Hoje descobrimos que ao largo de Bali existem duas ilhas fantásticas, Nusa Lembongan e Nusa Ceningan, que mantêm ainda alguma autenticidade e onde o desenvolvimento turístico ainda não assumiu as proporções gigantescas de Bali. Nós explorámos estas duas ilhas num só dia, mas a verdade é que elas mereciam mais tempo. No entanto, tínhamos já tudo planificado para os dias seguintes, por isso mantivemos o nosso plano.
De Benoa, em Bali, a Nusa Lembongan
De manhã, acordámos ainda no nosso hotel de Benoa, em Bali, mas tomámos o pequeno-almoço mal ele começou a servido, fizemos o check-out e às 7h15m estávamos prontos para sermos recolhidos pelo serviço de transporte combinado com o bilhete de barco para Nusa Lembongan, que tínhamos comprado online usando o Get Your Guide.
E, à hora certa, o transporte estava à porta do nosso hotel. Dissemos adeus ao Hotel Nikko Bali Benoa Beach, e fomos passando por outros hotéis e resorts para recolher mais clientes. Quando chegámos ao porto de Sanur, fora da península de Bukit e leste do centro de Denpasar, já não faltava muito para a hora marcada da viagem.
Embarcámos numa praia, sem cais de embarque. Convém trazer chinelos de dedo, mas a Carla trouxe as botas e aproveitou para lhes dar um banho que elas andavam a precisar. Depois de cerca de meia hora de viagem, chegámos à zona de Jungutbatu, em Nusa lembongan, que é onde chegam os barcos rápidos. O tempo estava nublado, mas as águas eram absolutamente transparentes.
A chegada a Nusa Lembongan
Dali, o nosso bilhete incluía também o transporte para o nosso hotel, uma pequena guesthouse localizada perto da Mushroom Beach, com uma piscina fantástica e quartos muito giros em forma de cabanas. De facto, Lembongan tem um ambiente muito diferente de Bali, com muito menos pessoas, o tráfego quase não tem carros (mas muitas motos), e tem ainda um feel muito hippie, como Bali deve ter sido há 30 anos.
Depois de fazermos o check-in, estava na hora de explorarmos Nusa Lembongan, mas também a pequenina ilha de Nusa Ceningan, ligada a Lembongan por uma ponte.
O relevo em Nusa Lembongan é aos altos e baixos, e as distâncias são consideráveis, por isso era impraticável explorar a ilha a pé. Resolvemos alugar uma “motor bike”, na realidade uma scooter, automática, pois não temos muita experiência. Mas se há um sítio na Indonésia onde se pode aprender a andar de moto, é Nusa Lembongan. O aluguer da moto para o dia custou cerca de 6 € e ainda tivemos direito a uma lição improvisada!
Em busca dos melhores praias de Nusa Lembongan
Durante o nosso percurso em Nusa Lembongan, fomos em busca das praias mais bonitas, mas sabíamos de antemão que, na maior parte delas, o mar não é adequado para banhos, sendo muito revolto e com grande ondulação.
Começámos em Mushroom Beach, uma praia com um bom areal mas com muito movimento de barcos, que foi onde alugámos a moto. Dali seguimos para sul, e visitámos a Sunset Beach, e o Sunset Point, embora ainda fosse de manhã! As pequenas enseadas deste lado da ilha são invadidas pelas ondas, que fazem um belo espectáculo ao bater nas rochas, mas que tornam impraticável qualquer tipo de aventura na água.
Um pouco mais à frente, a Dream Beach tinha uns alojamentos muito engraçados, em forma de cabanas, e aproveitámos para aí comer qualquer coisa e descansarmos na areia. Banho é que nada, pois a ondulação e corrente eram muito fortes.
Do lado sul de Nusa Lembongan, entra-se no estreito entre esta e Nusa Ceningan, e as águas são muito mais calmas, mostrando a sua transparência e cor. A estrada segue junto à água e parámos várias vezes para tirar fotos e até para um banho rápido! O sol começou a dar um ar da sua graça, e isso altera tudo, incluindo a cor magnífica das águas do estreito.
Explorando Nusa Ceningan
Do outro lado, avista-se já Nusa Ceningan. Atravessámos a ponte amarela (que ficámos a saber é nova, pois a anterior colapsou matando nove pessoas), que só dá para passar pessoas a pé e de moto. Nada de carros! E isso já diz muito acerca de Nusa Ceningan.
Se Nusa Lembongan já é um pouco insular, então Nusa Ceningan é mesmo (quase) o protótipo de ilha deserta. Poucas casas, poucos restaurantes, algumas praias, de frente para Nusa Lembongan, com águas calmas, pouco profundas e mais quentes do que o habitual por aqui.
Numa dessas praias, pouco depois da ponte, parámos para um sumo natural de fruta, e experimentámos a água. Uma cadeira reclinada, uma sombrinha e o mar à nossa frente… Podíamos ficar ali o resto do dia! Mas não… Tínhamos de continuar.
Fomos ver a famosa Blue Lagoon (Lagoa Azul), cujo nome não engana ninguém. Não é uma lagoa, mas uma baía em contacto com o mar aberto, mas com água de uma cor azul claro intenso. Há alguns locais de onde se pode ter uma visão global da baía, e os mais corajosos (malucos?) podem fazer cliff jumping, isto é, saltar para a água das falésias. Mas suspeito que mesmo os mais ousados não enfrentariam o mar como estava na altura…
Estava na altura de regressar a Nusa Lembongan, mas antes não resistimos e parámos num local espectacular, chamada Kwanji Beach, onde comemos um almoço tardio a olhar para o mar. Na água, uns baloiços e camas de rede faziam os deleites de quem por lá passava. Muito relaxante, e mais um local que merecia que passássemos lá o final do dia.
Um passeio pelos mangais
Mas o final do nosso dia estava reservado para algo completamente diferente, neste caso, fazer um passeio de barco por uma floresta de mangais. Na parte sudeste de Lembongan, o terreno é pantanoso e é onde existe uma floresta de mangais, característicos destes climas tropicais, entrecortada por canais de água, por onde entra a água do mar.
Foi ali que terminámos o dia, com um breve passeio de barco, mas que deu para matar saudades deste ambiente tão único, que também se vê ameaçado pelas alterações climáticas. Sempre que podemos, e que tal se proporciona, passeamos por entre mangais, por exemplo, nas ilhas Andamão, na Índia, e desfrutamos de uma sensação de estar perdido no mundo, em contacto só com a natureza.
Depois do pôr-do-sol, viemos para trás, de volta a Mushroom Beach. Entregámos a moto, e fomos jantar a um pequeno restaurante ali perto. Escolhemos barato, e às vezes o barato sai caro. A comida era fraca, e no dia seguinte os meus intestinos ressentiram-se. Ossos do ofício…
Era altura de descansar, pois no dia seguinte íamos mudar de ilha novamente, desta vez em direcção a Nusa Penida, onde novas aventuras nos esperavam.
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Este artigo foi realizado durante a nossa viagem de Volta ao Mundo em 2019/2020. DIA 45 – De mota pelas ilhas de NUSA LEMBONGAN e NUSA CENINGAN (Agosto 2019)