O budismo entrou no Japão pela Coreia, no século VI d.C. Pertencente ao ramo Mahayana do budismo, rapidamente estabeleceu-se como religião do Estado, observando-se uma disseminação de mosteiros e a fundação de diferentes escolas. Todas as escolas budistas japonesas assimilaram aspectos do xintoísmo índigena, no que toca ao culto das kami e dos antepassados. No século XII deu-se a chegada do budismo Zen (Ch’na), vindo da China, permanecendo como uma força essencial na vida cultural japonesa, sendo as principais escolas a Soto e a Rinzai. Desde a Segunda Guerra Mundial desenvolveram-se diversos movimentos, e hoje o Japão exibe uma variedade sem paralelo de seitas budistas. Além disso, o budismo zen tornou-se muito popular nos EUA, beneficiando da emigração de mestres japoneses.
Os locais budistas, identificados pelos sufixos –ji e –dera, são “templos”, ao passo que os locais xintoístas são considerados “santuários”. Um templo budista japonês é, na realidade, um complexo de edifícios, tendo uma porta principal, Sanmon, a Sala do Buda, Butsuden, onde se encontra uma escultura normalmente de grandes dimensões do Buda ou de um bodhisattva, uma sala de reunião e meditação, um cemitério, os aposentos dos monges e o sino do templo, também de grandes dimensões. O pagode, com três ou cinco andares, encontra-se em alguns templos, e guardam relíquias de Buda, como fragmentos de ossos ou dentes.
Os jardins de paisagem seca, nos templos de budismo zen, têm pedras cuidadosamente escolhidas e colocadas numa extensão de saibro riscado, assim como montes de areia, e constituem também um objecto de meditação. A técnica de zazen, de za, “sentar”, e zen, “absorção”, é tida como o caminho mais directo, mas também mais difícil para a iluminação espiritual. Um koan é uma técnica que tem como objectivo propiciar iluminação espiritual do praticante de budismo zen através da interrupção do seu fluxo de pensamentos, através de uma narrativa, diálogo, questão ou afirmação que contém aspectos que são inacessíveis à razão. Um koan famoso é: “Batendo as duas mãos uma na outra, temos um som; qual é o som de uma mão somente?”
As figuras mais veneradas são os bodhisattvas, em japonês bosatsu, nomeadamente o bodhisattva da compaixão, Kannon (em sânscrito, Avalokiteshvara), representado com múltiplos braços. Em alguns templos, podem observar-se estátuas de Jizo, o guardião bosatsu das mulheres grávidas e crianças doentes, protectores das almas sofredoras, que exibem frequentemente peitilhos vermelhos, colocados por mães enlutadas.
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Parabéns pelo novo site! Vai ter com certeza muito sucesso!
Obrigada.
Carla e Rui,
Terminámos o ano em grande!
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Que 2016 continue cheiinho de grandes viagens!
Abraço!
Obrigada por tudo Clara. 😀 Bom Ano para ti também. bjinhos