Granada é uma das principais cidades da Andaluzia, a par com Sevilha, Málaga e Córdova, e um dos destinos turísticos mais procurados em Espanha. A principal atracção de Granada é Alhambra, um dos monumentos mais famosos da arquictetura islâmica e um dos mais bem preservados do mundo histórico islâmico, classificado como Património Mundial pela UNESCO. Alhambra é um conjunto de palácios e fortaleza que é o expoente do poder e riqueza de uma dinastia árabe que soube cultivar o desenvolvimento das letras, das artes, das ciências e do urbanismo, mas que se tornou também um símbolo daquele que foi o último reduto muçulmano na Península Ibérica, tomado pelas forças cristãs em 1492. Mas visitar Granada deve ser muito mais do que admirar Alhambra.
Granada detém muitas outras atracções que merecem uma visita mais prolongada e detalhada. O centro histórico de Granada exibe a grande Catedral de Santa Maria da Encarnação e a Capela Real onde estão sepultados os famosos “Reis Católicos”, assim como bairros históricos como Albaicín, o antigo bairro islâmico classificado pela UNESCO como Património da Humanidade (em conjunto com Alhambra) e Realejo, o antigo bairro judaico. Para além disso, Granada é a base para explorar a Sierra Nevada, classificada pela UNESCO como Reserva da Biosfera e destino de neve preferido dos espanhóis. Por tudo isto, visitar Granada é algo a não perder, quer seja numa escapadinha de alguns dias ou numa viagem mais prolongada pela Andaluzia.
CONTEÚDOS DO ARTIGO
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A História de Granada
Embora as origens de Granada se estendam, pelo menos, até ao século VII a.C., quando ali se encontrava um povoado ibérico, tendo sido ocupada posteriormente por cartagineses e romanos (quando era conhecida como Florentia), não há registos que Granada fosse na altura uma cidade importante, havendo vestígios arqueológicos a poucos quilómetros de uma cidade mais importante na época romana chamada Ilíberis ou Elvira. De qualquer forma, Florentia terá caído em ruínas no início da Idade Média, sendo que no século VIII a área da actual cidade de Granada estava despovoada. Mas a história de Granada mudaria para sempre com a invasão islâmica da Península Ibérica.
O Emirado de Al-Andalus
Em 711, a Península Ibérica foi invadida por tropas berberes do Califado Omíada (661-750), o segundo dos quatro sucessivos califados islâmicos estabelecidos após a morte de Maomé, cujos domínios se estendiam desde a Ásia Central até ao Norte de África, e que tinha Damasco como capital. Após uma vitória decisiva sobre o rei visigodo, Roderico, em menos de 10 anos os árabes ocuparam quase toda a Península Ibérica, atravessando inclusive os Pirinéus e ocupando uma parte do sul da França. A partir de então, a Península Ibérica tomaria o nome de “al-Andalus”, inicialmente subordinada à província norte-africana do Califado, pelo que, durante as primeiras décadas, os governadores de al-Andalus eram nomeados pelo emir de Kairouan (hoje Tunísia). Neste período de maior extensão, al-Andalus foi dividido em cinco unidades administrativas, correspondendo aproximadamente aos territórios actuais da Andaluzia, Castela e Leão, Navarra, Aragão e Catalunha, e Portugal e Galiza, tendo Sevilha sido declarada como capital em 715.
A antiga Granada islâmica
Desde a criação do Emirado de Córdova até à queda do califado homónimo que se lhe seguiu, ou seja, entre os séculos VIII e XI, a área da actual cidade de Granada esteve desabitada. A cidade importante na região no período entre 712 e 1012 continuou a ser a vizinha de Granada, Madinat Ilbira (Medina Elvira), de facto uma das cidades mais importante do al-Andalus. No entanto, o desmembramento do Califado de Córdova em reinos mais pequenos (designados “taifas”) daria origem à cidade de Granada. Em 1013, a Taifa de Granada era fundada como reino independente pelos Zíridas, uma dinastia berbere com base em Kairouan. O primeiro monarca zírida, Zaui ibne Ziri, fundou uma nova cidade, Medina Garnata (hoje Granada), abandonando Medina Elvira (que ficou despovoada por volta do ano 1020, caindo em ruínas) e anexando Málaga à Taifa de Granada. A partir de então, Granada entrava no seu período islâmico.
