Está a programar uma viagem Nova Iorque ? Nova Iorque é “a cidade”. Nenhuma visita aos EUA estaria completa sem uma visita a esta metrópole vibrante. O ritmo das ruas, os fabulosos museus, o skyline dos arranha-céus, a diversidade cultural, tudo contribui para tornar esta cidade num símbolo do mundo actual.
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DICAS PRÁTICAS PARA VISITAR NOVA IORQUE
1. VISITAR NOVA IORQUE
Nova Iorque é uma cidade magnífica, cheia de atracções turísticas e lugares para explorar. São necessários no mínimo cinco dias para visitar Nova Iorque. Mas, o ideal é fazer um roteiro de sete a oito dias pois permite conhecer melhor a cidade e alguns lugares fora dos roteiros tradicionais. É, contudo, uma cidade cara para se viajar, pelo que visitar Nova Iorque deve ser devidamente programado de forma a poder tornar-se um destino mais em conta.
2. DICAS GERAIS PARA VISITAR NOVA IORQUE
- Marcar o hostel atempadamente pela internet porque permite poupar bastante dinheiro quando visitar Nova Iorque;
- Procurar visitar Nova Iorque fora dos fins-de-semana porque os preços do alojamento baixam;
- Escolher um hostel com cozinha, o que permite comprar comida no supermercado e cozinhar. As refeições com alguma qualidade (sem ser fast food) são extremamente caras em Nova Iorque. O preço da comida no supermercado é equivalente aos preços na Europa;
- Usar garrafas recicláveis e encher água da torneira todos os dias de manhã. A água de Nova Iorque é de boa qualidade. É apenas um comportamento sustentável;
- Se tens cartão de estudante, cartão Jovem ou cartão de professor leva-o contigo. Dá grandes descontos nos museus e nos monumentos;
- Visita os museus nos dias e horários em que têm entrada grátis;
- Visita os museus que têm donativos sugeridos pagando apenas 1$ por visita;
- Escolher bem os lugares onde se vai almoçar. Dar preferência às comidas de rua, como cachorros, pizzas e sandes. São económicas e permitem aproveitar melhor o dia.
3. TRANSPORTES PARA VISITAR NOVA IORQUE
3.1. VOAR PARA NOVA IORQUE
Os voos Lisboa/Porto-Nova Iorque estão bastante mais em conta. Nós voamos para Nova Iorque por apenas 430€/pessoa (ida Porto – NYC e regresso Chicago – Porto).
3.2. IR DO AEORPORTO PARA NOVA IORQUE
Acesso ao aeroporto: Há várias hipóteses para chegar e sair do aeroporto JFK em Nova Iorque. O metro é a opção mais rápida, económica e frequente. No entanto, antes de apanhar o metro é necessário apanhar o AirTrain.
É necessário apanhar o AirTrain, uma modalidade de comboio que liga o aeroporto ao sistema de MTA New York City Transit, (metro, bus e comboios de NYC). O AirTrain é apanhado dentro do aeroporto e permite chegar até as estações Jamaica Station ou Howard Beach Station. Custa 6$ e o bilhete só é comprado à saída da estação. A partir dessas estações é só apanhar o metro para a estação mais próxima do seu hotel. Funciona 24 h por dia, todos os dias do ano. Os bilhetes de metro devem ser adquiridos nas máquinas automáticas nas estações. Podem ser adquiridos bilhetes diários ou passes. Nós optamos por comprar um passe para 7 dias que nos custou 30$/pessoa.
Para mais informações sobre ligações com outros meios de transporte e preços podem consultar o site da AirTrain JFK. Outra opção é o bus NYC Airporter que parte a cada 30 minutos, todos os dias dos terminais de Manhattan: Grand Central Terminal (entre 42nd Street e Park Avenue), Penn Station (entre West 33rd Street e 6th e a 7th Avenue) e Port Authority Bus Terminal (42nd Street entre a 8th e a 9th Avenue). No aeroporto basta procurar pelo balcão do NYC Airporter no terminal do aeroporto e lá poderá adquirir os seus bilhetes. O serviço funciona das 5 h da manhã até às 23:30 h. Cada viagem custa 16$/pessoa (ida) ou 29$/pessoa (ida e volta). Para informações mais detalhadas consulte o site do NYC Airporter. Dentro da cidade: Há várias opções para te deslocares dentro da cidade, desde o metro, o bus, o comboio e o barco. Os bilhetes do MTA New York City Transit servem para todos os meios de transporte. Os bilhetes adquirem-se em máquinas automáticas disponíveis em todas as estações e nos autocarros ou nos guichés das estações de metro. Pode-se pagar os bilhetes em dinheiro (moedas e notas) ou com cartão multibanco (também aceita os cartões portugueses). Metro: a rede de metro é bastante extensa e praticamente adequada a toda a área que vais utilizar quando visitar Nova Iorque. O site do metro permite planificar a viagem e ver as conexões necessárias, assim como informação prática sobre o acesso à cidade desde o aeroporto, bem como os comboios e os autocarros. O MTA é o sistema que agrupa todos os transportes urbanos de NYC. Basta consultar o site https://www.mta.info/
3.3. VIAJAR DE COMBOIO EM NOVA IORQUE
É possível apanhar o comboio na GrandTerminal Station e na Penn Station para várias cidades norte-americanas. Se estás a programar viagens de comboio convém estar atento a que a maioria dos comboios parte da Grand Terminal Station (que por si só vale a pena uma visita) mas há outros comboios a sair doutras estações da cidade. Deves comprar os bilhetes com antecedência para conseguir boas tarifas. Para planificar a sua viagem deves consultar o site da Amtrak, onde podes adquirir os bilhetes online: https://www.amtrak.com/home
3.4. VIAJAR DE BARCO EM NOVA IORQUE
O Staten Island ferry é gratuito e é um dos melhores locais para apreciar o skyline da cidade de Nova Iorque.
3.5. VIAJAR DE BUS EM NOVA IORQUE
Nova Iorque tem um sistema de autocarros complexo e denso mas para quem vai passar muito tempo na cidade pode ser uma boa opção. Os autocarros apresentam uma informação visual do nome da próxima paragem o que é bastante acessível, embora esta informação não esteja disponível em todas as linhas. Nas ruas pode-se encontrar paragens de autocarro procurando por um poste amarelo com os números e itinerário do bus no topo. Os buses são operados pela mesma empresa que opera o metro e o comboio urbano – a MTA. Há várias opções para te deslocares dentro da cidade, desde o metro, o bus, o comboio e o barco. Os bilhetes do MTA New York City Transit servem para todos os meios de transporte. Os bilhetes adquirem-se em máquinas automáticas disponíveis em todas as estações e nos autocarros ou nos guichés das estações de metro.
4. SEGURO DE VIAGEM PARA NOVA IORQUE
Não facilite. É importante viajar com seguro de viagem, ainda que para escapadinhas pequenas. Pode fazer um seguro de viagem simples para cobrir despesas médicas e hospitalares. Aconselhamos que faça também o seu seguro de viagem para Nova Iorque. Nós usamos a IATI Seguros. Se usar este link terá 5% de desconto. Não facilite.
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5. ONDE DORMIR EM NOVA IORQUE
Há vários hostels onde é possível alojar-se em Nova Iorque. Nós optamos por 2 hostels diferentes e recomendamos os dois, embora para budgets diferentes.
- Urban Oasis Este hostel é magnífico. Nós ficamos num quarto twin e pagamos cerca 160 USD/noite. Não é barato, claro, mas é um apartamento em Midtown e um quarto duplo. A grande vantagem é que podíamos ir a pé para a Broadway, para a Times Square, para o Empire State Building e para o Rockfeller Center.
- New York Budget Inn Este hostel é mais barato. Custou-nos 90USD/noite, um quarto duplo. É um bocado mais afastado do centro mas, em relação ao outro, basta caminhar mais 10 minutos. Está bem servido de metro.
Descrevemos estes hostels de forma mais pormenorizada aqui.
6. ONDE COMER EM NOVA IORQUE – Os melhores restaurantes
Bem, para começar vou já fazer uma declaração de interesses: eu estava de dieta há um mês quando cheguei a Nova Iorque. Infelizmente, a dieta não resistiu nem dois dias. Depois desse tempo, desisti. Ninguém aguenta fazer “regime” na cidade que nunca dorme! Onde comer em Nova Iorque?
É mais ou menos sabido que os norte-americanos não primam pela comida típica de qualidade e que a comida nacional assenta no “fast food“. Claro que quando se passa algum tempo em Nova Iorque é fácil de perceber porquê. A comida saudável, com legumes e frutas, é extremamente cara. Há poucos supermercados a vender alimentos básicos para fazer saladas e as frutas são a preço proibitivo. Como tal, restaurantes com comida “saudável” são só para quem pode pagar preços superiores a 40$/pessoa. Bem, com estes preços, tivemos que apostar na única comida “affordable” para estes backpackers: “fast food“! Sendo assim, acabamos por conhecer vários locais onde se podem comer as tradicionais pizzas, hambúrgueres, empanadas, etc. Os únicos restaurantes onde tínhamos poder de compra para “investir” na nossa saúde alimentar eram os chineses e mexicanos.
Diagnóstico feito… vamos lá experimentar a comida nova-iorquina! Onde comer em Nova Iorque?
O prato típico de Nova Iorque é a pizza. Sim, a PIZZA. A chamada New York Style Pizza. Há vários lugares para comer pizza em Nova Iorque e para todas as carteiras. Desde pizza a 0.99$/fatia (o que perfaz 8$ por pizza gigantesca) até pizzas a 5$/fatia, lá fomos experimentando. Começamos o nosso périplo pelas pizzas nas mais baratuchas (0.99$) numa pizzaria perto de Times Square. Tínhamos saído do musical da Broadway – Chicago – e ainda estávamos mais “depenados” do que é normal. Assim, quando vimos a publicidade a estas pizzas não resistimos e entramos. As pizzas são bastante boas. Não sei se era do adiantado da hora, se da envolvência das luzes de Times Square (possivelmente era mesmo da ressaca da dieta) mas aquela pizza era bem boa!
