armados a brincar com as crianças judias. O palestiniano mostra-nos os depósitos de água no telhado baleados pelos colonos. Em Hebron e por toda a Palestina a água potável é muito rara. Em momentos de maior tensão entre Israel e a Palestina, os soldados israelitas disparam sobre os tanques palestinianos deixando a população sem água e forçando a sua rendição. A água ali faz a diferença entre a vida e morte. para se ter uma ideia, a água desviada do curso do rio Jordão, em Israel deixou de levar a água do rio à Cisjordânia, na Palestina, e o rio Jordão já não desagua no Mar Morto há muitos anos.

HEBRON - PALESTINA | A realidade da cidade colonato da Cisjordânia

Os colonatos judeus em Hebron e na Cisjordânia

Em Hebron existem 500 colonos judeus a viver numa área desapropriada aos palestinianos e entregue aos judeus, os colonatos judeus de Hebron. Para manter a segurança destes colonos em Hebron existem 4000 soldados. Todos os colonos têm porte de arma e exibem-nas como sinal de superioridade. Disparar sobre um palestiniano ali é considerado legítima defesa pois considera-se que os palestinianos são ameaças à segurança de um israelita dos colonatos.

Visitar HEBRON - Testemunhando a dura realidade de uma cidade colonato | Palestina

As ruas da medina e o colonato de Hebron

As ruas estreitas de Hebron que levam à mesquita de Ibrahim estão cobertas de arame farpado que acumulam quantidades de lixo impressionantes que os colonos atiram das casas que ocupam por cima. Os colonos geralmente ocupam o primeiro andar dos prédios de Hebron e os palestiniano aos judeus o rés-do-chão. Esta distribuição não é alietória. Os soldados israelitas tiram os palestinianos das suas casas e entregam-nas a judeus que são convidados a vir morar para os colonatos. Os colonatos de Hebron, ao contrário do resto da Cisjordânia, não é um bairro judeu dentro da cidade palestiniana. O colonato judeu em Hebron são as casas dos palestinianos, de onde estes foram expulsos.

Visitar HEBRON - Testemunhando a dura realidade de uma cidade colonato | Palestina

A mesquita de Ibraim e o Túmulo dos Patriarcas

Uma vez chegados à mesquita de Ibhraim tentamos entrar naquele que foi o cenário de dois dos maiores palcos de horror neste conflito: o Massacre de 1929, em que os muçulmanos mataram 67 judeus e, o Massacre de 1994, em que um judeu abriu fogo sobre os muçulmanos que oravam na mesquita na comemoração do final do Ramadão, matando 29 e ferindo 125 palestinianos. O judeu israelita que perpetuou este massacre de 1994 é hoje um herói em Hebron e tem, inclusive, direito a uma estátua em frente ao Túmulo dos Patriarcas ali em Hebron.

HEBRON - PALESTINA | A realidade da cidade colonato da Cisjordânia
HEBRON - PALESTINA | A realidade da cidade colonato da Cisjordânia
HEBRON - PALESTINA | A realidade da cidade colonato da Cisjordânia

Quando vimos a Mesquita de Ibhraim percebemos claramente a razão de tão ávido conflito. O mesmo edifício é uma mesquita para os muçulmanos e uma sinagoga para os judeus. Tudo no mesmo edifício. Tem duas portas fortemente militarizadas. A do lado esquerdo permite entrar na mesquita muçulmana. Como estamos em período de Ramadão não pudemos entrar por esse lado por não sermos muçulmanos. Vamos pela porta do lado direito e entramos no Túmulo dos Patriarcas, o mesmo edifício em Hebron mas do lado Judeu e agora uma sinagoga.

Visitar HEBRON - Testemunhando a dura realidade de uma cidade colonato | Palestina

Depois de nos perguntarem (mais uma vez) se tínhamos bombas, armas, facas, etc. e de certificarem que éramos cristãos e não muçulmanos, lá conseguimos entrar no túmulo e ver a fonte de todos os conflitos em Hebron. É indescritível a sensação de estar ali dentro. Dentro do edifício, que parece ser uma sinagoga normal, há o túmulo de Jacob e Abrão (Ibhraim para os muçulmanos) e as respectivas esposas. O mesmo profeta. O mesmo homem. Nomes diferentes. Religiões diferentes. A mesma guerra.

Visitar HEBRON - Testemunhando a dura realidade de uma cidade colonato | Palestina
HEBRON - PALESTINA | A realidade da cidade colonato da Cisjordânia

Os túmulos sagrados estão no centro do edifício e consigo ver os palestinianos muçulmanos do outro lado a orarem dentro da mesquita em direcção aos mesmos túmulos. A sinagoga é também muito sui geniris já que, como ocupa o edifício da mesquita, exibe passagens do corão nos azulejos da parede no seu interior. Do lado da Sinagoga oram os judeus, em direcção aos mesmos túmulos. Uma imagem surreal.

