ATENAS – GRÉCIA | O que visitar, ver e fazer na capital da antiguidade

Viajar na Grécia e nas ilhas gregas é maravilhoso mas não abdique da cidade de Atenas. Visitar Atenas é obrigatório já que a cidade é mais do que maravilhosa. Atenas é uma viagem histórica. Atenas é o berço da civilização europeia. Atenas é o berço da Democracia e dos pensamentos filosóficos e políticos europeus. Visitar Atenas é obrigatório em qualquer viagem pela Grécia.

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Se está a pensar visitar a Grécia não perca estes nossos artigos aqui no blogue

• VISITAR ATENAS – Um artigo cheio de dicas sobre os lugares obrigatórios a visitar em Atenas.
• VISITAR METEORA – Um artigo sobre um dos lugares mais mágicos do mundo, com dicas para visitar os mosteiros e os trilhos de Meteora. Um destino excelente para combinar com Atenas.
• ROTEIRO DE VIAGEM NA GRÉCIA – O roteiro da nossa viagem de sete dias na Grécia em que visitámos Atenas, Napflio, Meteora e Delfos.
• ACRÓPOLE DE ATENAS – Um artigo para o ajudar a visitar a Acrópole de Atenas e tudo o que pode explorar dentro desta pequena cidade, dentro da cidade de Atenas.
• VISITAR NAPFLIO – Um artigo sobre uma das vilas pesqueiras mais tradicionais da Grécia, na península do Penopoleso.
• ALFABETO GREGO E A FÍSICA – Quer saber tudo sobre a utilização do alfabeto grego na Física? Então este artigo é para si.
• VISITAR DELFOS – Todas as dicas que precisa para visitar Delfos, na Grécia Continental.

ONDE DORMIR QUANDO VISITAR ATENAS

Há imensas opções de alojamento na cidade de Atenas mas alguns, quer pela beleza, glamour ou localização merecem da nossa parte uma sugestão. Se procura os melhores alojamentos quando visitar Atenas, são estes:

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O QUE VISITAR, VER E FAZER EM ATENAS

1. Visitar a Acrópole de Atenas

Atenas, cidade com 3500 anos, viveu a sua época gloriosa no período clássico da Grécia Antiga, do qual sobreviveram inúmeros edifícios, nomeadamente o seu mais emblemático – Acrópole de Atenas. As acrópoles eram “cidades altas” (ἄκρος – “alto”, e πόλις – “pólis”); construídas no ponto mais elevado das cidades. Lugar obrigatório a conhecer quando visitar Atenas. A Acrópole merece ser explorada com bastante tempo e detalhe e é por isso que lhe dedicamos um artigo. Veja no link abaixo.

• Pode ver mais sobre a Acrópole de Atenas e como a pode visitar neste artigo.

O ideal é visitar a Acrópole de Atenas com guia. Pode marcar a sua visita e guia aqui e já inclui o ingresso de entrada no recinto. Vale mesmo a pena. Se quiser comprar apenas os bilhetes e evitar a fila, pode comprar os bilhetes da Acrópole com guia audio aqui.

2. Visitar a Ágora Antiga de Atenas

Se um cidadão de Atenas, que tivesse vivido aqui há 2500 anos atrás, pudesse hoje voltar a sua cidade e visitasse, tal como nós o fizemos, o que resta da zona mais rica da cidade de então, o que sentiria ele? Atrevo-me a dizer que, ou morreria de desgosto ou choque ou, no mínimo, ficaria muito deprimido! Porquê?

A Ágora de Atenas era a zona mais nobre da cidade, adjacente a acrópole, local dos edifícios e instituições mais prestigiadas e palco das festividades mais importantes da época. Era também o lugar por excelência para alguém se dirigir aos cidadãos anónimos e aos poderosos de Atenas. Por exemplo, foi aqui que Sócrates passou muito tempo a expor a sua filosofia, assim como, centenas de anos mais tarde, São Paulo pregou o novo evangelho. De facto, foi numa colina cimeira da Ágora de Atenas, denominada Aeropago (colina de Ares, sede do supremo tribunal no período clássico, e que também visitámos), que São Paulo fez a sua primeira conversão entre os atenienses. Lugar obrigatório a conhecer quando visitar Atenas.