A reconquista cristã da Península Ibérica
Desde os primeiros tempos da criação do al-Andalus que a resistência cristã (visigoda) se fez sentir e, com os árabes envolvidos em disputas internas, entrou-se num longo processo (de mais de 7 séculos!), com avanços e recuos, que levou ao controlo progressivo da Península Ibérica pelos cristãos e possibilitou a fundação de novos reinos, como o Condado Portucalense e o Reino de Castela, precursores de Portugal e de Espanha. O ano de 1212 seria decisivo quando uma aliança de tropas cristãs sai vitoriosa da Batalha de Navas de Tolosa na Serra Morena. Portugal terminaria a sua reconquista em 1249 com a tomada de Faro e as vitórias dos castelhanos levariam ao desmembramento do Califado Almóada e à criação do Emirado Nacérida (ou Násrida) de Granada, que conquistaria Málaga em 1239 e se manteria como o último estado muçulmano independente da Península Ibérica até 1492.
O auge da Granada Násrida
O período áureo de Granada coincidiria com a dinastia Násrida, fundada por Maomé al-Nácer que se proclama emir e conquista Granada em 1238. Sob o domínio Násrida, Granada cresceu em área, população e riqueza, sendo erigida a cidade palaciana de Alhambra, aproveitando a existência de uma antiga fortaleza zírida. Para sobreviver como reduto muçulmano peninsular, Granada teve que procurar um equilíbrio de forças com Castela e com os muçulmanos do Norte de África, inclusive apoiando a tomada castelhana de Sevilha em 1248. Ao mesmo tempo, Granada servia de acolhimento aos refugiados muçulmanos que fugiam de todas as regiões peninsulares face ao avanço cristão. Neste clima de instabilidade quase permanente e de esforço de guerra, incrivelmente a riqueza e a grandeza da dinastia Násrida de Granada continuaram a produzir jóias arquitectónicas como o Generalife, do século XIV, casa de campo e descanso dos Reis de Granada.
A queda de Granada
No século XV, a expansão económica de Castela, lutas internas e falta de apoios do mundo árabe, levaram ao fim da Granada Násrida. A conquista do Reino Násrida de Granada foi iniciada em 1482 e, em 1491, quase todo o território násrida tinha sido conquistado, incluindo a tomada de Málaga em 1487 e o cativeiro (entre 1484 e 1487) daquele que viria a ser o último rei de Granada, Boabdil, e Granada encontra-se cercada. No entanto, Granada não seria tomada militarmente, mas mediante um processo de negociações que culminou a 25 de Novembro de 1491 com a assinatura das chamadas Capitulações de Granada, em que foi acordado um prazo de dois meses para a entrega da cidade. Esse prazo acabaria por não se esgotar, tendo a rendição de Granada ocorrido a 2 de Janeiro de 1492, quando Fernando e Isabel, os Reis Católicos, entraram na cidade e Boabdil partiu para o exílio. Diz a lenda que na sua caminhada, Boabdil parou para admirar Alhambra pela última vez, não evitando suspirar e chorar, e que sua mãe lhe terá dito: “chora como uma mulher, o que não soubeste defender como um homem.”
