Kashan é uma pequena cidade (à escala iraniana; tem cerca de 250.000 habitantes!) entre Teerão e Esfahan, e é um óptimo sítio para se descansar e apreciar um pouco o estilo de vida de uma cidade de oásis. Desde há 1000 anos que é famosa pelos seus têxteis e tapetes, e tem um centro histórico relativamente compacto que é facilmente explorável a pé.
Logo que chegámos, instalamo-nos no excelente hotel Khan-e Ehsan (uma casa típica, com os quartos à volta de um grande pátio), com direito a um quarto com, nada mais, nada menos, do que 5 camas! Como sempre, o nosso tempo de estadia na cidade era curto (apenas 24h!), por isso não pudemos apreciar desde logo o nosso quarto, e saímos para explorar alguns edifícios históricos, mesmo com um calor intenso nas ruas.
Começamos a visita a Kashan pela mesquita Agha Bozorg, actualmente em desuso mas com uma arquitectura interessante, com um pátio afundado relativamente ao nível da porta de entrada. Daqui seguimos para uma ronda por casas típicas, construídas por comerciantes ricos do século XIX, e que hoje são atracções turísticas.
O guia da Lonely Planet afirma que existe um bilhete conjunto (para três casas) mais económico, mas acabamos por pagar em cada uma delas cerca de 5 USD (2 pessoas)… O Irão começa a acordar para os preços ocidentais! 🙁 Todas as casas de Kashan têm uma estrutura semelhante, com vários edifícios de 2 ou 3 andares, organizados em torno de pátios interiores. A 1ª que visitámos, Khan-e Abassian, destaca-se pela sua arquitectura trabalhada e pelo restaurante instalado num dos pátios, que experimentamos no dia seguinte, após a ida ao deserto (boa comida, bom ambiente, preço razoável para quem está com orçamento limitado – 15 USD para os 2).
A seguir, passamos pela Khan-e Tabatabei, com uma área privada, uma externa para os convidados e uma para o pessoal, e onde se destacam os vidros coloridos que dão um bonito efeito com a forte luz do sol do deserto.
Duas outras casas estavam fechadas, assim como o Hamman-e Sultan Mir Ahmad, uma casa de banhos e outra das grandes atracções. Seria do calor, ou do Ramadão (ou ambos)? Não sabíamos, mas de facto o calor era muito e resolvemos recolher ao nosso quarto, onde descansámos um pouco. Mas pouco depois, fizemos nova tentativa e conseguimos apanhar o Hamman de Kashan aberto (o senhor da recepção foi embora logo que saímos!), e ainda bem, pois merece realmente uma visita.
Com cerca de 500 anos e recentemente restaurado, os seus salões ricamente decorados e o seu telhado (a que se pode aceder) oferecem inúmeras oportunidades fotogénicas.
Daqui seguimos para o bazar da cidade de Kashan, centro comercial desde há 800 anos, onde para além das óbvias lojas onde se vende de quase tudo, também podemos visitar um caravansarai renovado e algumas mesquitas.
O sol estava a pôr-se em Kashan e era altura de comprar alguns mantimentos e regressarmos ao hotel, onde (finalmente!) pudemos apreciar um ambiente relaxado no pátio, e onde jantámos no restaurante do hotel. Uma maneira perfeita de acabar o dia em Kashan, uma cidade e um hotel que se recomendam!
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