O único edifício da época áurea de Atenas que se mantém em pé (não sei como…) é o templo de Hefaesto (Deus grego da forja) e estava situado numa parte da cidade dedicada ao trabalho dos metais. Foi um dos primeiros edifícios a ser construído enquadrado no plano de Pericles para a reconstrução de Atenas. Estava-se no ano de 449 a.C. As suas semelhanças com o Partenon de Atenas são muitas, apesar da diferença em termos de dimensão. O que não é de estranhar, uma vez que o arquitecto era também um dos responsáveis pela construção do ex-libris da Acrópole de Atenas! Hoje as paredes e as 34 colunas continuam de pé e no friso da frente ainda se pode ver o que resta da representação dos doze trabalhos de Hércules.

Florescendo através dos séculos VI a.C. a II d.C., e tendo muitos edifícios contemporâneos do Partenon de Atenas, a Ágora foi destruída, pela primeira vez, em 267 d.C., por povos escandinavos. Desde essa altura até aos dias de hoje, foi sendo ocupada por diferentes povos, com culturas distintas, que deixaram a sua marca na cidade de Atenas, quer pela destruição, quer pela construção de novos edifícios ou pela utilização de outros já existentes. Hoje só restam três edifícios antigos, rodeados de ruínas de fundações de tantos outros e muitos mais por escavar em Atenas. Desses, um e uma reconstrução do séc. XX (financiada por instituições americanas) de um edifício do séc. I a.C., que era uma espécie de centro comercial da época. Hoje, é nele que está instalado o museu da Agora de Atenas, onde se podem encontrar algumas peças (de cerâmica, principalmente) recolhidas nas escavações arqueológicas. Outro é uma pequena, mas bonita, igreja do séc. X (restaurada no século passado), com o chão em mármore e o interior revestido por frescos bizantinos (dos quais ainda se pode ver alguma coisa).

Esta zona de Atenas acaba por causar aos visitantes (pelo menos a mim…) um certo amargo de boca, uma vez que resta muito pouco do passado (pelo menos visível, uma vez que me dá a parecer que os arqueólogos gregos ainda tem aqui trabalho para muitos anos!) e tem de se usar muita imaginação para tentar visualizar como isto terá sido há mais de 2000 anos. Mas com a ajuda dos desenhos e pinturas vendidas nas ruas de Atenas, até se chega lá!

3. Visitar a Ágora Romana de Atenas

A Ágora Romana de Atenas era um ponto fulcral da cidade de Atenas no que toca às actividades administrativa, politica, comercial e social. Era como a baixa do Porto ou Lisboa, só que na parte mais alta da cidade! No nosso primeiro dia em Atenas não tivemos tempo de visitar a Ágora antiga (contemporânea da Acrópole), mas ainda conseguimos dar uma vista de olhos a Ágora Romana, com origem no séc. I d.C. Infelizmente, esta (tal como a sua congénere grega) foi destruída sucessivamente ao longo dos séculos e, hoje em dia, pouco resta. Ainda assim, é um lugar obrigatório a conhecer quando visitar Atenas.

Ainda assim, na entrada da Ágora Romana temos uma porta com 4 colunas (financiada por Júlio César), enquanto que no interior distinguem-se duas obras de períodos diferentes que chamam a atenção por serem muito bonitas mas também pelo simples facto de se manterem de pé! A primeira, a chamada Torre dos ventos, um edifício em mármore de forma octogonal, edificado no séc. I d.C., que servia de relógio solar, relógio de água e cata-vento. As suas oito faces representam os oito pontos cardeais e colaterais (ou rumos da rosa-dos-ventos), e nos frisos exteriores existem relevos de figuras aladas que personificam os oito ventos.