Granada cristã e o fim do Islão na Península Ibérica
O tratado de capitulação de Granada garantia um conjunto de direitos aos habitantes muçulmanos, incluindo tolerância religiosa e tratamento justo em troca da sua rendição (ao contrário dos judeus nativos, forçados a escolher entre a conversão ou a expulsão). Inicialmente, os conquistadores católicos implementaram e reforçaram os termos generosos do tratado, mas a posterior conversão forçada de muçulmanos levou a revoltas em Granada e a rebeliões baseadas nas montanhas vizinhas das Alpujarras. Os governantes católicos usaram estas revoltas como justificação para revogar os direitos dos muçulmanos garantidos pelo Tratado de Granada de 1491. Todos os muçulmanos de Granada foram posteriormente obrigados a converter-se ao catolicismo ou expulsos e, em 1502, as conversões forçadas aplicaram-se a toda Castela.
Os muçulmanos recém-convertidos eram conhecidos como “nuevos cristianos” ou mouriscos e, embora se tivessem convertido ao cristianismo, muitos mantinham os seus costumes e língua. Em 1567, um édito do rei Filipe II ordenou aos mouriscos que abandonassem os seus costumes, roupas e língua, levando a mais revoltas e a uma resposta ainda mais dura. Em 1609, a expulsão definitiva dos mouriscos foi decretada pelo rei Filipe III. Estima-se que, entre 1492 e 1610, cerca de 3 milhões de muçulmanos partiram ou foram expulsos de Espanha e, no final do século XVIII, o Islão e a identidade mourisca foram considerados extintos em Espanha.
DICAS PRÁTICAS PARA VISITAR GRANADA
Aqui ficam algumas dicas práticas para o ajudar na planificação da viagem e no terreno quando visitar Granada.
1. Como chegar a Granada
1.1. Viajar de avião para Granada
A forma mais rápida e eficiente de chegar a Espanha e a Granada é voar. Granada é servida por um aeroporto internacional, mas maioritariamente com ligações domésticas, e há voos para Granada a partir de Lisboa e Porto, com escala em Madrid ou Barcelona.
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DICA EXTRA – No nosso guia de viagem da Andaluzia contamos-lhe como pode ir do aeroporto para a cidade de Granada.
1.2. Onde deixar o carro quando visitar Granada
Para visitar Granada deixámos o carro estacionado no parque do aeroporto do Porto. Pode fazê-lo em qualquer aeroporto. Reservado online e com antecedência, fica mais barato.
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1.3. Chegar de comboio a Granada
Pode também chegar de comboio a Granada, com ligações ferroviárias a Madrid, Sevilha, Málaga, Barcelona e Córdova.
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2. Como deslocar-se quando visitar Granada
A cidade de Granada pode e deve ser explorada a pé, já que o seu centro histórico e bairros típicos são bastante compactos, mas Alhambra fica já um pouco longe, assim como outros pontos de interesse, por isso uma boa opção é usar o “mini-comboio” hop-on hop-off, com paragem nas principais atracções da cidade.
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3. Onde ficar em Granada
Granada é uma cidade que tem muitas e excelentes opções de alojamento, para todos os gostos e carteiras. Mas para escolher onde ficar em Granada é preciso saber quais são os bairros indicados, as suas vantagens e desvantagens, e os melhores alojamentos.
- Consulte o nosso artigo com todas as dicas sobre onde ficar em Granada, com os melhores bairros e alojamentos.
4. Seguro de viagem para visitar Granada
A IATI tem um seguro que é especial para viagens na Europa e ideal para visitar Granada, cobrindo actividades na Natureza. Para além disso, todos os seguros da IATI cobrem tratamento por contágio por coronavírus e essa informação consta do certificado da apólice. Sendo assim, este é claramente, o melhor seguro do mercado neste momento para visitar Granada.
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5. Internet em viagem
Quando visitar Granada, o acesso à Internet em qualquer lugar, sem estar dependente da rede de wi-fi dos hotéis e restaurantes, é algo que pode ser muito útil. Como Granada é espaço da UE, o seu tarifário nacional funciona, mas isso quer dizer que poderá gastar os seus dados de Internet muito rapidamente. Em alternativa, poderá assim optar por usar um cartão de dados de Internet em Granada, em particular um eSIM, um cartão SIM virtual global, que funciona usando redes de comunicações locais com as quais tem parceria. O eSIM tem também a vantagem de que não é necessário substituir o seu cartão no telemóvel, pois não é um cartão físico. Neste momento, o melhor cartão eSIM do mercado é o da Airalo.