No dia seguinte, quando estivemos em Lower Manhattan, e bem perto do Memorial do World Trade Center, resolvemos voltar à pizza. O cheiro a azeite, oregãos e queijo convidou-nos a entrar na Pizzaria MasterPiece. Os olhinhos de satisfação do Rui não enganam…
No entanto, a verdadeira New York style pizza deve ser experimentada em Brooklyn, mesmo junto à ponte e ao lado do parque que tem vista sobre a baixa de Nova Iorque. Há aqui duas pizzarias que se batem pelo título de melhor pizza nova-iorquina: Grimaldi’s e Juliana’s. O Grimaldi’s é a pizzaria mais famosa mas, o verdadeiro dono desta pizzaria vendeu-o há alguns anos atrás e abriu outro: o Juliana’s. Sendo assim, fomos comer a pizza original no Juliana’s. Tivemos que enfrentar mais de uma hora de fila. O Rui já espumava. Vocês não sabem, mas quando ele vê comida e não a pode comer fica com um bocado de mau humor! Mas, depois de uma breve espera tudo se resolveu e uma pizza fantástica pousou na nossa mesa. E que delicia. Era gigante e saborosa. O humor do Rui mudou radicalmente. Saímos de lá com a barriga a abarrotar. Escusado será dizer que nesse momento a minha dieta já tinha sido “assassinada”.
Mas, se comer em Nova Iorque assenta na chamada “junk food“, no topo da lista estão os hambúrgueres. O Rui experimentou todas as cadeias americanas mais e menos conhecidas, desde o McDonalds, Burguer King e Wendy’s (da qual o Rui é super fã).
Mas, os verdadeiros hambúrgueres americanos (e estes até eu comi e me rendi) são no Shake & Shack. Dizem que são os melhores hambúrgueres de Nova Iorque (e arredores) e, na realidade são-no. Infelizmente, quando descobrimos o Shake & Shack a fila dava a volta ao Madison Square Park e nós desistimos de experimentar aqui os hambúrgueres. Só os comemos em Washington e realmente são de babar por mais. São mesmo feitos de carne (o que por si só já é novidade), e com carne saborosa e suculenta. Vale a pena (mesmo para quem não aprecia nada, como eu).
Depois de “assassinar” a nossa saúde para os próximos meses e, tendo em atenção que não queríamos sair dos EUA “super size“, optamos por mudar de dieta alimentar. Passamos para as comidas chinesas e mexicanas que têm sempre bastantes legumes e verduras. Em Chinatown experimentamos um restaurante chamado Excelent Dumpling House. E que maravilha! Delícia-mo-nos com os dumplings e os dois pratos do dia: gambas com molho de ostra e frango agridoce. Até o chá era fantástico. Nada melhor do que um restaurante chinês cheio de asiáticos. Nunca desilude. O Rui não estava muito satisfeito mas depois de vários dias a “fast food” até ele se rendeu.
Mas, Nova Iorque é uma metrópole e como tal a diversidade gastronómica marca a hora das refeições. Noutro dos dias na cidade, optamos pelo Chipotle, uma cadeia de comida mexicana com tacos e burritos saborosos e que nos fez “viajar” outra vez até ao nosso saudoso México. Até tinha guacamole! Que maravilha.
E há medida que os dias iam passando nós íamo-nos habituando à gastronomia nova-iorquina e a perceber onde comer em Nova Iorque. Felizmente, não ficamos nos EUA por muito tempo porque, a verdade é uma: os norte-americanos têm pouca liberdade económica para escolher aquilo que querem comer daí que os tamanhos médios da população na rua seja bastante “super size“. As meninas esbeltas e de corpos bem desenhados têm que ter muita disciplina, passar horas a correr ou então… são mesmo turistas.
7. HISTÓRIA DE NOVA IORQUE – Nova Iorque revolucionária
Se há uma coisa que os capitalistas não gostam, é de uma revolução. It’s bad for business… Isto apesar do Barão de Rothschild, de uma das maiores famílias banqueiras do mundo, ter afirmado no século XVIII “Buy when there’s blood in the streets, even if the blood is your own.”! Não é de estranhar, portanto, que a capital financeira do mundo não tenha uma história rica em termos revolucionários. A única que por aqui passou foi a Revolução Americana, a luta pela independência da união das colónias inglesas face à potência colonial, e mesmo nessa, Nova Iorque não teve um papel preponderante…
O exército de George Washington até teve uma vitória importante às portas da cidade em Setembro de 1776, poucas semanas depois da Declaração da Independência, mas a falta de homens e meios levou-o a recuar e deixar a cidade aos ingleses. Durante todo o período da guerra, a cidade não só esteve sob domínio inglês, como era aí o seu quartel-general e era notório o apoio aos colonizadores por uma boa parte da população. Washington regressou à cidade só em Novembro de 1783, acabada a guerra e depois da partida dos ingleses e dos seus apoiantes.
A importância da grandeza e localização de Nova Iorque era já na altura evidente, mas o lado simbólico da política é muito importante, e talvez também por isso, a cidade foi escolhida para testemunhar o nascimento do governo dos recém criados “Estados Unidos da América”. Em 1785, foi declarada como capital dos EUA e 4 anos mais tarde, a 30 de Abril de 1789, George Washington tomou aí posse como 1º presidente da nação. Essa tomada de posse decorreu no cruzamento entre a Wall Street e a Broad Street, no edifício da New York City Hall, a antiga sede de governo inglês da colónia de Nova Iorque. Foi aí também que reuniu o primeiro Congresso dos EUA. No entanto, no ano a seguir à tomada de posse de Washington, e terminado o acto simbólico de passagem de poder, Filadélfia foi declarada como capital dos EUA, enquanto que, em Nova Iorque, a City Hall albergou ainda o governo da cidade até 1812, ano em que foi demolida.
Hoje, podemos encontrar no mesmo local uma estátua de bronze de Washington, nas escadarias de um edifício chamado Federal Hall. Construído entre 1834 e 1842, inspirado na arquitectura grega clássica, este foi erigido como casa da alfândega e serviu ainda como cofre-forte do Treasury. Pode visitar-se o edifício, e descer às caves, onde se encontravam as salas com portas reforçadas que guardavam toneladas de ouro e prata, correspondentes a 80% da riqueza da nação. Em 1920, tudo seria transferido para o Federal Reserve Bank, a poucos quarteirões de distância. Pode também ver-se uma pequena exposição sobre o papel de Nova Iorque no nascimento da nação. Os mais interessados neste período histórico da cidade podem também consultar online o Manhattan Historic Sites Archive, https://www.mhsarchive.org/federal-hall.aspx?dir=feha.
ROTEIRO PARA VISITAR NOVA IORQUE
PRIMEIRO DIA VIAGEM NOVA IORQUE
Nova Iorque tem alguns dos melhores museus do mundo. Dedique este dia a visitar o Metropolitan Museum of Art, Museu de História Natural e o Museum of Modern Art (também conhecido como MoMA) e maravilhe-se com obras de arte do passado e contemporâneas.
1. Metropolitan Museum of Art – Visitar o MUSEU METROPOLITANO DE NOVA IORQUE
Posto de uma forma simples e directa: o Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque, é provavelmente o museu com o acervo mais rico e variado do mundo, e uma paragem obrigatória para quem visita a cidade. Foi criado nos finais do séc. XIX para ser uma instituição americana de arte que competisse com as suas melhores congéneres europeias e, pelo que se pode admirar no seu interior, este objectivo foi totalmente conseguido!
Antes das dez da manhã, já largas dezenas de pessoas esperavam a hora de abertura das suas portas nas escadarias da entrada do Metropolitan Museum of Art. Lá dentro, as obras de arte dividem-se essencialmente por dois pisos e suas inúmeras divisões. O Metropolitan Museum of Art é tão grande que é praticamente impossível ver tudo, mesmo de relance, num só dia.
A sua magnitude é tal, que é possível encontrar no seu interior, por exemplo, um templo egípcio de Dendur reconstruído pedra a pedra, e a replicação (por mestres trazidos da China) de um jardim chinês de contemplação, no estilo da dinastia Ming. É preferível seleccionar o que se pretende ver, e andar mais devagar, apreciando devidamente o que se vê.
No piso inferior do Metropolitan Museum of Art pode admirar-se, entre outras, arte egípcia e greco-romana, arte europeia e bizantina medieval, e uma colecção fabulosa de arte africana e da Oceânia. Esta última deve-se á doação de Nelson Rockefeller, em memória do seu filho, Michael Rockfeller, que perdeu a vida numa expedição em busca de arte, sendo espantosas as máscaras africanas e as esculturas da Papua Nova-Guiné, que surpreendem pela sua beleza invulgar e tamanho.
Quanto à arte egípcia, que se diz ser a maior colecção do mundo fora da cidade do Cairo, podem por exemplo admirar-se um conjunto de deliciosas miniaturas em madeira, encontradas em 1920 no túmulo de um nobre, que descrevem cenas do dia-a-dia do Egipto há 2000 anos.
No piso superior do Metropolitan Museum of Art, reinam a arte do Médio Oriente e islâmica, com painéis fabulosos da civilização assíria, assim como a pintura e escultura europeia e americana, não faltando uma ala dedicada à arte moderna.
Entre as mais de 3000(!) pinturas em exposição, não passam despercebidos quadros de Monet, Cézanne, Van Gogh, Picasso, Rembrandt, ou Vermeer. A riqueza e diversidade da produção artística de séculos, do mundo inteiro, presente num só local faz com que este seja obrigatório visitar e desfrutar.
Dados práticos Metropolitan Museum of Art:
Horário: Domingo a Quinta-Feira 10.00-17.30h
Sexta-Feira e Sábado 10.00-21.00h
Preço: Donativo recomendado – 25 USD (mas pode dar-se o que se quiser)
2. Visitar o MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL de Nova Iorque
Os filmes “Jumanji” ou “À noite no museu” já me tinham preparado para algumas das magníficas galerias que o Museu de História Natural de Nova Iorque tem para oferecer. Logo na entrada do Museu de História Natural, uma galeria com várias ossadas de dinossauros faz as delícias da pequenada.