A parte da cidade de Hebron que é um colonato judeu

Saímos dali, olhamos para as ruas desertas que hoje são o colonato judeu de Hebron. As ruas que outrora pertenceram ao souq muçulmano foram fechadas a cadeados e as dobradiças das portas soldadas. Hoje por cima têm as casas dos colonos judeus que, nalguns casos, ocupam-nas paredes meias com os palestinianos, como na casa que visitamos.

HEBRON - PALESTINA | A realidade da cidade colonato da Cisjordânia
Visitar HEBRON - Testemunhando a dura realidade de uma cidade colonato | Palestina

A sensação de percorrer esta cidade de Hebron, nomeadamente a parte velha é indescritível e por muito que tente passar a emoção e contradição de sentimentos que me assolaram sinto que não o consigo fazer. Quando apanhámos a sherut de regresso a Belém, ainda na Palestina, vinha em estado de choque. Sentia-me mal e não conseguia assimilar tudo aquilo que tinha visto. O que se passa ali? Porque é que o Homem é tão mau com os da mesma espécie? Como é possível viver assim, tanto de um lado como do outro? Porquê ali? podia ser noutro local?

HEBRON - PALESTINA | A realidade da cidade colonato da Cisjordânia
HEBRON - PALESTINA | A realidade da cidade colonato da Cisjordânia
HEBRON - PALESTINA | A realidade da cidade colonato da Cisjordânia

Pelo caminho de regresso em Hebron, vejo crianças a brincar com armas de plástico (acho eu) e a passearem nas ruas com pistolas de brincar na mão. Dois dias depois vejo na Skynews de Israel que quatro colonos judeus foram mortos em Hebron e que isso levou o exercito israelita a matar nove palestinianos e a prender outros tantos. Algum dia isto terá um fim?

Visitar HEBRON - Testemunhando a dura realidade de uma cidade colonato | Palestina

Vale a pena ver estes vídeos sobre o que se passava em Hebron à data de quando a visitamos. Agora, estará muito pior. Fica a sugestão.

Nós visitámos Hebron, na Cisjordânia, Palestina, em 2010, aquando de uma viagem de dois meses pelo Médio Oriente em que visitámos o Egipto, Jordânia, Síria, Israel e Palestina.

SEGURO DE VIAGEM PARA VIAJAR EM ISRAEL E PALESTINA (cobre Covid-19 e teste positivo)

Israel e a Palestina não fazem parte integrante da União Europeia, sendo assim, é altamente recomendável fazer seguro de viagem para viajar em Israel e na Palestina, já que o Cartão Europeu de Saúde não funciona. Nós fizemos o seguro de viagem da IATI ESTRELA, pelo qual pagamos 52€, para os dois, para 10 dias. Faça também o seu seguro com 5% de desconto usando este link.

Se vai visitar Israel e a Palestina estes são alguns artigos do nosso blogue que lhe podem interessar

  • CONFLITO ENTRE ISRAEL E PALESTINA – Um artigo com a explicação dos conflitos que assolam o Médio Oriente nos territórios de Israel e Palestina. Um artigo de leitura obrigatória para quem viaja no Médio Oriente.
  • VISITAR JERUSALÉM – O nosso artigo sobre Israel e o que visitar na cidade que está na origem das três religiões monoteístas e que é o centro do conflito entre a Palestina e Israel há séculos.
  • VISITAR HEBRON – Um artigo sobre a nossa visita à cidade de Hebron, um dos locais mais perigosos na Cisjordânia, Palestina e da nossa experiência intensa na cidade.
  • VISITAR BELÉM – O nosso artigo sobre a visita à cidade de Belém, onde visitámos o local de nascimento de Cristo, o muro que divide Israel da Palestina e um campo de refugiados da ONU, construído em 1948 mas ainda em actividade.
  • VISITAR TELAVIVE – Um artigo cheio de dicas para visitar Telavive e explorar a capital de Israel.
  • VIAJAR EM ISRAEL E PALESTINA – Um artigo sobre os locais onde dormimos na Terra Santa, Israel e Palestina, durante a nossa viagem no Médio Oriente.
  • VISITAR MASSADA – Um artigo sobre a nossa visita a Massada, a maravilhosa fortaleza no deserto de Negev, na Cisjordânia.
  • VISITAR QUMRAM – Qumram é uma localidade na Cisjordânia, Palestina, onde foram descobertos os manuscritos do Mar Morto. O relato da nossa visita.
  • VISITAR TZFAT – A nossa visita à cidade de Tzfat, no norte de Israel, e próximo da fronteira com o Líbano.
  • VISITAR CESAREIA – Um artigo sobre a nossa visita às ruínas romanas de Cesareia, em Israel, cheio de dicas de viagem.
  • VISITAR JERICÓ E O MAR MORTO – Um artigo sobre a nossa experiência a visitar Jericó, as ruínas na margem do Mar Morto e a visita também ao mar.
  • VISITAR RAMALLAH – O artigo sobre a nossa a nossa visita à cidade que é capital da Cisjordânia e da Palestina.
  • FRONTEIRA ENTRE JORDÂNIA E ISRAEL – O nosso artigo sobre o cruzamento de fronteira por terra entre a Jordânia e Israel, na nossa viagem pelo Médio Oriente.
  • TRANSPORTES NO MÉDIO ORIENTE – Um artigo sobre os modos de transporte que usamos para viajar no Médio Oriente, cheio de curiosidades e momentos de humor.
  • VIAJAR NO MÉDIO ORIENTE – Um artigo criado para responder à questão de se é seguro viajar no Médio Oriente. Veja tudo aqui.
  • ROTEIRO MÉDIO ORIENTE – O artigo com o roteiro que fizemos na nossa viagem no Médio Oriente, desde o Egipto, Jordânia, Síria, Israel e Palestina.
  • SEGUINDO OS PASSOS DE JESUS EM ISRAEL E NA PALESTINA