O outro edifício é uma mesquita, construída pelos turcos no final do séc. XV para celebrar a ocupação de Atenas. Duas obras muito diferentes, separadas por séculos de história, mas apenas por alguns metros, e que formam um conjunto muito interessante, testemunhando o percurso rico e diversificado desta cidade de Atenas.

4. Visitar o Templo do Zeus do Olímpico em Atenas

Levantar bem cedo pela manhã tem as suas compensações… uma luz fabulosa para fotografar e os principais locais turísticos praticamente vazios em Atenas! A grande desvantagem é que… custa muuuito!

O maior templo grego em Atenas, excedendo o próprio Partenon, é o Templo do Zeus Olímpico, localizado a sudeste da Acrópole de Atenas. Para impressionar o povo grego, Peisistratos iniciou a sua construção no século VI a.C, mas este só viria a ser concluído 650 anos depois. Foi Adriano (um imperador romano com uma auto-estima exacerbada) que o terminou, talvez dai a sua grandiosidade! Adriano tinha uma grande admiração pela cultura grega e especialmente por Atenas. Pelas cidades onde passava erigia grandes monumentos que tentavam marcar um aliança entre Roma e as cidades onde eram construídas. Lugar obrigatório a conhecer quando visitar Atenas.

Como tal, criou o chamado Olympeion, o templo dedicado a Zeus em Atenas. Para fazer jus a sua enorme fama de “bom imperador” (num rol de cinco – há que lhe chame “um Nero bem sucedido”) mandou erigir no centro do Templo de Zeus uma estátua colossal em ouro e marfim de Zeus, bem ao lado duma estátua sua!

O Templo de Zeus em Atenas apresentava 104 colunas corintias, das quais restam apenas 15, com 17 metros de altura cada e com capitéis corintios no topo. Estima-se que o Templo de Zeus em Atenas medisse 96 m de comprimento por 40 m de largura. Adriano não poderia ter ficado apenas pela construção de um templo. Ele queria mais. Criou um bairro ao estilo romano do urbanismo em Atenas. A sua ideia era igualar Teseu, o mítico rei grego. Na entrada desta “cidade romana”, no Arco de Adriano (ainda existente) pode-se ler “Esta e a cidade de Adriano e não a de Teseu”!

5. Visitar o Museu Arqueológico Nacional de Atenas

O Museu Arqueológico Nacional de Atenas, inaugurado em 1891 e reaberto em 1946, após o seu acervo ter sido disperso e enterrado para escapar a destruição dos nazis, é seguramente um dos melhores do mundo e um local de passagem obrigatória em Atenas. Com os seus tesouros, de valor incalculável, expostos em ordem cronológica, o Museu Arqueológico Nacional de Atenas oferece uma panorâmica impressionante sobre a arte grega através dos séculos.

Aos achados neolíticos, cicladicos e micénicos sucedem-se as esculturas geométricas, arcaicas, clássicas, romanas e helenísticas, complementadas por colecções mais pequenas de bronzes, artefactos egípcios e jóias, assim como uma colecção particular. Apesar de todos os objectos expostos em Atenas serem magníficos, existem alguns que se destacam pela sua beleza e singularidade. 

O tocador de harpa e uma escultura cicladica de uma simplicidade cativante, enquanto que, na extensa colecção de ouro micénico, distingue-se uma mascara mortuária encontrada por Schliemann e que pertenceu ao lendário rei Agamemnon (1500 a.C.). Na arte micénica, há também a realçar os objectos em bronze, nomeadamente os magníficos punhais embutidos em ouro. De entre as esculturas arcaicas, sobressaem os kouroi (sec. VII a.C.), estátuas estilizadas de jovens nus inspiradas na arte egípcia.

No período clássico há que referir a belíssima estátua em mármore de Afrodite, Eros e Pã (com as suas pernas de bode) e uma estela, encontrada no cemitério de Kerameikos, que mostra uma mulher sentada a despedir-se da família. As estátuas de bronze também tem a sua quota parte de distinção, nomeadamente as estátuas de Zeus, a de um cavalo com um pequeno cavaleiro e o incontornável (e potente) satiro. Conclusão: se gosta minimamente de arte, não pense duas vezes e passe pelo Museu Arqueológico Nacional de Atenas e, já agora, a um Domingo que é de borla!