Há duas coisas que é preciso decidir quando se entra num museu em Nova Iorque: quanto se vai pagar e quanto tempo se vai lá ficar. Decidir quanto se paga é um conceito interessante. A entrada no Museu de História Natural é feita por donativo, embora tenha o preço de 27$ como sugestão. Nós optamos por pagar 5$ (ser português não é fácil). A segunda decisão tem a ver com o tempo da visita. Nós tínhamos pensado ficar lá duas horas mas rapidamente percebemos que esse tempo era manifestamente insuficiente. Estivemos 3 horas no museu e mesmo assim sentimos que vimos tudo a correr. Estranho, não? Começamos por visitar no Museu de História Natural uma galeria onde está exposta uma manada de elefantes. A sala é gigantesca e parece que correm todos em nossa direcção. O acervo do museu distribui-se por várias salas com enfoque sobre as características geológicas da Terra (especialmente rochas e minerais), vida animal (fósseis e embalsamento), alterações climáticas e registos do clima, evolução da espécie humana, civilizações antigas e vida submarina.
Começamos por explorar a parte correspondente às civilizações pré-colombianas, relembrando a nossa viagem “Na Rota dos Maias”, em 2012. Seguiu-se a cultura africana e asiática.
Quando chegamos às galerias de geologia e alterações climáticas o tempo parou! Ficamos lá imenso tempo, contemplando o funcionamento dos sismógrafos, analisando um enorme núcleo de gelo (ice-core) da Gronelândia e “babando” sobre os minerais, rochas e meteoritos expostos.
O Museu de História Natural tem o Big Bang Theater onde é possível assistir a um filme com cerca de 5 minutos sobre a Teoria do Big Bang num ecrã de 360º. Puro deleite para os sentidos.
A parte correspondente aos animais embalsamados exibe especialmente animais autóctones norte-americanos com destaque para o urso grizzly e o bisonte. Uma das áreas mais interessantes é a evolução da espécie humana onde estão expostos vários crânios de homo neandertalis até ao Homo Sapiens sapiens, bem como a forma como a espécie humana evoluiu e migrou pelo planeta.
Infelizmente, devido a um evento no Museu de História Natural, a parte correspondente ao meio marinho estava fechada. Ainda espreitamos a baleia embalsamada que de forma gigantesca ocupava o centro de uma galeria que nos teria feito passar mais algumas horas no museu.
Sendo assim, passamos para as galeias de paleontologia, provavelmente as mais famosas do museu, onde várias ossadas e reconstituições à escala real de vários dinossauros fazem as delícias de graúdos e miúdos. Todos, incluindo nós, amontoávamo-nos para sacar a foto perfeita (o que raramente acontece no meio de tais multidões).
Três horas passaram num abrir e fechar de olhos. Quando olhamos para o relógio nem queríamos acreditar. O tempo voou. Será que tivemos alguma experiência de “timetravel”? Não creio. Fomos mesmo nós que perdemos completamente a noção do tempo. Eram 16h… e estava na hora de ir almoçar.
3. VISITAR O MOMA – O Museu de Arte Moderna, ou MoMA (para os amigos!)
O rebuliço nas ruas de Nova Iorque parecia ainda maior do que o habitual. As sirenes de carros de polícia faziam-se ouvir, polícias controlavam as multidões que pareciam esperar por algo, e barreiras de segurança impediam o acesso dos transeuntes a algumas ruas, nomeadamente aquela para onde nos dirigíamos… Íamos visitar o MoMA – Museum of Modern Art (ou como é conhecido, o MoMA), um dos museus mais conhecidos do mundo, na 53rd Street, entre a Fifth Avenue e a Avenue of Americas.
Mas a tarefa não parecia fácil, e tornava-se mais difícil quanto mais nos aproximávamos do nosso destino. Que se passava? Rapidamente ficamos a saber as novidades… “the President is in town”. Hospedado a um quarteirão, no Hotel Sheraton, estava nada mais, nada menos, do que o presidente dos EUA, Barack Obama! Tal como nos filmes, as pessoas esperavam junto às barreiras de segurança para ver passar a comitiva presidencial. Fomos assim forçados a mudar o nosso percurso para chegar ao MoMA.
Quando chegamos ao MoMA, as multidões dentro do museu não ficavam atrás das do exterior. O museu estava no seu período semanal de entrada grátis e milhares de pessoas aproveitam para visitar este museu único sem pagar entrada. Logo depois de recolher os bilhetes, vejo pessoas a correr em direcção às portas e lá fora passavam carros de polícia com as sirenes ligadas. Corremos também, como qualquer bom americano! Ainda vimos passar a sucessão de carros pretos com vidros fumados e pudemos sentir o entusiasmo das pessoas que assistiam. This is America!
Dentro do MoMA, o tráfego também não estava fácil… Milhares de pessoas acotovelavam-se, percorrendo os seis andares do museu, criado em 1929, tentando apreciar o seu notável acervo. A colecção ronda as 150 mil obras de arte, e vai desde a pintura pós-impressionista, até à pintura moderna e contemporânea, passando pelas áreas da ilustração, fotografia, design, arquitectura, cinema e escultura. A diversidade dos artistas representados no MoMA é de igual forma impressionante: Cézanne, Van Gogh, Matisse, Picasso, Dali, Lichtenstein, Warhol, a lista não tem fim…
Mas as estrelas da companhia não enganam. As multidões acumulam-se junto destes quadros e é difícil conquistar o espaço e tempo necessários para aprecia-los devidamente. “Starry Night”, um dos quadros mais famosos de Van Gogh, e “Les Demoiselles d’Avignon”, de Picasso, disputam o lugar cimeiro das atenções, mas a “Persistence of Memory”, de Dali, com os famosos relógios, também não deixa de surpreender.
Mas não estava mesmo nada fácil andar pelas pequenas divisões sem ter de serpentear e tentar evitar os ocasionais encontrões e apertões. Para relaxar, nada melhor que aproveitar o Jardim das Esculturas do MoMA, um espaço com poucas pessoas (felizmente!) e com uma atmosfera pacífica. Estava na altura de voltar para as ruas de Nova Iorque e voltar ao bulício! Não se pode parar na cidade que nunca dorme… And the show must go on!
Dados práticos para o MoMA:
- Horário: Sábado a Quinta-Feira: 10.30-17.30 h
- Sexta-Feira 10.30-20.00 h
- Preço: 25 USD (adultos) 14USD (estudante) Grátis – Sexta-feira 16.00-20.00 h
DICA de viagem Nova Iorque: A entrada no MoMA é grátis à Sexta-feira, das 16.00 às 20.00h. Na Broadway, pode ir à TKTS, as bilheteiras oficiais dos musicais da Broadway, onde há descontos depois das 15 h, mas também pode ir directamente ao teatro onde o musical estiver em cena, uma opção que por vezes é mais barata.
4. Visitar TIMES SQUARE e as luzes de Nova Iorque
Não deixe também para mais tarde o que pode fazer logo no primeiro dia e, depois de passear na famosa Times Square, assista a um musical na Broadway. Times Square é a intersecção cultural da cidade de Nova Iorque. Espectadores, artistas, turistas, transeuntes, moradores ; toda a diversidade da cidade e do país se passeia por Times Square. Mas, por baixo das luzes que iluminam de dia e de noite esta área da cidade, existem camadas de história que ficam por baixo das ruas e por trás das fachadas dos cinemas, dos teatros e das lojas gigantescas. A densidade de luzes, população, e o congestionamento do trânsito são parte do que é esta autêntica praça em Nova Iorque.
Times Square é também onde as notícias americanas são feitas: ABC ” Good Morning America”, Reuters, Viacom, Condé Nast, e, claro, o New York Times estão todos aqui. Mas de que servem as palavras se as imagens mostram tudo! Se tem dúvidas, vá até lá e confira com os próprios olhos: as luzes ferem mesmo o olhar.
Este é provavelmente o melhor local de Nova Iorque para sentir o pulso da cidade. As luzes, as cores, o som, o ambiente, a agitação, os risos, as cores, a multiculturalidade. Tudo ali, tudo ao mesmo tempo. Isto é Times Square. Isto é Nova Iorque. As imagens não desiludem e Times Square também não.
Quase todos os dias à noite rumávamos a Times Square. É ali que está parte da alma da cidade, pelo menos daquela que temos no nosso imaginário. É ali que as luzes alimentam o capitalismo mundial e são um barómetro para o mundo.
5. Ver um MUSICAL NA BROADWAY – Chicago, um musical da Broadway
Se tiver tempo, programe ver aqui um espectáculo, um musical logo ao lado, vá ao cinema, entre num café, bar ou restaurante. Tudo isso faz parte do espectáculo que é a cidade.
Tínhamos vontade de ir à Broadway e depois de calcorrear a cidade e os museus, fomos à TKTS, as bilheteiras oficiais dos musicais da Broadway. Tínhamos lido que aqui era o melhor local para comprar bilhetes, sendo que depois das 15 h tinham descontos que variavam entre os 30% e os 70%. Como já vimos vários musicais (especialmente no Reino Unido), só queríamos rever aqui o Chicago (que já vimos duas vezes em Londres e uma em Buenos Aires) ou o Fantasma da Ópera.
Depois de esperar cerca de 20 minutos na fila a funcionária diz-nos que os bilhetes para o Chicago eram a 89$/pessoa e para o Fantasma da Ópera eram a 137$/pessoa. Este preço já incluía o desconto. Achamos um exagero e viemos embora sem bilhetes.
No entanto, não tínhamos vontade de desistir. O Chicago é um musical original da Broadway e portanto queríamos muito vê-lo cá. Mas, quase 90$/pessoa parecia-nos um exagero. Resolvemos ir directamente ao teatro Ambassador, onde o musical está em cena, e tentar apreçar os bilhetes. Os bilhetes comprados no teatro variam entre 49$ e 160$. Os bilhetes mais baratos só estão disponíveis para as matinés (algo que nós não estávamos interessados), mas para os espectáculos da noite os bilhetes começam em 65$. Para essa noite ainda havia bilhetes mas tínhamos que ficar separados. Resolvemos comprar dois bilhetes para a noite seguinte. Sendo assim, pagamos 65$/pessoa para assistir ao Chicago na Broadway.