Carla Mota

Geógrafa com uma enorme paixão pelas viagens e pelo mundo. Desde muito cedo que as viagens de exploração fazem parte da sua vida. A busca do conhecimento do mundo leva-a em direcção a culturas perdidas e ameaçadas, tentando percebe-las. Hoje é também líder de viagens de aventura na Nomad.

More Posts - Facebook - Google Plus - Flickr - YouTube


SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER

Bem-vindos ao Viajar entre Viagens! Junte-se a esta comunidade e subscreva a nossa newsletter mensal. Uma vez por mês irá receber um email com todas as novidades do blogue e das redes sociais, tais como novos artigos, viagens, projectos e vídeos no youtube.

Irá receber um email com um link para confirmar a sua subscrição.

PROGRAME A SUA VIAGEM

  Faça as suas reservas através das parcerias do nosso blogue. Você NÃO PAGA MAIS, nós ganhamos uma pequena comissão. É uma forma de valorizar o nosso trabalho.

Resultado de imagem para hotel icon Reserve o hotel no Booking.com e encontre as melhores promoções. Reserve e cancele sempre que necessitar.

Local Tourism Svg Png Icon Free Download (#343998 ...  Marque os seus bilhetes nos monumentos e tours, evitando filas usando o Get Your Guide. Para tours use também o a Civitatis ou o Viator.

Imagem relacionada  Reserve os seus voos com a Skyscanner. Garanta os melhores preços.

Resultado de imagem para car icon  Alugue carro usando o AutoEurope  ou o RentalCars, comparando e escolhendo o melhor preço antes de viajar.

Resultado de imagem para saúde icon  Faça seguro de viagem na Iati Seguros ao menor preço do mercado e com seguros especializados para viajantes. Se usar este link gozará de 5% de desconto.

Resultado de imagem para livro icon  Se procura viagens de mergulho, encontre as melhores opções no LiveAboard.

Resultado de imagem para dinheiro icon Usamos o cartão WISE para levantar dinheiro em viagem sem taxas. Se usar este link, poderá pedir o seu cartão Camera Icon - Free Icons  Veja todo o equipamento fotográfico e gadjets que usamos no nosso perfil no site da Amazon. A lista individual do equipamento que levamos em viagem pode consultar aqui. . Material de fotografia do Viajar entre Viagens.

Este blogue contém links de programas de afiliados.

15 Comentários

  1. Hava diz: Responder

    Bom dia, Carla, podia dizer onde é que viu a estátua do terrorista Baruch Goldstein? Nunca ouvi de tal coisa, não encontrei nenhumas informações. Em Israel é proibido erguer monumentos aos terroristas (alías, coisa muito comum entre os palestinianos – nós judeus amamos a vida, eles amam a morte e glorificam os seus terroristas que mataram ou quiseram matar judeus, as famílias deles recebem dinheiro – quanto mais judeus matarem, mais recebem – e inclusive ficam contentes por os filhos deles serem mártires. Tem vídeos no youtube onde se pode ouvir os palestinianos a dizer que queriam que os seus filhos fossem mártires – e se perguntar a um judeu se queria que o seu filho moresse pela pártia – não vai ouvir nenhuma resposta positiva). Israel recusou-se a enterrar Baruch Goldstein no cemiterio judaico de Hebron. O túmulo dele (que nem sequer fica em Hebron) foi transformado por extremistas num santuário (um acto mesmo ignóbil), mas não existem nenhumas estátuas, isso não é verdade.