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6. Visitar Granada numa excursão de um dia
Não é a melhor opção para visitar Granada, mas se estiver em Sevilha ou em Málaga, não deixe de visitar Granada, mesmo que tenha pouco tempo. Nesse caso, juntar-se a uma excursão organizada de um dia pode ser uma boa ideia para visitar Granada.
Visitar Granada a partir de Sevilha
Visitar Granada a partir de Málaga
O QUE VER E FAZER QUANDO VISITAR GRANADA
Apesar de Málaga ser uma cidade relativamente grande (tem quase o tamanho de Lisboa mas metade da sua população), o seu centro histórico é bastante compacto, sendo possível explorar as suas principais atracções em dois dias. Se quiser explorar a região à volta de Granada, recomendamos que tenha dias extra.
1. Visitar Alhambra em Granada
O complexo de Alhambra foi construído nos séculos XIII e XIV, na Granada sob domínio da dinastia Nacérida, num planalto sobranceiro à cidade. O complexo de palácios tinha a sua própria fortaleza e jardins, assim como uma pequena cidade e uma grande mesquita (entretanto ambas desaparecidas). Ao fim de mais de cinco séculos após a queda da Granada islâmica, é incrível como o que sobrou continua a deslumbrar os visitantes. Após a reconquista cristã, muito do interior foi destruído incluindo toda a mobília. A mesquita foi destruída e construída uma igreja, assim como o Convento de São Francisco (hoje alberga o Parador de Granada).
Durante a ocupação napoleónica, Alhambra foi usado como quartel e uma parte dos edifícios foi destruída. O que sobreviveu é, ainda assim, um dos monumentos mais visitados da Europa e o expoente arquitectónico do domínio islâmico de Granada durante mais de 700 anos, classificado como Património Mundial pela UNESCO. Hoje divide-se em três partes: os palácios nacéridas, a fortaleza (Alcazaba) e os jardins e palácio de Verão de Generalife.
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Uma visita guiada em Alhambra é quase obrigatória, para ter uma visão mais detalhada e informada daquilo que está a contemplar. Alhambra é um dos locais turísticos mais visitados na Europa, logo se quiser escapar (um pouco) às multidões deverá visitar Granada fora do Verão. Ainda assim, é imprescindível reservar a visita guiada com antecedência durante o ano todo.
Se preferir pode também visitar Alhambra de forma autónoma com a ajuda de um guia áudio.
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1.1. Visitar os palácios nacéridas
Os palácios nacéridas (os dois mais famosos e melhor conservados são o Palácio de Comares e o Palácio dos Leões) são a grande atracção de Alhambra, com quartos e salões profusamente decorados (e originalmente pintados) com a técnica de muqarnas (tectos abobadados em formas de favos de mel). Destacam-se:
- o Salão dos Embaixadores, onde os diplomatas eram recebidos pelo Emir, uma obra-prima da arquitectura islâmica em Granada, com um tecto ricamente decorado;
- o Pátio dos Leões, com uma fabulosa fonte em mármore com 12 leões e delicadas colunas e arcos;
- a Sala das Duas Irmãs, com uma cúpula embelezada com 5000 pequenas estalactites e caligrafia pintada nas paredes;
- o Pátio das Murtas (Patio de los Arrayanes), com uma piscina rectangular e pórticos com arcos e colunas.
1.2. Visitar o Palácio de Carlos V
Carlos V (imperador dos Habsburgos e neto dos Reis Católicos), que governou Espanha como Carlos I (1516-1556), destruiu parte de Alhambra para construir um palácio no estilo renascentista e que hoje, fruto dos seus próprios méritos, é um dos locais a admirar também em Alhambra em Granada, sendo o único exemplo em Espanha do desenho renascentista de um pátio interior circular enquadrado na forma de quadrado do palácio.