O show não desilude. As bailarinas e bailarinos são fantásticos, a orquestra é soberba, e o teatro é maravilhoso. No entanto, curiosamente, tanto eu como o Rui achamos o musical em Londres melhor e mais imponente. Mesmo assim, não deixa de dar um gozo especial assistir a um espectáculo deste tipo na meca do entretenimento musical que é a Broadway, em Nova Iorque.
SEGUNDO DIA VIAGEM NOVA IORQUE
1. Visitar a ESTÁTUA DA LIBERDADE e conhecer Ellis Island
Visite dois marcos históricos dos EUA numa curta viagem de ferry que parte da ponta sul de Manhattan, em Battery Park. A primeira paragem é Liberty Island, onde se encontra a Estátua da Liberdade, e depois a Ellis Island, onde, no início do século passado, os emigrantes que chegavam a Nova Iorque, tinham de passar pela alfândega. Lá pode visitar o Immigration Museum, e desfrutar de vistas fabulosas sobre Manhattan.
Existem monumentos simbólicos que estão inexoravelmente ligados à imagem de um país e um dos casos mais paradigmáticos é o da Estátua da Liberdade. Símbolo da terra das oportunidades e de sonhos a concretizar, foi ela a primeira imagem que muitos imigrantes tiveram do continente que os recebia. “Dai-me aos vossos exaustos, aos vossos pobres, às vossas massas aglomeradas, ávidas de respirar livremente. Às miseráveis recusas de vossas prolíficas costas. Enviai-me aos desesperados, atirai-mos. Ergo a minha luz junto à porta dourada!”O Novo Colosso, Emma Lazarus
E, entre os anos de 1892 e 1924, esses que chegavam tinham de passar pela alfândega situada na ilha de Ellis. Ali eram feitos os rastreios médicos e a selecção daqueles que estavam em condições de pôr o pé no novo continente. Por aqui passaram cerca de 12 milhões de pessoas, algumas célebres, como Albert Einstein, mas a esmagadora maioria, indivíduos incógnitos que procuravam uma vida melhor numa terra longínqua. Actualmente, o edifício da alfândega foi recuperado e transformado no Museu da Imigração, com fotografias e registos áudio, textos e documentos que atestam as condições e o contexto histórico desta imigração maciça (os registos indicam que no seu ponto alto, chegaram a passar por aqui cerca de doze mil pessoas por dia).
Hoje é possível visitar estes dois marcos históricos dos EUA numa curta viagem de ferry que parte da ponta sul de Manhattan, em Battery Park, e que nos leva, primeiro à Liberty Island. Para quem quer subir à plataforma da estátua, ou à sua coroa, é necessário reservar bilhetes com semanas de antecedência. Nós ficamos pela zona verde circundante. O dia amanheceu com temperatura amena e com céu azul, e a vista de Manhattan deslumbra os numerosos turistas que por aqui passeiam. As atenções das máquinas fotográficas, smartphones e tablets (as primeiras em minoria) repartem-se entre a estátua e os arranha-céus em frente.
Apanhando de novo o ferry, desce-se na próxima paragem, a Ellis Island. O edifício histórico recebe-nos como recebeu milhões de imigrantes. Lá dentro podemos visitar as exposições e subir para admirar o grande salão, onde outrora se amontoavam aqueles que ansiavam a luz verde das autoridades para entrarem no país. Alguns eram mandados de volta e não chegavam a pôr o pé na terra prometida.
É possível pesquisar em computadores os registos das entradas, por nome ou nacionalidade, ou então percorrer cá fora o extenso mural que tem gravado os nomes daqueles que por aqui entraram no país. Não falta lá o apelido Pinto…
Em termos de vista para a city, ainda é melhor do que junto à estátua da Liberdade. Daqui Manhattan revela-se em toda a sua glória, parecendo estar ao alcance de um braço. Ao longe, em Midtown, vê-se o Empire State Building e a silhueta dos arranha-céus dessa parte da cidade.
E como nós já tínhamos passado na imigração anteriormente, era para lá que regressaríamos de barco, também nós ansiosos por percorrer essa terra, também para nós, incógnita mas cheia de promessas.
Rume depois a Midtown, e maravilhe-se com o Rockfeller Center.
2. Subir ao TOP OF THE ROCK, no Rockfeller Center em Nova Iorque
Suba ao Top of the Rock, uma plataforma de observação, com uma vista de cortar a respiração, tendo de um lado o Central Park, e do outro, o Empire State Building.
O Rockfeller Center é, simplesmente, o resultado do maior projecto de construção privado alguma vez concretizado. Na década da Grande Depressão, a visão, os contactos e o dinheiro de John D. Rockfeller Jr. tornaram possível a construção de um complexo de edifícios (na altura, 14, sendo hoje 19) localizado bem no centro de Midtown Manhattan.
O projecto ajudou a diminuir os números astronómicos de desemprego que se na década de 30 nos EUA (deu emprego a cerca de 40 mil trabalhadores!) e os espaços com potencial comercial criados em altura rapidamente começaram a ser usados por diferentes companhias, empresas e bancos (como o “falecido” Lehman Brothers).
O centro do Rockfeller Center é o GE Building, com 70 andares e 266 m de altura, e é famoso por ser a sede da NBC e local de filmagens de inúmeros programas com difusão nacional e internacional. Mas não só…
No topo do edifício, entre os 67º e 70º encontra-se o Top of the Rock, uma plataforma de observação que existe desde 1933, mas que sofreu uma enorme renovação entre 1985 e 2005. Hoje é uma das maiores atracções turísticas de Nova Iorque, atraindo diariamente milhares de visitantes, e com razão!
É provavelmente a melhor vista panorâmica de Nova Iorque, sendo pelo menos superior à vista obtida do cimo do Empire State Building por duas razões: do Top of the Rock pode ver-se o Central Park e… o Empire State Building!
Além disso, como pudemos verificar in loco, as filas para comprar bilhete e para os elevadores são muito menores no Top of the Rock. Demoramos apenas 20 minutos entre a compra dos bilhetes e a chegada ao topo. O preço, compensa aquilo que vemos. Pagamos 29$/pessoa. Não é barato, mas NYC também não é uma cidade normal.
Quanto às vistas, as fotos valem por mil palavras! Isto, já desde os tempo em que se iniciou a sua construção!
3. Visitar e procurar os glaciares no CENTRAL PARK em Nova Iorque (é verdade)
Aproveite para passear um pouco no Central Park, o mais famoso da cidade, e observe o ritmo mais lento e relaxado que se vive à sombra das árvores e em redor dos lagos.
Quando disse aos meus amigos que na Páscoa ia para Nova Iorque eles exclamaram logo: “Nova Iorque? Mas lá não tem glaciares!”. Não, a verdade é que Nova Iorque, no Central Park, não tem glaciares, mas… já teve! Sim, por incrível que possa parecer, eu também fui a Nova Iorque para ver “testemunhos” das glaciações e dos glaciares que outrora deslizavam pela ilha de Manhattan. Parece impossível, não parece? Mas, a verdade é que não é.
O Central Park, em Nova Iorque, oferece um dos locais mais acessíveis do mundo para observar paisagens glaciadas. A área onde hoje se localiza o maior e mais emblemático parque da cidade foi moldado por gelo glaciar que erodiu as rochas metamórficas criando exemplos clássicos de formas glaciares como rochas moutonnées (rochas aborregadas), rochas estriadas e polidas, sulcos glaciares, blocos erráticos, etc.
Durante as glaciações do Quaternário, Manhattan estava na direcção da margem sudeste de um grande manto de gelo que vinha desde o Árctico até esta área dos EUA, e foi glaciada em diversas ocasiões ao longo dos últimos milhões de anos. O estado de Nova Iorque marcava o limite meridional do manto de gelo que ocupava grande parte da América do Norte. Este manto de gelo – Laurentide – avançou e recuou durante mais de 90 mil anos.
Os geólogos acreditam que o manto de gelo iniciou a sua viagem em direcção ao sul de Labrador há 90.000 anos atrás, e atingiu o seu máximo há cerca de 70.000 anos atrás, formando a moreia de Ronkonkoma, em Long Island. Durante um período de calor retrocedeu e, posteriormente, avançou mais uma vez há 45.000 anos, chegando a Nova Iorque há cerca de 20.500 atrás, formando o Harbor Hill Moraine. Começou o seu retrocesso há cerca de 18.000 anos. Os cientistas estimam que em Nova Iorque a camada de gelo foi de 1.000 metros de espessura (nas Montanhas de Adirondacks terá tido mais de 5.000 metros de espessura e, talvez, 10.000 metros de espessura em Labrador).
Este manto de gelo teve um impacto não só na cidade de Nova Iorque mas também mais ao norte, já que foi responsável pelo aprofundar do leito do vale do Rio Hudson, transformando-o no fiorde glaciar mais meridional do Hemisfério Norte.
No Último Máximo Glaciar (LGM), há 22 mil anos atrás, os gelos terão ocupado uma área que ia desde o sudeste de Alberta, no Canadá, passando pelos Grandes Lagos (perto de Chicago) e até a costa leste. Na última Idade do Gelo, na glaciação Wisconsin, na ilha de Manhattan, o gelo chegava perto de Perth Amboy e Long Island. Só há 20 e 17 mil anos atrás, o gelo começou a recuar, expondo as superfícies rochosas glaciadas de Nova Iorque, algumas das quais hoje ainda preservadas no Central Park e ao longo da ilha de Long Island.