6. Visitar o Bairro de Plaka em Atenas

Plaka é o coração histórico da cidade de Atenas. A área mais antiga (com ocupação urbana) da cidade de Atenas deve o seu nome ao termo piaka (que significa antigo) e era utilizada pelos soldados albaneses ao serviço dos turcos no século XVI. No primeiro dia do ano, já que os monumentos atenienses estão todos encerrados, fizemos um percurso para explorar este bairro residencial de Atenas. É um bairro que deve ser explorado quando visitar Atenas.

Veja aqui o nosso roteiro para 7 dias em Atenas

Recheado de tabernas e lojas de souvenirs, Plaka de Atenas oferece um ambiente extremamente acolhedor. Uma das nossas primeiras paragens foi na Plateia Lysikratous onde tomamos o pequeno-almoço. Esta praça de Atenas é dominada pelo monumento a Lisicrates (que Lord Elgin tentou levar para Inglaterra), o único monumento corégico intacto. Estes monumentos eram construídos em honra dos vencedores do festival coral e teatral que se realizava no teatro de Dionísio.

Se quiser conhecer bem a alma do bairro marque aqui um jantar com música. Não se vai arrepender.

Seguimos o nosso percurso em Atenas em direcção a uma área designada por Anafiótika. Casas caiadas de branco e ruas e becos estreitos e sinuosos serpenteiam um bairro semelhante às aldeias das ilhas Cicládicas. Inicialmente povoado por refugiados da guerra do Peloponeso, durante o século XIX, vários imigrantes oriundos da ilha de Anáfi fixaram-se aqui em Atenas. Situado na encosta norte da acrópole, Anafiótika deve o seu nome aos habitantes que povoam este local de Atenas. Os mesmos habitantes que construíram este bairro ímpar, ignoraram um decreto que proibia a construção neste local de grande interesse arqueológico (as populações terminaram as casas durante a noite e instalaram as famílias na manhã seguinte). Esta situação impediu a demolição das habitações (de acordo com a lei otomana) e hoje pode-se ver as casas assentes em ruínas.

Plaka de Atenas está cheio de Agias (capelas e igrejas bizantinas) destacando-se a Panagia Gorgoepikoos uma das primeiras igrejas atenienses, e Mitropoli , a catedral. Pode-se dizer que foi um inicio delicioso para este ano novo.

7. Visitar o Museu de Arte Cicládica em Atenas

As Ciclades são o conjunto de ilhas situadas a sudeste da Grécia continental e tem este nome pelo facto de formarem um ciclo à volta da ilha de Delos. Crê-se que algumas destas ilhas eram habitadas por volta de 7000 a.C. Mas foi só por volta de 3000 a.C. que começou a surgir uma civilização com características homogéneas, dedicada ao comércio e trocas marítimas, a que se dá hoje o nome de civilização cicládica. O seu período mais característico estende-se até ao ano 2000 a.C., altura a partir da qual as ilhas começaram a ser invadidas sucessivamente, sendo que os mil anos seguintes testemunharam a expansão das culturas Minóica e Micénica, e consequente processo de aculturação.

O Museu de Arte Cicládica em Atenas que fomos visitar tem vários pisos dedicados a diferentes períodos da arte grega e pré-grega mas, como o próprio nome do museu indica, o seu ponto forte e uma sala que tem como tema a arte da civilização cicládica. Nesta podemos encontrar diferentes peças de diferentes materiais mas aquelas que se distinguem claramente são as representações de figuras femininas em mármore, em diferentes tamanhos que vão desde alguns centímetros até maior do que uma pessoa. Pensa-se que poderão estar relacionadas com cerimónias fúnebres, uma vez que o desenho das figuras parece indicar que deveriam estar deitadas, estando os braços sempre cruzados no peito. São figuras muito simples mas muito bonitas e que pode ver em Atenas.

