Catedral de Chartres, uma das catedrais mais belas de França e da Europa. A 80 km a sudoeste de Paris, encontra-se a pequena cidade de Chartres, capital administrativa do departamento de Eure-et-Loir. Chartres é um dos lugares mais impressionantes para visitar em França e uma visita à Catedral de Chartres é obrigatória.

Como chegar a Chartres
De Paris, chega-se lá rapidamente de comboio a Chartres, e é um belo passeio de um dia. Para quem desce na estação de caminhos-de-ferro da cidade de Chartres, a primeira sensação é de uma pequena localidade de Chartres, com o ritmo próprio da França longe dos grandes centros populacionais, e sem, aparentemente, algo que se destaque em Chartres. No entanto, nesta povoação de Chartres, encontra-se um dos monumentos históricos mais importantes de França, a Catedral de Chartres, ou melhor, a Catedral de Notre Dame de Chartres.
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Informações práticas para visitar Chartres
- Apanhámos o comboio TER em Montparnasse em direcção a Chartres. A viagem demora aproximadamente duas horas. Da estação de Chartres à catedral demora-se dez minutos a pé.
- A visita à catedral de Chartres é grátis, mas paga-se 3€ para visitar a cripta (visita guiada de 30 a 45 min). Comprámos os bilhetes para a cripta na loja de souvenirs dentro da catedral de Chartres.
Horários da Catedral de Chartres: das 8:30h às 19:30h, todos os dias.
Horários da cripta: De 1 de Abril a 31 de Outubro: 11:00h (excepto Domingos e feriados), 14:15h, 15:30h e 16:30h (todos os dias) e 17:15h (de 22 de Junho a 21 de Setembro). De 1 de Novembro a 31 de Março: 11:00h (excepto Domingos e feriados) e 16:15h (todos os dias). A cripta está fechada a 1 de Janeiro a a 25 de Dezembro.

História da Catedral de Chartres
A Catedral de Chartres é a maior catedral gótica da Europa, mas não são as suas dimensões que mais impressionam o visitante. O magnífico estado de preservação da catedral de Chartres e a riquíssima história a ela associada tornam-na um monumento único, e uma visita obrigatória para aqueles interessados na cultura e história francesa.
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A Catedral de Chartres sobreviveu às guerras religiosas, à Revolução Francesa, às duas guerras mundiais, e chegou até nós como um testemunho precioso do passado. Não é uma obra linear, que revele de uma só vez os seus segredos. É preciso paciência, é preciso tempo e dedicação, para se poder apreciar a Catedral de Chartres, tal como ela merece, toda a sua magnificência.

A Catedral de Chartres revela-se ao visitante por fases, de fora para dentro, de cima para baixo. Cada fase dá-nos uma perspectiva diferente da Catedral de Chartres, encantos diversos e uma história distinta. Se a pudéssemos observar do céu (e hoje basta googlar as fotografias aéreas), o seu telhado, fruto do cruzamento da nave central e do transepto, forma uma cruz perfeita, o símbolo por excelência da cristandade. E a Catedral de Chartres é isso mesmo, um símbolo da Idade Média, o período histórico que vai desde 476 (a queda do império romano do ocidente) a 1453 (queda de Constantinopla, e consequente fim do império romano do oriente).

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Se algo define a Idade Média, é a simbiose entre o poder espiritual, simbolizado pela religião católica, e o poder temporal, personalizado pelos reis legitimados pelo Papa, e representantes do poder de Deus na Terra. A Catedral de Chartres é o símbolo por excelência desta interdependência de Estado e Igreja.
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Como é visitar a Catedral de Chartres
A planta da Catedral de Chartres é quase o cânone da construção de uma catedral gótica, mas é o requinte e beleza das esculturas que decoram o seu exterior que espantam os visitantes há quase oito séculos. O que se vê hoje do exterior na Catedral de Chartres é fruto da construção iniciada em 1194 (após um grande incêndio que destruiu a quase totalidade do edifício românico anterior), e concluída em 1260, quando a Catedral de Chartres foi consagrada na presença do rei Luís IX de França.

A fachada principal (1150) da Catedral de Chartres está orientada a ocidente, com torres assimétricas e encimadas por agulhas de estilos diferentes, a sul a mais baixa, de estilo românico e datando da década de 1140, e a norte, de estilo gótico, datando do início do século XVI. Abaixo da rosácea na Catedral de Chartres, no portal principal, com três arcos, esculturas figurativas decoram as sucessivas arquivoltas, que percorrem os arcos quebrados e se recolhem para o seu interior. Os tímpanos exibem em relevo as principais figuras, nomeadamente Cristo no Seu Esplendor e o Juízo Final.
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O uso de arcobotantes e contrafortes na Catedral de Chartres permitiram a construção em altura, suportando o peso da nave central. Esta, no seu nível superior (clerestório), exibe uma fiada de janelas altas. A Catedral de Chartres foi o primeiro edifício em que os arcobotantes são uma parte essencial da sua arquitectura e aparência exterior. Segue-se o transepto, que cruza a nave e dá origem aos portais norte e sul, cada uma obra-prima da arquitectura, exibindo novamente três arcos com esculturas (característica única da Catedral de Chartres) e uma enorme rosácea. O portal norte da Catedral de Chartres ilustra o Velho Testamento, a Virgem Maria e os precursores de Cristo, enquanto o portal sul reflecte ensinamentos do Novo Testamento. A oriente, a seguir ao transepto, o conjunto da Catedral de Chartres completa-se com o coro, a abside e o deambulatório, com coros radiantes e uma capela axial. A oriente, a Catedral de Chartres é rodeada por tranquilos jardins que se podem percorrer enquanto se admira a Catedral de Chartres a toda a volta.