Os rios Connecticut e Hudson (em Nova Iorque) constituíam típicas paisagens proglaciares, com planícies de outwash e blocos de moreias que mais tarde dariam origem a Long Island. Os avanços e recuos sucessivos dos glaciares em Long Island deixaram uma série de moreias de retrocesso, nomeadamente em Sands Point, Oyster Bay, Northport e Stony Brook. Nesta altura, a água do mar estava presa ao gelo, o que resultou numa diminuição do nível do mar em cerca de 100 m. Toda esta paisagem foi então esculpida pelos glaciares, que quando recuaram deixaram moreias, lagos e lagoas, turfeiras, rios de água de fusão glaciar e vales, blocos erráticos e diversas morfologias de pormenor. No final da última Era Glaciar – Wisconsin – ocorreram mudanças climáticas extremas e registou-se um aquecimento global desde há 10.000 anos. A vegetação mudou e tornou-se mais densa e exuberante. Nova Iorque e Long Island pouco mudaram desde os tempos em que os glaciares por aqui estiveram (pelo menos em termos geomorfológicos). Mas, em termos humanos, a cidade viu crescer prédios gigantescos que mascararam a sua história glaciar. No entanto, em Central Park tudo está disponível para ser analisado pelos olhos mais atentos. As jovens raparigas correm nos trilhos do parque e descansam encostadas aos blocos erráticos transportados há milhares de anos pelo gelo glaciar desde o Árctico; os namorados trocam promessas de amor eterno sentados nas rochas aborregadas, deixando mensagens de amor gravadas na rocha polida; as crianças brincam nos sulcos glaciares expostos nas rochas; famílias conversam e brincam nas margens dos lagos glaciares. Muito mudou em termos humanos em Nova Iorque, mas em termos geológicos, Nova Iorque continua a ser um testemunho fiel dos glaciares e do seu poder intemporal.
4. Visitar o MUSEU GUGGENHEIM em Nova Iorque
Logo ao lado, o Museu Guggenheim tem uma colecção impressionante de arte moderna e contemporânea, mas o edifício em si, criação do famoso arquitecto Frank Lloyd Wright, é motivo suficiente para passar por lá. Este será um dos melhores dias da sua viagem Nova Iorque.
Situado na 5ª Avenida, junto ao Central Park em Nova Iorque, MUSEU GUGGENHEIM, o museu é mais famoso pelo edifício que alberga as obras de arte, do que propriamente pelas últimas.
Apesar de ter uma colecção impressionante de arte moderna e contemporânea, a verdade é que a criação do famoso arquitecto Frank Lloyd Wright domina as atenções dos visitantes, tanto no exterior, com a sua original fachada, como no interior, com a rampa em espiral que permite aos visitantes ter uma visão das obras de arte nas paredes ao longo da descida, mas também do resto do museu. Mais uma vez, aproveitámos o período de donativo sugerido, Sábado após as 17.45 h, para visitar o museu Guggenheim. Ou seja, pode visitar-se uma obra-prima da arquitectura e apreciar uma colecção de arte única por… 1USD/pessoa! Claro que não fomos os únicos a ter esta brilhante ideia… A fila dava a volta a dois quarteirões quando chegamos ao Guggenheim! Lá tivemos de esperar pacientemente pela nossa vez de entrar em tão original e belo edifício…
Lá dentro, uma exposição de impressionismo e pós-impressionismo captava as atenções dos visitantes. Os funcionários do Guggenheim tentavam manter a ordem e a proibição de tirar fotos dentro do museu (com excepção do átrio ao nível do piso térreo). Mas sem grande eficácia…
Uma das atracções do museu Guggenheim, alguns quadros de Picasso, referem-se a diferentes períodos desse genial pintor. Por exemplo, “Mulher com cabelo amarelo”, uma bela representação por Picasso da sua amante.
Conclusão: se não tem tempo para visitar o museu Guggenheim no período em que é mais barato, e se não quer gastar mais dinheiro, no mínimo venha tirar fotos da fachada num dia de sol, e dê uma espreitadela ao átrio, à rampa em espiral e à cúpula de vidro e depois volte a sair! Vai ver que vale a pena…
Dados práticos:Horário:
- Domingo a Quarta-Feira, Sexta-Feira 10.00-17.45 h
Sábado 10.00-19.45 h
Quinta-Feira fechado - Preço: 22 USD; donativo sugerido, Sábado, 17.45-19.45 h
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TERCEIRO DIA VIAGEM NOVA IORQUE
1. Ouvir o som do Gospel no BAIRRO DE HARLEM em Nova Iorque
Comece o dia pelo bairro de Harlem, dominado pela cultura afro-americana, mas também com forte presença de outras culturas. Se for Domingo, não perca a oportunidade de assistir a uma missa numa igreja baptista Gospel, e deixe-se levar pelo ritmo das canções, danças e palmas.
Não, não estou dentro de um cenário de um filme. Não, isto não é ficção. Esta gente canta e dança de forma entusiasta e o ritmo afro acaba por me contagiar. Até eu já danço e canto dentro de uma igreja em Harlem. Não, isto não é um filme.
O bairro de Harlem é um dos maiores bairros de Manhattan, em Nova Iorque. Dominado pela cultura afro-americana, este bairro residencial tem casas de estilo holandês já que foi criado por emigrantes holandeses que vinham da vila de Haarlem. No entanto, a Grande Depressão dos anos 20 e 30, provocou uma forte desindustrialização em Nova Iorque e os emigrantes holandeses foram abandonando o bairro e as taxas de criminalidade e de pobreza aumentaram significativamente. Na década de 40 a diversidade cultural do bairro aumentava. Aos afro-americanos, que desde o início do século chegavam em massa, juntavam-se os árabes, os persas, os europeus e mais recentemente os asiáticos. Hoje é um dos bairros residenciais mais baratos de Nova Iorque e de Manhattam albergando grandes comunidades de emigrantes, especialmente afro-americanos.
A população residente nesta área da cidade continua a ser carenciada, sendo que praticamente 40% dos seus residentes recebe ajudas do Estado americano. As taxas de desemprego e de mortalidade são o dobro das registadas no resto da cidade de Nova Iorque e, a criminalidade, dominada por gangs inspirados na máfia italiana, também é mais elevada. No entanto, a qualidade de vida tem vindo, progressivamente, a melhorar apesar do bairro continuar a ser um gueto social na cidade.
Apesar das dificuldades sociais e económicas que a sua população enfrenta, Harlem, pela sua diversidade étnica, é um dos bairros mais característicos da cidade. Há várias mesquitas, igrejas e sinagogas espalhadas pelo bairro. Dominado por uma maioria negra (no ano 2000 70% da população era negra), a religião e as manifestações religiosas dominam a vida cultural da cidade e transformam o bairro nas manhãs de domingo. Maioritariamente cristãos, Harlem tem mais de 400 igrejas, especialmente Baptistas, Metodistas, Episcopais e Católica Romana. Aos domingos de manhã, as missas das igrejas baptistas Gospel recebem os fiéis, que se vestem a preceito, e alguns turistas. Só há duas condições para assistir à missa: participar e não tirar fotografias. Ora bem, com estas condições aceites, foi isso que fizemos. Escolhemos uma igreja local, onde por coincidência o pastor é candidato a senador do Estado de Nova Iorque. Enfrentamos quase uma hora de fila para entrar na igreja mas valeu a pena.
A cerimónia é bastante descontraída, com música, canto e dança e demorou quase duas horas. Começou com várias canções interpretadas por um coro de população branca e negra, a que se seguiu um discurso entusiasmado do pastor e várias intervenções da plateia. Na parte final da cerimónia todos cantam, batem palmas e dançam. A igreja vai mesmo ao rubro. Nós, como aceitamos participar na cerimónia, fizemos aquilo que vimos fazer: cantamos, batemos palmas e dançamos em Harlem. Não, isto não era um filme, mas se eu não tivesse visto e participado, eu também não acreditaria.
2. Um passeio para visitar CHINATOWN em Nova Iorque
Chinatown é um dos bairros tradicionais mais emblemáticos de Nova Iorque. Aventure-se pelas ruas onde se joga Ma Jong e se faz Tai Chi, e coma comida chinesa.
A cidade de Nova Iorque é profícua em bairros que são autênticos enclaves étnicos. O mais emblemático destes é Chinatown.
Quase todas as cidades europeias e norte-americanas têm a sua próprio Chinatown, mas o que diferencia a Chinatown nova-iorquina das restantes é a sua dimensão e o seu carácter. Estima-se que vivam mais de 200 000 chineses em Chinatown, distribuídos por andares e apartamentos densamente povoados, onde praticam a sua cultura e modo de vida, com língua própria e hábitos bastante distintos do resto dos habitantes de Manhattan. Por aqui, grande parte da população não fala inglês; o mandarim é a língua-mãe, falada e escrita, quer nas lojas, quer nos supermercados ou restaurantes. Nos parques joga-se gamão, Ma Jong e faz-se Tai Chi.
Não poderíamos passar pelas ruas estreitas e apinhadas de Chinatown sem fazer compras e experimentar um prato de comida chinesa.
Num supermercado chinês encontro aquilo que tanto procuro: cogumelos negros chineses (desidratados), noodles (a sério) e nozes caramelizadas. Se pudesse levava metade desta loja; adoro os sabores da comida chinesa. Infelizmente, na minha mochila não cabe tudo, por isso, restrinjo-me aos três itens da minha lista.
Entretanto, entramos num restaurante local. Eis as provas de que aqui a comida é típica: a maioria dos clientes é asiática e o restaurante (que parece uma tasca) está cheio. Só poderia ser um sucesso. E foi!
Os dumplings são considerados os melhores da cidade e, na verdade, não desiludem. “Desbravamos” um prato de gambas com molho de ostra e frango agridoce. E que maravilha! Comemos tanto que saímos de lá com as barrigas a abarrotar. Tivemos que dar mais um passeio pelo bairro para fazer a digestão e, tal como os chineses, não nos faltou vontade de abrir as calças e pôr a barriga de fora. Manifestações culturais que temos aprendido com as nossas viagens ao oriente mas que ainda não assimilamos ao ponto de as recriar. Quem sabe um dia!
3. Visitar SOHO, um bairro nova-iorquino com muito estilo e glamour
Deambule também pelas ruas do Soho, um bairro chique, declarado como zona histórica na década de 70, e com um estilo arquitectónico ímpar, dominado pelos edifícios de ferro forjado.
Quando ouvi falar no Soho nova-iorquino imaginei logo um lugar tipo Soho londrino, com góticos, drag queens e mulheres e homens vestidos de forma exuberante. Afinal, não! O Soho nova-iorquino é um bairro chique, com jovens glamorosos e com um estilo arquitectónico ímpar. O bairro homólogo londrino ganha em emoção, mas este é muito mais calmo.