1.3. Visitar a Alcazaba de Alhambra
No extremo ocidental de Alhambra, com a Puerta del Vino a servir de comunicação entre a Alcazaba (Alcáçova) e a zona dos palácios, encontra-se o que resta dos contrafortes e torres da fortaleza que rodeava o complexo. Destaca-se a A Torre de la Vela, uma torre de vigia à qual se pode subir e onde foram hasteadas as bandeiras cristãs em 1492. Dali tem-se vistas espectaculares para Granada, em particular os bairros de Sacromonte e Albaicín.
1.4. Visitar o palácio Partal
O Palácio Partal foi construído pelo governante Nasrid Muhammad III, que governou o Emirado de Granada de 1302 a 1309, fazendo deste o palácio mais antigo da Alhambra. É uma das estruturas que mais sofreu alterações após a era Násrida pois, ao contrário dos vizinhos Palácio Comares e Palácio dos Leões, que foram utilizados pelos monarcas espanhóis após a conquista de 1492, o Palácio Partal passou a ser propriedade privada e foi transformado em residência pelos seus proprietários. Só foi cedido ao governo espanhol em 1891 e depois incorporado ao resto do sítio histórico de Alhambra.
1.5. Visitar o palácio e jardins de Generalife
O Palácio de Generalife (“Jardim dos Arquitectos”) era o palácio de Verão e propriedade rural dos Nacéridas, originalmente ligado aos palácios por uma passagem coberta. Ao longo dos séculos sofreu muita degradação, tendo sido recuperado já no século XX. Destaca-se o Pátio do Aqueduto (Acéquia), com água corrente e muito tranquilo.
2. Explorar o centro histórico de Granada
Para além de Alhambra, Granada tem muito para oferecer a quem a visita, podendo desfrutar da arquitectura e história, gastronomia e vida nocturna, e ainda passeios na Natureza e cultura e hospitalidade andaluz. O centro histórico de Granada congrega a maior parte das atracções da cidade e explorá-lo a pé é algo a não perder quando visitar Granada. Para além de explorar o centro histórico de Granada por conta própria, pode também optar por incluir uma visita guiada a pé, onde poderá ter as explicações de um guia local. Isso enriquecerá a sua exploração por conta própria do centro histórico de Granada.
3. Visitar a Catedral de Granada
A Catedral de Granada, cujo nome completo é “Santa Iglesia Catedral Metropolitana de la Encarnación de Granada”, é um edifício com uma mistura de estilos (renascentista, barroco e gótico), uma vez que a sua construção se prolongou durante dois séculos, iniciada pelo desejo expresso dos Reis Católicos em serem sepultados em Granada.
A impressionante fachada está face à Plaza de las Pasiegas, um local de encontro e de lazer dos habitantes e visitantes de Granada. O facto de a catedral se encontrar rodeada de edifícios muito próximos retira-lhe algum do impacto exterior das suas dimensões, mas vale a pena visitar pelo seu interior, recheado de obras de arte. Se preferir pode visitar a Catedral de Granada de forma autónoma, com a ajuda de um guia áudio.
4. Visitar a Capela Real de Granada
Fernando de Aragão e Isabel (bisneta do Mestre de Avis, rei D. João I de Portugal), os Reis Católicos (o papa Inocêncio VIII conferiu ao casal esse título pelos seus êxitos contra os mouros e pelo seu catolicismo fervoroso), conquistaram Granada e expulsaram os muçulmanos da Península Ibérica e declararam que queriam que seus restos mortais fossem levados para Granada. A Capela Real foi construída para esse efeito entre 1505 e 1517 e hoje é um dos monumentos mais visitados em Espanha.
5. Visitar La Madraza de Granada
La Madraza de Granada foi fundada por Yusuf I em 1349 como escola e primeira universidade da cidade, e ainda hoje pertence à Universidade de Granada. Após restauros recentes, pode ser visitado para se admirar uma mistura de estilos arquitectónicos.