    Em relação às armas e ao seu comentário sobre “legitima defesa”, parece que os judeus disparam a torto e a direito “porque sim”. Eles não fazem isso, a menos que haja alguma ameaça verdadeia. E mesmo nesses casos, primeiro vão dar uns disparos no ar para avisar. Conforme a lei judaica, se alguém vem matar-nos, temos que matá-lo primeiro – a Carla diria a um terrorista “não, pode vir matar-me, está à vontade”?

    Tem muitos extremistas que vivem lá e o comportamento deles muitas vezes é uma verdadeira barbariedade – mas os seus vizinhos árabes também não são inocentes. Os judeus também morrem em ataques terroristas perpetrados por árabes e desses ninguém fala. E já agora, Hebron é uma das quatro cidades sagradas do judaismo, os nossos patriarcas e matriarcas estão enterrados lá numa cave comprada pelo nosso patriarca Avraham, os judeus têm vivido lá ininterruptamente há 3000 anos – e agora parece que nós somos os colonos lá?

  2. Leo Zimmermann diz: Responder

    Mesma experiência que eu observei anos depois. Quando eu fui precisei entrar como Palestino, na época estava proibido o turismo por lá. Dá pra entender muita coisa, mesmo para que é judeu (mente aberta, óbvio). Existem situações que só poderão ser vividas indo até lá para tentar entender um pouco mais.

    1. Carla Mota diz: Responder

      Verdade. Custa muito ver, mas acredito que custa imensamente mais lá viver.

  3. Afonso Martins diz: Responder

    Suas palavras são impactantes e conseguimos ver tudo através delas, inclusive o sentimento no ar em Belém. Estive sozinho sozinho em Israel em Outubro de 2019, com apenas 30 palavras em inglês, pouco dinheiro, mas cheio de DEUS. Me colocaram muita pressão e não visitei Belém nem Hebrom, Jericó, Mar Morto Massada. Muito agradecido por relatar sua aventura.

    1. Carla Mota diz: Responder

      Obrigada

  4. Tiago Jesus Camargo da Silva diz: Responder

    Olá. Foram de transporte público para Hebron ? Qual a rota que fizeram ? Foram directos de Jerusalem ou foram até Belém e de lá para Hebron ?

    1. Carla Mota diz: Responder

      Fomos por Belém.

  5. Adriana Mendes diz: Responder

    Relato sensacional! Gostei muito do seu blog pq foge do padrão tradicional, onde só é mostrado os pontos turísticos de forma bastante desconectada com a realidade dos seus habitantes. Parabéns! Fiquei muito instigada a conhecer Hebron e poder conhecer a realidade além do que é mostrado na mídia. Meu receio, porém, é que pretendo visitar Israel sozinha, então tenho dúvidas se é muito perigoso visitar Hebron nessas condições (mais do que o “aceitável”). O que você acha? Há alguma outra opção além de ir por conta própria? Obrigada!

    1. Carla Mota diz: Responder

      Acho tranquilo e possível. Digo VAI!

  6. Fernanda diz: Responder

    gostaria muito de ir ao tumulo dos patriarcas mas tenho receio de ir so meu esposo e eu…estaremos em Israel em setembro…pode me dizer como é para entrar em Hebron? Tem algum procedimento especial?

    1. Carla Mota diz: Responder

      É só apanhar o bus e levar passaporte. Veja como está a situação antes de ir. É muito volátil.

  7. Isadora diz: Responder

    Carla, que otimo relato, consegui me projetar la. voce retratou muito bem a situacao sem vender uma parcialidade dos fatos narrados, fiquei mais interessada em vivenciar isso com meus proprios olhos. Vou procurar saber como esta a situacao por la quando chegar em jerusalem e, se em hebron as coisas estiverem relativamente sob controle vou dar uma volta por la.

    1. Carla Mota diz: Responder

      Vai mesmo. Visitar Hebron é uma experiência única.

  8. Patricia diz: Responder

    Carla, adorei o seu relato! Obrigada!
    Em fevereiro estarei indo pra Israel. Vc acha q é tranquilo ir em Hebron meu esposo, eu e meu filho, que tem 5 anos? Iriamos por conta própria. Vc foi por conta própria? Foi de táxi ou ônibus?

    1. Carla Mota diz: Responder

      Eu fui por conta própria de bus. O melhor é perguntar em Jerusalém antes para ver como estão as condições de segurança. Eu penso que dá para ir.

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.