Bem perto de Chinatown, o bairro de Soho é a maior concentração do mundo de edifícios de ferro forjado construídos no século XIX e início do século XX, especialmente na Canal Street e na Greene Street. Nesta altura, posterior à Guerra da Secessão, esta zona de Nova Iorque era a área comercial de excelência da cidade. Os edifícios apresentam um estilo revivalista neoclássico e constituem peças arquitectónicas raras de arte industrial. Soho é um bairro que testemunhou a história de Nova Iorque e, tal com outros, tem gravado nas suas paredes décadas de mudanças da urbe que encanta o mundo.
Em alguns dos edifícios os pormenores são verdadeiramente impressionantes, com degraus das escadas em ferro que apresentam vidros encrostados de forma a permitir a entrada de luz natural na cave.
Com a decadência desta parte histórica da cidade, em detrimento de uma nova baixa e bairro financeiro, o Soho foi sendo abandonado e foi ocupado por jovens vanguardistas e artistas que conseguiram salvar 26 quarteirões da destruição eminente, com a declaração do bairro como Zona Histórica na década de 70.
Esta situação implodiu numa especulação imobiliária e os preços dos alugueres subiram em flecha, entrando a moda e o luxo em força no bairro. A maioria dos edifícios alberga hoje lojas modernas e específicas, com produtos gourmet, roupas de estilistas famosos, hotéis de luxo e escritórios.
4. Visitar o bairro de LITTLE ITALY em Nova Iorque
Andando pelas ruas estreitas e empedradas da Pequena Itália (Little Italy) em Nova Iorque é como se viajássemos na Europa. Esta área da cidade, completamente distinta do resto de Nova Iorque, está repleta de escadas de incêndio exteriores do século passado. Mas, o que caracteriza verdadeiramente este bairro, que hoje se resumo a pouco mais de duas ruas estreitas, são os sons e cheiros da cozinha e da cultura italiana que emanam dos restaurantes que nos cercam.
O bairro ganhou notoriedade com o festival de San Gennaro, em setembro, mas hoje atraí visitantes todo o ano que procuram os seus restaurantes, pizzarias e bons vinhos mediterrâneos.
Little Italy está hoje quase em extinção. Sobra muito pouco do tradicional bairro italiano. O bairro que outrora se estendia de Mulberry Street até ao sul de Canal Street, passando por Kenmare St, Lafayette e Bowery, hoje encontra-se a perder lugar para Chinatown que cresce a um ritmo alucinante e ocupa a área tradicional italiana. Infelizmente, na actualiade, os restaurantes italianos já se misturam com restaurantes e lojas chinesas e o bairro começa a perder identidade. Nova Iorque é isto. É esta diversidade cultural, esta herança que se sente nas ruas, nas lojas, nas cores, nos cheiros e na comida. Little Italy é apenas um dos bairros noviorquinos que testemunharam a diáspora de grupos de emigrantes que vieram da Europa em busca do sonho americano. Muitos conseguiram encontrá-lo. Outros não. Os sonhos vivem nestas ruas, ainda.
5. O STATEN ISLAND FERRY, o melhor cruzeiro gratuito de Nova Iorque
Ao final do dia, não perca a viagem de ferry até Staten Island, grátis e a funcionar 24h/dia. Parta de South Ferry, junte-se aos locais que se deslocam em trabalho, e admire a silhueta de Manhattan com as cores realçadas pelo sol poente.
Nova Iorque não é uma cidade barata, to say the least… Não é fácil encontrar nesta cidade experiências que deixem a sua marca nas nossas memórias mas que não danifiquem a carteira. Mas não há regra sem excepção… Ou excepções! E uma das principais é a viagem de ferry até à Staten Island, um dos cinco distritos em que está dividida a cidade, sendo os outros Manhattan, Bronx, Queens e Brooklyn.
Os dias que tivemos em Nova Iorque foram totalmente dedicados a Manhattan, e as duas únicas duas vezes que nos aventuramos fora dessa ilha foram ambas para admirá-la de longe! Uma, em Brooklyn, e a outra no ferry para a Staten Island.
Em termos, de relação qualidade/preço, nada melhor: a viagem é grátis! Partindo de South Ferry, este transporte serve tanto os locais, que se deslocam em trabalho, como os turistas que querem conhecer outro distrito de NY, ou apenas, como nós, ir e voltar para admirar as águas da baía de Hudson e a silhueta de Manhattan. E em termos de horário, não há que enganar: o ferry funciona 24h/dia!
A partida e chegada a Manhattan é feita no seu lado leste, permitindo também observar a ponte de Brooklyn e a partida e chegada de helicópteros que sobrevoam a cidade com turistas. Aliás, esta viagem pode muito bem ser o complemento ideal a uma visita à parte leste de Lower Manhattan. É aconselhável fazer a viagem ao final da tarde, quando o sol poente realça as cores dos edifícios e Manhattan parece ficar em brasa.
Staten Island merecia mais do que a nossa fugidia permanência de alguns minutos entre desembarcar de um ferry e embarcar noutro? É provável que sim. Mas quando se tem tempo limitado numa viagem, há que fazer escolhas. E o que ficou por ver agora poderá, quem sabe, ser visto no futuro. Por agora, deliciamo-nos com as vistas de Manhattan, e agradecemos aos deuses por o tempo maravilhoso que nos tem acompanhado neste nosso périplo por NYC.
6. Subir ao topo do EMPIRE STATE BUILDING em Nova Iorque
À noite, contemple o skyline nocturno da metrópole do topo do Empire State Building.
A cidade que nunca dorme ganha um encanto especial ao cair da noite. As luzes começam a acender-se; o vento sopra mais frio nas avenidas; as pessoas saem à rua com roupas exuberantes. O glamour parece passear-se nas avenidas de Nova Iorque.
Há inúmeros lugares para admirar o skyline nocturno desta metrópole, mas nenhum será mais emblemático do que o topo do Empire State Building, com 102 andares que se erguem no céu como um tótem para o mundo.
Construído em 1931, na altura da Grande Depressão americana, o edifício que é hoje o símbolo do capitalismo nova-iorquino, esteve quase condenado à falência. Ninguém queria alugar os seus espaços e o edifício chegou a ser apelidado de “Empty State Building“. Até que alguém teve a ideia de converter o seu topo em observatório, rentabilizando o investimento e atraindo empresas multinacionais e americanas para o seu espaço.
Apesar das vistas do topo serem “breathtaking” (como dizem por aqui), alcançar o “cume” é tarefa difícil. Adquirimos os bilhetes através da internet e, mesmo assim, estivemos quase duas horas na fila para conseguir chegar até ao afamado 86º andar, onde um observatório permite uma vista panorâmica de 360º sobre a ilha de Manhattan, Brooklyn, Newark, Queens e Bronx.
Optamos por subir ao observatório à noite (porque já tínhamos subido ao Top of the Rock durante o dia), embora a ideia inicial fosse apanhar o pôr-do-sol. Infelizmente não conseguimos já que não contávamos com duas horas de fila mesmo tendo já os bilhetes adquiridos.
A vista, essa não desilude. Nem por um segundo. O vento era muito intenso e as pessoas quase corriam para tirar fotografias. As temperaturas que durante o dia tinham andado à volta dos 20º C, baixaram nessa noite para 3º C e o vento parecia cortar a cara e fazia os olhos chorar. No entanto, tudo isso passou. Serão memórias fugazes que provavelmente o tempo apagará.
O tempo tem a bênção de nos fazer esquecer aquilo que nos chateou e realçar as coisas boas da vida. E, vista daqui, Manhattan é, claramente, uma imagem muito positiva da vida. É uma obra da engenharia e da arquitectura moderna. É a marca do Homem neste planeta, cada vez mais humanizado. É, talvez, uma manifestação da força do Homem sobre os condicionalismos naturais. Mas, aqui em cima e, sentindo a força do vento, é fácil de perceber que não são só as memórias que serão fugazes. Também estas construções e cidades o serão. Como será Nova Iorque daqui a 100 ou 200 anos? Ainda estará aqui o Empire State Building?
QUARTO DIA VIAGEM NOVA IORQUE
1. Visitar BROOKLYN, ou melhor, Manhattan vista de Brooklyn
Comece o dia dando um salto a Brooklyn, onde, a poucos minutos a pé da estação de metro de High Street, se encontra um parque onde se tem a paisagem mais fotografada de Manhattan. Volte para a city cruzando a pé a famosa ponte de Brooklyn.
Em que outra cidade seria possível ver uma ruiva esbelta entrar num Ferrari? Ok, podiam ser muitas… E se esse Ferrari estiver estacionado por baixo de uma ponte que faz parte do nosso imaginário? Está bem, ainda podiam ser algumas… Mas e se, como pano de fundo, tivéssemos o skyline mais famoso do mundo e esse Ferrari (e a ruiva) fizessem parte das filmagens da série de TV Unforgettable? Então, só podia ser Nova Iorque e Brooklyn!
Os poucos dias que tivemos para visitar Nova Iorque não nos deixavam margem de manobra. Teríamos de deixar os outros distritos da cidade para uma próxima oportunidade, e explorarmos apenas Manhattan. E já seria tarefa de monta… Mas não podíamos deixar de dar um saltinho a Brooklyn, nem que fosse só para dali olhar em direcção a Manhattan!
Sendo assim, apanhamos o metro e saímos na primeira estação depois de cruzar (subterrâneamente) o rio East (noutro dia ainda haveríamos de o cruzar, desta vez por cima de água, pela ponte Manhattan, podendo desta vez observar a ponte de Brooklyn com os arranha-céus de Lower Manhattan como pano de fundo).
A poucos minutos a pé da estação de metro de High Street, encontra-se um parque onde podemos encontrar pessoas a fazer jogging, mas onde ninguém olha para as pessoas, pois todos os olhares se concentram na paisagem do outro lado do rio. Com a ponte de Brooklyn do lado direito e Lower Manhattan mesmo em frente, é o local quase perfeito para a foto da praxe. E de manhã, de preferência, quando o sol brilha nas nossas costas, em direcção às janelas espelhadas dos edifícios em frente.