6. Fazer compras na Alcaicería de Granada
A poucos metros da Catedral de Granada encontra-se a Alcaicería, uma das zonas mais encantadoras da cidade. Esta rua estreita com várias bifurcações correspondia ao antigo mercado da seda de Granada, onde eram também comercializadas especiarias e outras mercadorias. Foi reconstruído no século XIX após um grande incêndio. Hoje é um óptimo lugar para comprar um souvenir da sua visita a Granada.
7. Explorar o bairro de Albaicín de Granada
O bairro de Albaicín é o bairro mais antigo de Granada, localizado numa área pitoresca de colinas, de frente para a impressionante fortaleza de Alhambra (e montanhas de Sierra Nevada como panorama de fundo) e remonta à época medieval do domínio islâmico. A atmosfera de Albaicín é especial, e não é por acaso que foi acrescentado a Alhambra como Património Mundial da UNESCO. Ruas estreitas e sinuosas, com piso em paralelo, e vistas deslumbrantes do centro histórico de Granada, fazem de explorar Albaicín algo obrigatório quando visitar Granada.
8. Conhecer o legado islâmico de Albaicín
Explore os monumentos muçulmanos no bairro histórico de Albaicin e descubra alguns dos tesouros culturais e arquitectónicos de Granada. Alguns exemplos do legado islâmico do bairro de Albaicín são:
- El Banuelo, um hammam (casa de banhos) do século XI ou XII, originalmente conhecido como Hammam al-Yawza, agora aberto aos visitantes como monumento histórico;
- Corral del Carbon, uma antiga hospedaria de comerciantes de cereais do século XIV, posteriormente usada pelos comerciantes de carvão (e daí o seu nome actual);
- Maristán, fundado como hospital pelo sultão Maomé V no século XIV, foi demolido no século XIX, podendo ver-se hoje as suas ruínas;
- Casa de Horno de Oro, uma casa de estilo mourisco bem preservada com vista para Alhambra;
- Palácio Dar al-Horra, a residência da mãe de Boabdil, o último governante islâmico de Granada.
9. Admirar as vistas do Miradouro de San Nicolás
Do topo da colina de Albaicín, o miradouro de San Nicolás tem das melhores vistas para o complexo de Alhambra, com a Sierra nevada por trás. A Plaza de San Nicolás é ponto de encontro de turistas com máquinas fotográficas e telemóveis em riste e comerciantes que vendem de quase tudo. A igreja que dá para a praça foi construída no local de uma antiga mesquita.
10. Visitar a Mesquita de Granada
Construída em 2003 muito próxima do miradouro de San Nicolás, foi a primeira mesquita construída em Granada depois que a cidade ficou sob domínio católico em 1492. O edifício da mesquita foi projectado com motivos tradicionais muçulmanos e inclui um jardim e um centro de estudos islâmicos.
11. Admirar a Plaza Nueva de Granada
A Plaza Nueva é uma das principais praças de Granada e a mais histórica, com obras iniciadas em 1506 e concluídas em 1515, mantendo a sua configuração até 1835. A partir daí, ficou unida à Plaza Santa Ana, onde se pode admirar a igreja homónima, que foi construída sobre uma mesquita e da qual incorporou o seu minarete.
12. Explorar o bairro de Sacromonte de Granada
Sacromonte, por vezes também chamado Sacramonte, é um bairro tradicional da zona oriental de Granada, no sul de Espanha. É um dos seis bairros que constituem o distrito urbano de Albaicín, com uma população muito pequena. Situa-se na colina e vale de Valparaíso, frente a Alhambra, e era o bairro tradicional dos ciganos de Granada, que se instalaram após a conquista cristã da cidade. É um dos bairros mais pitorescos da cidade, pela paisagem e pelas suas casas trogloditas, escavadas na rocha e caiadas de branco, que servem de habitações, alojamentos ou salas de espectáculos de flamenco e zambras (danças tradicionais ciganas de flamenco).