Além das peças permanentes no Museu de Arte Cicládica em Atenas, estava aberta ao público uma exposição temporária, com peças vindas de mais de 50 museus de todo o mundo, dedicada a arte erótica na Grécia e a representação dos desejos (e actos) carnais, quer na sua vertente mais implícita, quer numa versão mais hard-core. Vasos pintados com cenas de sexo explicito entre homens, mulheres e animais (nas diferentes combinações possíveis!) deliciavam os visitantes mais curiosos.

Algumas das peças, na generalidade com mais de 2500 anos de idade, primam pela originalidade, apesar do tema retratado ser recorrente… Candeeiros, vasos, umbrais de portas, e muito mais, constituem representações fálicas para todos os gostos (artísticos, entenda-se!). Material explicito, não aconselhável a crianças ou (principalmente) a adultos púdicos!

8. Visitar as colinas a oeste da Acrópole de Atenas

Atenas está localizada numa depressão de terreno, rodeada de montanhas por todos os lados, excepto aquele em que está virada para o Mediterrâneo, tocando o golfo Sarónico. A baixa da cidade de Atenas é dominada pelas colinas de Lykavitos e a da Acrópole. Mas a oeste da Acrópole de Atenas erguem-se duas colinas com muita história (como não podia deixar de ser).

Assim, depois de (pela primeira vez nestas ferias!) termos dormido até mais tarde e de um pequeno-almoço tardio, fizemos um percurso pelo bairro de Plaka, almoçámos, e depois dirigimo-nos a colina de Filopappos, conhecida pelos gregos antigos como colina das musas. No seu cimo podemos encontrar o monumento que lhe da o seu nome actual, construído em 116 d.C. para comemorar a tomada de posse (no ano 100) do novo administrador da cidade de Atenas, o cônsul romano Julio Antioco Filopappos. Mas os grandes atractivos deste lugar em Atenas são, por um lado, a possibilidade de dar um passeio por uma bonita zona arborizada (em pleno centro da cidade de Atenas) e, por outro, desfrutar de vistas ESPECTACULARES sobre a cidade e, em particular, sobre a Acrópole de Atenas. E para isto o tempo também ajudou… Nestes dias de Inverno grego, o Sol e o calor tem marcado a sua presença, de tal forma que temos andado, durante o dia, de T-shirt de manga curta! O resultado visível deste passeio em Atenas foram muitas e bonitas fotos, das quais apresentamos aqui uma pequeníssima amostra.

A seguir, já com o aproximar do pôr do Sol em Atenas, descemos um pouco em direcção a colina vizinha, a colina Pnice, onde nos séc. VI a IV a.C. se reunia a assembleia do povo. Foi aqui que oradores como Demostenes se dirigiam a um público que podia ir até 6000 atenienses, para discutir questões de politica, justiça, paz ou guerra. A vida de Demostenes, como orador e político, foi dedicada à defesa de Atenas, que se via ameaçada por Filipe II da Macedónia (pai de Alexandre, o Grande), escrevendo inúmeros discursos cujo objectivo era convencer os cidadãos atenienses a arregimentar forças contra os seus inimigos, antes que fosse tarde demais. Ainda são visíveis as ruínas da plataforma oratória de onde os discursos eram proferidos em Atenas, com uma vista fenomenal para a Acrópole de Atenas, assim como o muro que suportava os socalcos semicirculares que colocavam os cidadãos ao nível dos oradores.

Pessoalmente, gostei muito de visitar estes locais em Atenas e, apesar de terem passado mais de 2300 anos, consegui sentir que algo do que se passou ali continua “no ar”. Dizem que todos os lugares estão marcados com a sua história em particular, mais ou menos pública, mais ou menos notória, e que essas marcas podem ser vistas e sentidas. Não sei se isso e verdade, mas hoje, nas colinas com vista sobre a Acrópole de Atenas, senti que respirei um pouco de Historia.

“O homem que pensa que deve o seu nascimento apenas aos seus pais, esperara ate que chegue o seu destino final e natural; aquele que e filho da sua nação esta disposto a morrer antes de a ver escravizada e encarara os ultrajes e indignidades, que uma nação em submissão e forcada a suportar, como piores do que a própria morte.” Demostenes (Sobre a Coroa, 330 a.C.)