É possível também ter outra perspectiva caminhando um pouco para montante, passando por baixo do tabuleiro da ponte. Aí tem-se a oportunidade de fotografar a ponte em grande plano, com Manhattan por trás, e foi aqui que demos de caras com a equipa de filmagens em pleno trabalho. Mais um momento Kodak! (agora que esta companhia já não existe, se calhar seria mais apropriado dizer “um momento Canon“!)
Regressamos a Manhattan, a pé, claro! Não podíamos deixar de percorrer esta ponte, que é um ícone dos EUA. Completada em 1883, ligou duas cidades que mais tarde se uniriam, e era na altura a maior ponte de suspensão do mundo, a primeira a ser construída em aço. Hoje é uma das imagens mais propagadas pelo cinema e TV, e mesmo aqueles que nunca pisarão solo americano, conhecem-na de vista. Para percorrer o tabuleiro, usa-se uma passagem central elevada, mas toda a atenção é pouca para navegar no meio do tráfego de peões e ciclistas! A ponte faz jus a toda a sua fama e é um prazer percorrê-la de lés a lés, indo acabar junto à City Hall.
É certo que Brooklyn terá muito a mostrar (basta notar que se fosse uma cidade por si só, seria a quarta maior do país!), e por isso ficamos em dívida para com ela. Pousamos lá o pé só para admirar a ilha vizinha e não ficamos para visitar as suas atracções. No entanto, ainda tivemos tempo de provar uma pizza maravilhosa no famoso restaurante Juliana’s!
Mesmo assim, teremos de regressar para fazermos justiça a Brooklyn… Ou seja, uma boa razão para voltarmos!
2. Visitar LOWER MANHATTAN e conhecer a história de Nova Iorque
Visite depois o distrito financeiro da cidade, na ponta da ilha, a área de Lower Manhattan. Naquela que é a capital financeira do mundo, é a zona emblemática desse poder. Admire as sedes das grandes instituições financeiras, percorra a famosa Wall Street, mas não se esqueça dos poucos edifícios históricos que restam, como as igrejas de Trinity Church e a St. Paul’s Chapel. No lado leste de Lower Manhattan, dê um passeio à beira rio, e aproveite o movimento do heliporto, dos cais de embarque de ferry e do South Street Seaport, um complexo de lojas e restaurantes junto ao rio. Por fim, preste um tributo às vítimas do acontecimento que marcou a história recente da cidade, e visite o incontornável 9/11 Memorial & Museum. Este será um dos dias com os maiores pontos altos a visitar numa viagem Nova Iorque.
A grande metrópole tem muitas e distintas faces. Mas para o visitante que percorre as suas ruas, muita da sua história permanece incógnita, pois tal como os arranha-céus escondem o sol dos transeuntes, os incêndios e as fundações dos novos edifícios apagaram para sempre as marcas da história da cidade. Lower Manhattan é um desses lugares na cidade.
Não existem assim muitos edifícios históricos (pré-séc. XX), e ainda menos da época colonial, mas é possível visitar pontos de interesse relativos a este período, como por exemplo algumas casas históricas em Staten Island, ou o Museu da casa de Van Cortlandt, em Bronx, que chegou a ser usada como quartel-general de George Washington. Ou então, passar pelo Museu da Cidade de Nova Iorque, ele próprio alojado numa mansão do período colonial.
Na verdade, Nova Iorque começou por ser Nova Amesterdão! Em 1625, foi fundado um entreposto comercial pelos holandeses na ilha de Manhattan, cujo extremo sul tinha sido desflorestado pelos nativos, sendo que alguns nomes actuais revelam a origem holandesa da sua fundação, como Harlem. Neste período a cidade estendia-se até ao que é hoje Wall Street, chamada assim pois era adjacente a um muro construído para defender a cidade de ataques dos nativos. Mas o negócio de peles não rendeu o esperado e a cidade foi passada para os ingleses em 1664, que lhe mudaram o nome para Nova Iorque (New York), e este nome perdurou mesmo após o fim do domínio inglês.
Durante o domínio colonial inglês a cidade prosperou, e antes da revolução, era já a segunda maior das 13 colónias com cerca de 20 mil habitantes. Ao longo dos séculos XVIII e XIX, a cidade impôs-se como a maior metrópole do novo país constituído pelos Estados Unidos da América, sendo que 70% das indústrias estavam aí sedeadas e o seu porto era responsável por dois terços do tráfego de bens importados pelo país. O fluxo de emigrantes à cidade era impressionante, e os mais desafortunados viviam em condições miseráveis nos bairros de lata de Lower Manhattan (entretanto, as classes ricas tinham-se deslocado mais para norte, para uptown).
No século XX, e principalmente no período pós Grande Depressão e pós Segunda Guerra Mundial, a cidade estabeleceu-se como a capital financeira do mundo e Lower Manhattan como a zona emblemática desse poder, com direito a um conjunto de edifícios convenientemente denominado World Financial Center. O bairro tem o skyline mais conhecido do mundo, que pode ser apreciado de Ellis Island, ou no Staten Island ferry, ou ainda do outro do rio, em Brooklyn.
Os poucos edifícios históricos que restam, vivem à sombra dos arranha-céus, como a Trinity Church, que data de 1846, e a St. Paul’s Chapel, a única igreja sobrevivente do período colonial.
Do seu lado Este de Lower Manhattan, o heliporto, os cais de embarque de ferry e o South Street Seaport, um complexo de lojas e restaurantes junto ao rio, rematam esta zona da cidade e permitem um passeio à beira rio ou então, para os mais endinheirados, um passeio de helicóptero para desfrutar do skyline visto de cima. E os helicópteros não param…
Desde bancos internacionais e nacionais, como o Banco de Nova Iorque (criado por Alexander Hamilton em 1784 aquando da fundação da nação) ou o Banco Morgan, passando pela Bolsa de Valores (fundada em 1817) e o Banco da Reserva Federal (com o seu famoso cofre-forte subterrâneo que guarda a reserva nacional de ouro), até às agora famigeradas agências de notação financeira, toda a instituição financeira que se preze tem aqui a sua sede ou pelo menos uma vistosa representação.
Todas as crises mundiais, sendo a mais recente de 2008, mas também os períodos de expansão económica, têm como imagem de marca o bairro de Lower Manhattan desta grande cidade.
Muito aconteceu desde que os mercadores holandeses compraram a ilha aos nativos por uns míseros artigos de quinquilharia, mas a sua génese mercantil e especulativa está bem de acordo com aquilo em que se tornou. Se alguém tem dúvidas onde trabalham os donos do mundo, visitem Lower Manhattan e ficarão esclarecidos. E quer se acredite, ou não, é aqui que se joga o futuro, também, do nosso pequeno país à beira mar plantado.
DICA de viagem Nova Iorque: Às terças-Feiras, a partir das 16.00h, são distribuídos bilhetes de admissão grátis, por ordem de chegada. Mas prepare-se para longas filas.
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QUINTO DIA VIAGEM NOVA IORQUE
1. VISITAR A ONU – Aprendendo na sede das Nações Unidas em Nova Iorque
No último dia em NYC, dedique-o à cultura. Aproveite para visitar a sede da ONU. A visita guiada tem de ser marcada com algumas semanas de antecedência, mas vale a pena, pois é extremamente informativa e detalhada.
Num dos dias que passamos em NYC fomos visitar a sede da ONU – Nações Unidas. Tivemos que marcar a visita às Nações Unidas com mais de duas semanas de antecedência, mas vale mesmo a pena. Pagamos 18$ mas a visita é extremamente informativa e detalhada, fazendo com que o preço a pagar seja justo.
A visita às Nações Unidas demora cerca de 1 hora a percorrer os organismos da ONU que funcionam em Nova Iorque, ou seja todos com excepção do Tribunal Internacional de Justiça que tem sede em Haia, na Holanda. Sendo assim, é possível visitar na sede da ONU a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Económico e Social e o Conselho da Tutela.
A sala do Conselho de Segurança da ONU é o espaço mais emblemático do edifício, quer pelo simbolismo que acarreta, quer pela beleza. Este é o único organismo da ONU com poder vinculativo e com responsabilidade na manutenção da paz e da segurança entre os países do mundo. Infelizmente, o poder de veto dos EUA, China, Rússia, França e Reino Unido tem sido um dos entraves à paz mundial, nomeadamente na Síria, na Palestina, no Tibete ou no Darfur.
Há uma exposição sobre as forças de Manutenção de Paz da ONU, os chamados Capacetes Azuis, e é possível ver onde existem tropas espalhadas pelo mundo e a forma como operam no terreno.
Infelizmente não conseguimos entrar na Assembleia Geral das Nações Unidas porque estava em obras de remodelação. Estará pronta apenas em Outubro deste ano. Não entramos na Assembleia Geral mas entramos no Conselho Económico e Social (onde decorria uma sessão sobre ajuda ao desenvolvimento e por isso não se podiam tirar fotografias) e ao Conselho da Tutela. O Conselho de Tutela suspendeu operações a 1 de Novembro de 1994, com a independência de Palau, o último território sob tutela das Nações Unidas. O tour foi orientado por um elemento peruano a trabalhar na ONU e, à medida que íamos progredindo no edifício ele ia explicando o funcionamento desta organização. Muito interessante foi fazer a visita com um grupo de estudantes universitários de Puerto Rico (território sob administração norte-americana) e que deixaram bem claro que essa não é a vontade da sua população, tornando-se claro que a ONU não consegue dar resposta a esse tipo de problemas.
À medida que andávamos o guia peruano ia-nos apresentando alguns dos projectos das Nações Unidas. A ONU, através da UNICEF, envia ajuda aos países carenciados de apoio à educação. Trata-se de uma “mala escola”, no valor de 280$, que possui material suficiente para criar uma sala de aula para 40 crianças. Sabiam que todos podemos contribuir através do site da UNICEF? Eu não sabia. Achei uma ideia muito boa para envolver os alunos do ensino secundário na ajuda ao desenvolvimento.