13. Conhecer as casas trogloditas de Sacromonte
Diz a lenda que, após a tomada de Granada pelos Reis Católicos em 1492, muitos nobres árabes exilaram-se no Norte de África, levando no coração a cidade dos seus pais e avós, e à qual esperavam poder um dia voltar. Receosos de que no caminho fossem assaltados, teriam escondido grandes tesouros. Ao mesmo tempo, foram libertados muitos escravos dessas famílias árabes, que decidiram escavar as encostas em busca dos tesouros dos seus antigos senhores. As grutas escavadas tornaram-se depois nas suas casas, e daí também o nome de “Barranco dos Negros”. Para saber melhor como as pessoas viviam nas grutas escavadas no morro do bairro de Sacromonte, visite o museu que exibe as casas com mobiliário tradicional.
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14. Assistir a um espectáculo de flamenco em Granada
Faça uma imersão na cultura flamenca andaluz de Granada com uma performance ao vivo, algo imperdível quando visitar Granada. Desfrute de uma apresentação empolgante com dançarinos e músicos ao vivo numa cueva de Sacromonte ou num restaurante de Albaicín (ou ambos!).
15. Visitar a Abadia de Sacromonte em Granada
A Abadia de Sacromonte foi construída nos séculos XVII e XVIII, englobando o Colégio Velho, o Colégio Novo e as Santas Cuevas, catacumbas onde, segundo a lenda, foram martirizados São Cecílio, o primeiro bispo de Granada e os seus companheiros, os Sete Apóstolos de Espanha, evangelizadores da Hispânia romana. A abadia é palco da romaria de São Cecílio, uma das festas religiosas mais importantes de Granada, que ocorre todos os anos no primeiro domingo de Fevereiro.
16. Visitar a Basílica de San Juan de Dios em Granada
Quando visitar Granada, não deixe de admirar a deslumbrante jóia barroca de Granada, a Basílica de San Juan de Dios, construída entre 1737 e 1759 para acolher os restos do fundador da Ordem Hospitalária de San Juan de Dios. A capela maior alberga as relíquias do santo espanhol e as capelas menores são verdadeira obras de arte, destacando-se os magníficos frescos.
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17. Visitar o Mosteiro de la Cartuja em Granada
O Mosteiro de Nuestra Señora de la Asunción, mais conhecido como Cartuja de Granada, é um mosteiro situado em Granada, que albergou uma comunidade de monges desde a sua fundação em 1516 até 1835. Hoje pode visitar-se aquele que é considerado uma obra-prima do estilo barroco.
18. Visitar o Mosteiro de San Jerónimo em Granada
O Real Mosteiro de São Jerónimo de Granada é uma obra arquitectónica do Renascimento composta por uma igreja e um mosteiro, e foi o primeiro templo do mundo a ser consagrado à Imaculada Conceição (dogma católico relativo à Imaculada Concepção de Maria, estabelecido em 1854). A sua fundação em Granada data de 1504 e, depois de passar por várias vicissitudes, como a invasão francesa e a expulsão da Ordem dos Jerónimos, que quase levaram o mosteiro à ruína, o Estado espanhol decidiu restaurá-lo entre 1916 e 1920.
19. Fazer um jantar de tapas em Granada
Em Granada, não pode deixar de passar a oportunidade de desfrutar de um jantar de tapas, um dos pontos altos da gastronomia espanhola. Descubra o presunto local, vinhos e pratos típicos de Granada e pode conhecer mais locais e aprender mais sobre a gastronomia de Granada se se juntar a um passeio gastronómico guiado.
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20. Ir aos banhos turcos de Granada
Experimentar os banhos turcos e massagens é uma das experiências a não perder quando visitar Granada. A herança islâmica de Granada faz com que seja o lugar certo para relaxar em piscinas de água quente, morna e fria, transpirar e expurgar impurezas numa sauna húmida e relaxar os músculos numa massagem relaxante.