Mas a Catedral de Chartres tem mais, muito mais a mostrar a quem a visita. Passando do exterior para o interior, novas maravilhas se revelam em Chartres. As dimensões da nave, que atinge 36 m de altura e 128 m de comprimento, são de tal forma impressionantes que o olhar é orientado e levado a contemplar outros elementos igualmente importantes. Olhando para o chão, encontra-se um labirinto circular (1205) desenhado na pedra e destinado a uma meditação em movimento, num caminho único que leva ao seu centro, com 262 m em 11 círculos concêntricos.

Olhando para cima, as colunas da Catedral de Chartres levam-nos a contemplação do tecto abobadado, mas principalmente à descoberta gradual das 176 janelas cobertas por vitrais, distribuídas ao longo de toda a Catedral de Chartres. Cada janela da Catedral de Chartres está dividida em painéis, lidos da esquerda para a direita, e de baixo para cima. Neles estão representados histórias bíblicas e cenas do quotidiano do século XIII. As rosáceas juntam-se a esta festa de luz e cor, representando o Juízo Final, e a Glorificação de Cristo e da Virgem Maria.

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No extremo oriental da Catedral de Chartres, o coro e a abside (onde se encontra o altar) estão separados do deambulatório por uma parede de divisão, em pedra, e maravilhosamente esculpida, exibindo dezenas de figuras e histórias bíblicas, acrescentando razão à designação da Catedral de Chartres como “bíblia de pedra”. Percorrendo o deambulatório, é muito difícil saber para onde olhar, se para as janelas, se para as esculturas. E numa das capelas, pode ainda admirar-se a relíquia mais famosa da Catedral de Chartres: a “Sancta Camisia“, uma túnica que Maria teria vestido aquando da Anunciação ou durante o nascimento de Jesus, conforme as versões. Esta relíquia da Catedral de Chartres, oferecida pelo neto de Carlos Magno em 876, tornou Chartres num dos principais focos do culto mariano da Europa e começou a edificar a essência cristã deste local. A ameaça da invasão dos normandos e a aproximação do fim do milénio foram motivos suficientes para que os fiéis pedissem a intercessão de Maria, e aparentemente com sucesso, pois em 1020 foi ordenada a construção de uma Catedral de Chartres em pedra, substituindo a igreja em madeira então existente.

Cripta da Catedral de Chartres
Mas é passando a mais um nível que o passado mais distante da Catedral de Chartres se revela. E é preciso descer, entrar no subsolo, naquilo que está por baixo, e serve de fundação, a tudo aquilo que até agora contemplámos. A cripta da Catedral de Chartres não é uma cripta vulgar. É uma igreja por baixo da Catedral de Chartres, praticamente com as mesmas dimensões de comprimento e largura, revelando novos patamares na longa fiada de séculos de história deste lugar.

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Antes das primeiras pedras serem erigidas neste local em Chartres, já os fiéis veneravam as relíquias e uma câmara semicircular por baixo da abside da Catedral de Chartres actual é tudo o que resta de uma igreja do período carolíngio, onde ainda se podem observar frescos medievais em Chartres. Ali se venerava uma misteriosa figura em madeira de uma virgem negra e o seu menino, a Notre Dame de Sous-Terre, que terá sobrevivido até aos dias tumultuosos da Revolução Francesa e cuja réplica podemos ainda hoje observar na cripta. E a viagem ao passado continua. Um poço enigmático, que se encontrava ao lado da igreja carolíngia, leva-nos a olhar para um baixo sem fundo. Conta-se que mártires cristãos terão sido afogados nesse poço aquando do cerco viking de 858, e daí o seu nome “Saints Forts”.

Mas ainda podemos recuar mais atrás, onde a imaginação se confunde com a história na Catedral de Chartres. Nos primeiros tempos do cristianismo, o império romano perseguia essa fé emergente, mas diz-se que em Chartres as águas deste local tinham poderes curativos, e que tanto romanos como cristãos aí rumavam. E há quem defenda que Chartres era um centro celta da religião dos druidas, onde se venerava o eterno feminino, mas as menções de Júlio César na sua conquista da Gália são ambíguas e, na realidade, a história é contada pelos vencedores, e a verdade é que os romanos obliteraram os rituais e a religião celta.

Como a Catedral de Chartres sobreviveu aos tempos conturbados
Certo é que a história de Chartres tem raízes muito profundas, e o carácter sagrado e religioso deste lugar sobreviveu a impérios e exércitos. Na segunda guerra mundial, aquando da libertação da cidade de Chartres pelos americanos, uma alta patente ordenou a destruição da Catedral de Chartres pois pensava-se que podia albergar nazis resistentes. Um coronel americano desobedeceu à ordem e voluntariou-se a deslocar-se atrás das linhas inimigas para verificar se a Catedral de Chartres estava “livre”. E estava. Regressando, a ordem foi anulada e a catedral sobreviveu a mais essa prova. O coronel morreria nesse mesmo dia perto de Chartres.

Hoje, somos herdeiros do esforço e fé dos nossos antepassados e somos privilegiados por ainda podermos testemunhar a sua obra. É por tudo isto, e muito mais, que Chartres continua a ser, depois de tantos séculos, um lugar único e fascinante e continua a deixar uma marca no coração da França, e no de todo o visitante que se deixa enamorar por ela.
“O que é Deus? Comprimento, largura, altura e profundidade.”
Bernard de Clairvaux
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