No final da visita às Nações Unidas está patente uma exposição sobre o Genocídio do Ruanda. Os testemunhos escritos são surpreendentes e muito chocantes. Este ano, no dia 6 de Abril, assinalaram-se 20 anos do início do massacre dos Tutsis no Ruanda. Infelizmente, depois deste muitos se seguiram (embora em menor escala) mas o mundo ainda não conseguiu encontrar uma forma de resolver estes e outros conflitos. Lembro que no Ruanda foram mortas 800 000 pessoas (tutsis e hutus moderados) em cerca de 3 meses.
Não resistimos a partilhar convosco um dos testemunhos na exposição sobre o Ruanda, na ONU. Convém nunca esquecer do que o ser humano é capaz de fazer ao seu semelhante.
No recinto exterior da ONU existem várias esculturas oriundas de diversas partes do mundo. No entanto, um dos monumentos mais interessantes é um pedaço do muro de Berlim.
Aqui aprende-se.
2. Um passeio por MIDTOWN MANHATTAN em visita a Nova Iorque
Explore Midtown, e maravilhe-se com a grandiosa estação de caminhos-de-ferro de Grand Central Terminal (GCT), considerada a maior estação do mundo. Perto, visite a New York Public Library, fundada em 1895, e a maior biblioteca pública dos EUA. Outra biblioteca, inteiramente de origem privada, é a belíssima Morgan Library & Museum, originalmente a biblioteca pessoal de J.P. Morgan Jr., transformada num museu localizado na antiga casa do banqueiro.
Uma das vantagens de se ter um apartamento em Midtown Manhattan (nem que seja partilhado e apenas por uns dias!) é que nos permite estar perto de muitas das atracções daquela parte da cidade. Da janela do nosso quarto víamos o Empire State Building, ali mesmo ao lado, e estávamos a uma distância a pé de muitos pontos de interesse. Por isso, num dos dias em Nova Iorque, resolvemos explorar Midtown a pé.
Primeiro, a grandiosa estação de caminhos de ferro Grand Central Terminal (GCT), um espectacular edifício, com uma estrutura de aço mas revestido a gesso e mármore, faz lembrar os tempos gloriosos em que o comboio era o meio de transporte mais eficaz e mais glamoroso. Os transportes propriamente ditos ficam-se pelos níveis subterrâneos, mas o Salão Principal (Main Concourse), com as suas enormes colunas e três grandes janelas, quase nos faz esquecer que estamos numa estação. E o tecto com constelações pintadas acrescenta ainda mais ao cenário de sonho.
A melhor perspectiva é aquela que se tem das escadarias, mas vale a pena deambular um pouco pelo espaço e admirar o rebuliço das pessoas que passam constantemente em todas as direcções. A estação serviu a Amtrak, a empresa estatal federal de transporte ferroviário até 1991, ano em que este serviço mudou para a Pennsylvania Station, localizada por baixo do Madison Square Garden (e onde ainda passaríamos na nossa viagem de comboio de Boston para Filadélfia). Ainda assim, a GCT é considerada a maior estação do mundo, com 44 plataformas.
Perto, podemos visitar a New York Public Library, fundada em 1895, e a maior biblioteca pública dos EUA. Compreende um vasto sistema de filiais e centros de investigação, que se estendem por toda a cidade. É financiado (desde o seu início) tanto por fundos privados como públicos e tem hoje uma colecção de livros, filmes, periódicos, etc, de mais de 50 milhões de itens.
O interior do edifício é por si só uma boa razão para se visitar, mesmo que não se vá usufruir dos serviços da biblioteca. Para além das salas principais de leitura, é possível visitar salas mais pequenas, dedicadas a temas mais específicos.
Outra biblioteca, desta vez inteiramente de origem privada, é a Morgan Library & Museum, antes conhecida por Pierpont Morgan Library. Construída no início do século XX, começou por ser a biblioteca pessoal do banqueiro J.P. Morgan Jr., que a tinha herdado de seu pai, Pierpont Morgan, e que a transformou em instituição pública em 1924. É uma colecção notável de livros, impressos e manuscritos, ilustrações e manuscritos pessoais e musicais, que se pode visitar num museu restaurado e expandido, que tem como base a antiga casa do banqueiro. Simplesmente, linda!
A maior atracção será talvez a Bíblia de Gutenberg (1455), mas para mim o maior prazer é simplesmente apreciar o ambiente, sentir o cheiro de livros antigos e apreciar a beleza das estantes cheias de livros. No escritório pessoal do banqueiro pode ainda espreitar-se o cofre-forte onde ele guardava os livros mais raros (e preciosos).
J.P. Morgan, financiou a Primeira Guerra Mundial, a recuperação da Alemanha falida e destruída, e ainda a ascensão de Mussolini. É assim a imagem perfeita daqueles poucos que, nos bastidores, mexem os cordelinhos do poder e ganham independentemente do curso da história (pelo menos, a maior parte das vezes!). Não terá assim a melhor e mais simpática aura a ele associada… No entanto, o mesmo homem foi capaz de ter a visão e a sensibilidade de nos deixar como legado uma colecção de livros únicos, como património da humanidade e para a humanidade. Pode dizer-se que, se não há bela sem senão, também não haverá monstros sem senão… E ainda bem!
3. Uma visita à Universidade de COLUMBIA em Nova Iorque
Situado a norte de Central Park, o campus da Universidade de Columbia estende-se por vários quarteirões e compreende um complexo de edifícios, históricos e modernos. Data da viragem do século, mas este é o terceiro local de uma universidade que foi fundada pelos ingleses como King’s College, em 1754, e por isso é uma das universidades mais antigas do país.
Distingue-se particularmente pelos departamentos de direito, medicina e jornalismo e, entre os seus antigos alunos e corpo docente, contam-se mais de 50 prémios Nobel. Faz parte do grupo selecto, denominado Ivy League, que compreende as 8 mais ricas e mais respeitadas universidades dos EUA. As outras são (da mais antiga para a mais recente): a Universidade de Harvard (Cambridge, Massachussets), Universidade de Yale (Hew Haven, Connecticut), Universidade de Princeton (Princeton, New Jersey), Universidade de Pensilvânia (Filadélfia, Pensilvânia), Universidade de Brown (Providence, Rhode Island), Dartmouth College (Hanover, New Hampshire), e Universidade de Cornell (Ithaca, Nova Iorque).
Por ali passaram os escritores mais emblemáticos da Beat Generation, como Jack Kerouac e William Burroughs; o primeiro, imortalizado pelo livro “On the Road”, sobre uma road trip nos EUA, e o segundo, pelo livro “Naked Lunch”, sobre as suas experiências com drogas (e que deu um filme de David Cronenberg).
Puxando a brasa à minha sardinha, por assim dizer, não devo deixar de mencionar que o maior físico teórico americano do século XX, um jovem prodígio de seu nome Julian Schwinger, também foi aluno na Universidade de Columbia, onde se doutorou com a provecta idade de 21 anos!
Quando lá passamos, era Domingo de manhã, por isso não pudemos apreciar a dinâmica estudantil, mas pudemos contemplar a arquitectura dos edifícios e a serenidade dos seus espaços, situados no meio da agitada Manhattan (e também vimos as cheerleaders a fazer um treino de corrida, por isso não se perdeu tudo!). O edifício mais emblemático da universidade é a Low Library, com a sua fachada colunada, e que serviu de pano de fundo às manifestações que aqui ocorreram na década de 60, contra a guerra do Vietname.
No entanto, o edifício mais belo talvez seja a St. Paul’s Chapel, construída em 1904, mas em estilo de outras épocas, nomeadamente, uma mistura de renascentista e gótico.
Mas a nossa ronda pelas grandes universidades americanas tinha apenas começado…
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Aconselha a comprar previamente os ingressos para os diversos museus e locais importantes a visitar?
Obrigada
Sim, sempre. Para evitar passar horas na fila.
Como comprar bilhetes para NBA madison square? Obg
Veja no Get Your Guide
Boa tarde. Gostaria de saber se é aconselhável comprar algum pass para visitar as principais atrações (que aconselham). Compraram algum? Qual? Obrigado.
Nós não compramos nenhum mas isso depende do que quiser visitar na cidade. Para nós não compensava.
olá, Carla.
Muito em breve irei finalmente conhecer Nova Iorque, li com muita atenção o seu roteiro e posso dizer que todos os lugares que falou fazem parte da minha lista..cant wait for..
Tenho uma dúvida em relação à internet e ao telemóvel. é necessário comprar algum cartão especial para ter acesso à net no telemóvel? o que me aconselha?
Obriga e boas viagens.
🙂
Olá Luz, na altura eu usei o wifi do alojamento e dos restaurantes. Não usei mais nada.
Nova York está super na minha lista e adorei todas as dicas, o post tá perfeito pra montar um roteiro na cidade.
Obrigada, Deisy. 😀
Sou louca para conhecer Nova York! Deve ser realmente maravilhoso. Um mundo totalmente diferente, louco, agitado e ao mesmo tempo, lindo! Já salvei seu roteiro nos meus favoritos pq sei que em breve ele será mto útil 😉 Obrigada!
Obrigada nós, Niki. 😀
Deste jeito eu não me aguento de vontade de conhecer logo esta cidade!
Tenho tanta expectativa sobre Nova Iorque que às vezes tenho medo de me decepcionar quando for… hehehe
Mas acho que não tem como, né?! Ainda mais porque ela faz o perfil de lugar que normalmente eu adoro!!
Dicas anotadas!
Abraço
Obrigada, Murillo.
oi Carla… voltei há pouco de Nova York onde passei 15 dias. Confesso que fui de muita má vontade, pois não tinha vontade alguma de visitar a cidade. Nunca foi um sonho, bem ao contrário disso. Circunstâncias me levaram até lá e acabei gostando muito. Fiz muito do que você sugere fazer na cidade e outras não. Algumas coisas que queria muito fazer, não tive tempo. Ficaram para uma próxima visita. 🙂 Nova York é sim uma cidade inesgotável!
Verdade verdadeira. 😀
Passei uma semana em NY ano passado, foi a segunda vez que fui. Já conheci bastante coisa e posso dizer que suas dicas e recomendações estão maravilhosas!!! Só coisa imperdível nesse post!
Obrigada, Adriana. 😀