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21. Aproveitar a vida nocturna de Granada
Granada é uma cidade com um bom panorama de diversão nocturna, e uma das formas de se ficar a conhecer melhor esse lado da cidade é juntar-se a um pub/club crawl (maratona de bares) em Granada com um guia local.
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O QUE VISITAR A PARTIR DE GRANADA
Granada fica localizada junto ao Parque Nacional de Sierra Nevada e relativamente perto da costa mediterrânica espanhola conhecida como “Costa del Sol”. Seguem-se as nossas sugestões sobre o que visitar a partir de Granada. Se tiver dias extra, todos estes destinos podem ser feitos em excursões de um dia a partir de Granada.
1. Explorar a Sierra Nevada
A Sierra Nevada é o maciço montanhoso de maior altitude da Europa depois do Cáucaso e dos Alpes, e é o “tecto” da Península Ibérica, com mais de 15 picos acima de 3.000m, sendo o ponto mais alto no pico Mulhacén (3.482m). Por causa do seu isolamento e altitude, desde o fim da última glaciação, o maciço tornou-se refúgio de muitas espécies endémicas, tendo sido classificado como Parque Nacional em 1999. É ali que se encontra a estação de esqui mais meridional da Europa e a de maior altitude de Espanha. Quando visitar Granada, se tiver tempo, não deixe de explorar a Sierra Nevada.
Existem algumas actividades organizadas, feitas a partir de Granada, que podem ser interessantes.
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2. Descobrir as aldeias de Alpujarra
Alpujarra é um extenso vale que atravessa o sopé sul da Sierra Nevada, a costa do Mediterrâneo e a Serra de Gador. Foi o local da última resistência islâmica após a tomada de Granada, e ainda hoje se pode observar a influência islâmica na arquitecturas das casas da serra. Explore Alpujarra e descubra os produtos artesanais, os habitantes e as paisagens, e as aldeias típicas, entre elas a mais alta de Espanha.
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3. Visitar Córdova a partir de Granada
Córdova é uma das cidades mais importantes da Andaluzia (a menos de 200 km de Granada), com um centro histórico classificado como Património Mundial da UNESCO, onde se destacam a mesquita transformada em catedral e o bairro histórico judaico. Visitar Córdova, que chegou a ser a capital do califado islâmico na Península Ibérica, é um excelente programa de um dia para fazer a partir de Granada.
4. Fazer o Caminito del Rey a partir de Granada
O Caminito del Rey foi construído no início do século XX e servia de acesso aos trabalhadores durante a construção da barragem de El Chorro. Abandonado, tornou-se um destino turístico para os mais aventureiros e menos dados a vertigens. Recentemente recuperado, tornou-se rapidamente um dos trilhos mais populares em Espanha, e encontra-se a menos de 150 km de Granada.
5. Visitar Ronda a partir de Granada
A cidade de Ronda é uma pérola escondida na Andaluzia (a menos de 200 km de Granada), pendurada num promontório rochoso e separada em duas partes pelo “Canhão de El Tajo”, um desfiladeiro calcário onde corre encaixado o rio Guadalevín. A garganta do rio e a magnífica Ponte Nova de Ronda são verdadeiros cenários de filme.
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Se vai viajar para o Sul de Espanha consulte estes artigos:
- Visitar a Andaluzia – Um roteiro para uma viagem de descoberta à Andaluzia, cheio de dicas práticas. Ideal para preparar uma visita a Granada.
- Visitar Sevilha – Tudo o que precisa de saber para visitar Sevilha e aproveitar alguns dias nesta bela cidade espanhola. Ideal para combinar com visitar Granada.
- Feria de Sevilha – Quer ver flamenco nas ruas, bailes, pegas de cavalos e touros, então a Feria de Sevilha é para si! Nós adoramos e aqui estão todas as nossas dicas. Ideal para combinar com visitar Granada.
- Férias no sul de Espanha – Se procura um roteiro e dicas para férias no sul de Espanha, não procure mais. Estão todas aqui! Ideal para combinar com visitar Granada.
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