9. Visitar a Praça Syntagma ou Plateia Syntagma

A praça Syntagma em Atenas é um marco na vida ateniense, o centro nevrálgico da cidade. Aqui ergue-se o parlamento grego, onde se localiza o Túmulo do Soldado Desconhecido, decorado com relevos evocativos que representam um guerreiro hoplita moribundo. E neste local que os evzones, soldados da guarda nacional, vigiam o túmulo e rendem a guarda todas as horas em Atenas.

Os soldados na praça Syntagma, envergando uniformes tradicionais e peculiares, flanqueiam os textos do famoso discurso fúnebre de Pericles que rodeiam o túmulo do soldado desconhecido. Este texto e uma das poucas fontes descobertas ate ao momento que retrata a guerra do Peloponeso entre Atenas e Esparta.

10. Ver o pôr-do-sol na Colina Lykavittos

Lykavittos é a colina mais alta que rodeia a cidade de Atenas, atingindo uma altitude de 277 m. Também designada por Lykabettus de Atenas, alcançamos o seu topo através dum funicular (caríssimo – como tudo em Atenas) de onde pudemos contemplar um por-do-sol arrepiante sobre a Acrópole de Atenas e o Golfo Sarónico, que contacta com o Golfo do Corinto através do canal homónimo. É um lugar obrigatório para contemplar o pôr-o-sol quando visitar Atenas.

Segundo a lenda, Atenas terá deixado cair uma pedra dos céus e terá criado este monte, local onde inicialmente se chegou a programar a construção da Acrópole de Atenas. Mas, a colina está envolta em variadíssimas lendas. Outrora designada “colina dos lobos” diz-se que nesta colina de calcários cretácicos e rodeada de pinheiros e laranjeiras, as suas vertentes eram habitadas por lobos.

O clima de Atenas presenteia-nos todos os dias com um céu limpo e temperaturas bastante agradáveis mesmo em Dezembro e Janeiro. Esta situação deixa-nos muito satisfeitos, até porque não estamos muito habituados! No entanto nunca poderíamos imaginar que Atenas nos presentearia também com um pôr-do-sol tão magnifico como o que vimos ali: o golfo Sarónico envolto num laranja exagerado, difícil de igualar noutro local da Europa (pelo menos do dia 31 de Dezembro)!

11. Visitar e aproveitar o ambiente do Bairro de Monastiraki

A igreja Pantanassa em Atenas, mandada erigir no séc. X, e o pequeno mosteiro (Monastiraki) que deu nome a esta zona de Atenas. Situa-se numa pequena praça ladeada, por um lado, por uma mesquita (séc. XVIII) com paredes meias com ruínas de uma biblioteca romana (mandada erigir pelo imperador Adriano no séc.I) e, por outro, pela estação de metro (séc. XX!) de Atenas.

12. Visitar o Estádio Kallimarmaro

Este é o estádio onde decorreram os primeiros jogos da era moderna em Atenas, em 1896 (e onde acabou a prova da maratona em 2004). Situa-se no local do antigo estádio panatenaico, construído em 330 a.C. e reconstruído em mármore branco para os jogos panatenaicos de 144 d.C. (e posteriormente destruído), e é uma réplica fiel deste último. Tem a forma de um U, 204 m de comprimento, 83 m de largura e 60 000 lugares sentados. É uma beleza mas… é pena não se poder ir às bancadas!

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Pode ainda explorar alguns locais na Grécia quando visitar Atenas e que vale a pena:

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Se deseja saber mais sobre a relação entre o Alfabeto Grego e a Física, veja este artigo do Rui.

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Carla Mota

Geógrafa com uma enorme paixão pelas viagens e pelo mundo. Desde muito cedo que as viagens de exploração fazem parte da sua vida. A busca do conhecimento do mundo leva-a em direcção a culturas perdidas e ameaçadas, tentando percebe-las. Hoje é também líder de viagens de aventura na Nomad.

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