Há lugares que quando os olhamos parecem irreais. Parecem saídos de cenários de filmes. St Peter’s pool, ou a Piscina de São Pedro, é um desses lugares. Faz-nos parecer estar num pedaço do paraíso na terra.
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O evento #TakeMeToMalta tinha chegado ao fim. Para trás deixámos os nossos companheiros de aventura que regressaram a casa. Nós, resolvemos pedir à organização para alterar o nosso voo de regresso e assim usufruir de mais três dias em Malta. O Corinthia Palace Hotel aceitou estender a nossa estadia por mais duas noites. Era perfeito. Foi definitivamente uma óptima opção.
Apanhámos um táxi da ecabs para o aeroporto de manhã bem cedo. Aí, alugámos um carro para os três dias seguintes. O objectivo seria explorar agora a ilha, de forma mais independente, ao nosso ritmo e conhecendo um conjunto de lugares que não tivemos tempo de explorar no evento.
A primeira notícia boa do dia começou quando fomos buscar o carro. Tínhamos alugado um carro de categoria A, o mais baratinho que havia, mas descobrimos que nos tinham feito um upgrade para um SUV gratuitamente. Bem, não podíamos dizer que não, pois não?
Saímos ao volante do nosso novo SUV, desta vez conduzindo pelo lado esquerdo, um legado inglês, já que Malta foi durante décadas uma colónia do Reino Unido. O roteiro do dia era ambicioso mas nós sabemos o quanto gostámos destas aventuras.
Seguimos viagem em direcção a Pretty Bay, uma das baías mais afamadas da costa sul da ilha de Malta. Apesar da baía ser bonita, não nos impressionou verdadeiramente e por isso seguimos viagem em direcção a Marsaxlokk, onde já tínhamos estado no dia anterior.
A razão que nos trouxe a Marsaxlokk foi uma placa que vimos no dia anterior enquanto passeávamos na vila: passeios de barco para a Piscina de São Pedro – 10€/pessoa. Se rapidamente pensámos “que boa ideia”, rapidamente decidimos “vamos fazê-lo”. E fomos.
Chegámos a Marsaxlokk e a aldeia estava praticamente vazia, longe dos olhares e presenças dos turistas e locais do dia anterior. Não parecia o mesmo lugar. Entrámos no barco e este levou-nos rapidamente junto às falésias de arenito e calcário, ponteadas por fortalezas, até ao nosso destino. Em menos de 30 minutos chegávamos a um pedacinho do paraíso: Piscina de São Pedro.
A St Peters Pool é a Piscina de São Pedro, uma piscina natural que resulta do colapso de uma falésia de calcário, deixando uma abertura em forma semi-circular, semelhante a uma piscina. A água, em tons mistos de azul índigo e azul celeste, brilhava com o sol do final da manhã.
Quando chegámos à Piscina de São Pedro pouco mais de uma dúzia de pessoas estavam no local. Perdêmo-nos nas fotografias. Pose para aqui, pose para ali, tudo parecia digno de registo, até ao mais ínfimo pormenor.
À medida que chegou a tarde, o silêncio deu lugar ao ruído, com a chegada de um grupo de estudantes finalistas espanhóis. Depois de uns bons mergulhos, era hora de regressar e deixar para atrás a Piscina de São Pedro. As horas que ali passamos tinham sido maravilhosas mas o excesso de barulho e o som do nosso estômago a “dar horas” diziam.nos que era altura de um almoço tardio.
Desta vez, não resistimos ao cheiro de peixe grelhado no porto de Marsaxlokk. Sentámo-nos e almoçámos um misto de mariscos e bivalves. Estava muito bom, embora no final achássemos que não tínhamos escolhido o melhor local para comer. Ocasionalmente acontece-nos estas coisas!
Com a fome saciada, era hora de voltar ao nosso percurso de descoberta da ilha, rumando em direcção aos templos enigmáticos de Malta. Os templos de Hagar Qim e Mnajdra são templos megalíticos, cuja origem e função ainda hoje permanecem desconhecidas. Localizados na parte oeste da ilha, distam 500 metros um do outro e para os visitar há que pagar uma entrada (10€/pessoa) que dá direito a uma entrada no recinto e à visualização de um documentário para contextualizar os templos no tempo. Na realidade, pouco mais se sabe à cerca deste templos, para além do facto de datarem da idade do Bronze e terem cerca de 5 mil anos.
Seguimos depois em direcção à aldeia de Ghar Lapsi, uma pequena aldeia piscatória junto a uma das 12 torres que cerca a ilha de Malta. Praticamente esquecida no tempo e no espaço, a aldeia é muito característica, embora bem pequenina.
Mas a viagem não terminaria aí, pelo caminho tentámos descobrir as evidências de um dos maiores mistérios de Malta: linhas que parecem sinais de carroças talhadas nas rochas e que os amantes da paranormalidade atribuem à existência de extraterrestres. Encontrámo-las em Clapkam Juntion, perto do palácio Verdala e dos jardins Buskett. No entanto, ao que consta, estas linhas estão espalhadas um pouco por toda a ilha e em alguns locais vão dar directamente ao mar. Mistérios à parte, a geomorfologia ajuda a explicar este fenómeno, já que estas resultam da maior facilidade de dissolução dos minerais que compõem o calcário da ilha.
Seguimos pelas falésias de Dingli, onde miradouros e pequenas igrejas deram-nos belas perceptivas para apreciar o pôr-do-sol.
O dia terminaria em Rabat, onde chegámos já depois do pôr-do-sol e só a tempo de jantar uma pizza antes de rumar novamente ao nosso hotel. O dia, embora sem a companhia dos nossos novos amigos, tinha sido perfeito. E só quando nos deitámos na cama do hotel percebemos o quando a St Peter’s Pool era mesmo um lugar especial.
A viagem de volta da St Peter’s estava incluida nos 10€/ pessoa que pagaram ou tiveram que pagar mais 10€ para regressar?
10€ ida e volta.