Cayo Coco era o nosso objectivo nesse dia. Estávamos em Havana mas queríamos chegar a Cayo Coco. Estávamos a viajar em Cuba de forma independente e por isso queríamos viajar para Cayo Coco sem voar, assim, a melhor opção era ir de autocarro de Havana até Ciégo de Ávila e depois até Cayo Coco.
Se está a pensar viajar em Cuba estes são alguns artigos que temos no nosso blogue e que lhe podem interessar
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- CAYO COCO – Tudo o que precisa de saber para visitar Cayo Coco está neste artigo cheio de dicas de viagem para viajar em Cuba de forma independente. Tudo sobre onde dormir e como lá chegar.
- CAYO GUILLERMO – Tudo o que precisa de saber para visitar Cayo Guillermo está neste artigo cheio de dicas de viagem para viajar em Cuba de forma independente. Tudo sobre onde dormir e como lá chegar.
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- VISITAR CIENFUEGOS – Tudo o que precisa de saber para visitar Cienfuegos está neste artigo cheio de dicas de viagem para viajar em Cuba de forma independente.
- PRAIA DE SANTA MARIA HAVANA – Tudo o que precisa de saber para visitar a praia de Santa Maria em Havana está neste artigo cheio de dicas de viagem para viajar em Cuba de forma independente. Tudo sobre onde dormir e como lá chegar.
Como chegamos a Cayo Coco
Noite cerrada em Havana. Está completamente escuro quando acordamos. São 4h30 da manhã em Havana. Ninguém gosta de se levantar a esta horas e ainda por cima em “férias”! Mas nós não estamos em férias, para nós isto são viagens. Viemos para conhecer Cuba e não para descansar. Vamos para Ciego de Ávila e depois Cayo Coco.
Saímos de Havana num táxi a caminho do terminal de transportes da Via Azul, a companhia de autocarros nacional cubana que faz viagens de longo curso e que nos levará até Ciego de Ávila, no centro do país. O nosso destino: Cayo Coco.
O terminal de autocarros de Havana é longe da parte velha da cidade e um táxi nocturno para lá chegar quase nos dá cabe do orçamento. O nosso autocarro parte às 6h da manhã mas há que chegar 30 minutos antes para fazer o check in das bagagens, tal como num aeroporto, receber o ticket de embarque e partir. Antes de sair de Havana troco rapidamente umas palavras com uma jovem portuguesa com um bebé ao colo. Casou com um cubano e veio visitar a família do marido, estão a chegar de Guantanamo. Infelizmente não houve tempo para mais do que meia dúzia de palavras. Entramos no autocarro. O nosso destino Ciego de Ávila, a 7 horas de viagem.
Vestimos os casacos de penas (o ar condicionado faz parecer que estamos na Patagónia), encostamo-nos aos bancos, fechámos os olhos e embalámos pelas estradas de Cuba dormindo profundamente. Um par de horas depois acordávamos com os raios de sol a entrarem pela janela. Tudo laranja lá fora, uma neblina sobre os campos agrícolas, as pessoas a percorrer a pé a estrada. Um país começava a desfilar pela janela do autocarro.
Tínhamos lido que a maioria das pessoas que viaja nesta companhia, especialmente criada para estrangeiros, eram na maioria turistas, no entanto, ali a maioria eram cubanos, que faziam viagem para Santiago de Cuba, no sul do país. Antes de chegar a Ciego de Ávila parámos num paladar, um pequeno restaurante privado, onde comemos comida tradicional cubana. Como tínhamos moeda nacional, que trocamos em Havana, pagamos o almoço em CUP e não em CUC (moeda criada para os turistas). O almoço para os dois ficara em 4€.
Visitar Ciégo de Ávila
Pouco passava do almoço quando chegamos a Ciego de Ávila, uma pequena povoação, onde não pararíamos não fosse o facto de ser a paragem de autocarro mais próxima de Cayo Coco. Decidimos conhecê-la, ainda que rapidamente e de mochila às costas.
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Ciego de Ávila tem fama de ter as fachadas mais belas dos edifícios coloniais de Cuba. E os mais belos estão na Parque Martí, para onde nos dirigimos. Passeamos um bocado, sem que o sol desse um ar da sua graça. Estávamos até a ficar desiludidos já que depois da nossa experiência relâmpago em Cayo Largo, só nos faltava apanhar mau tempo nos cayos a norte de Cuba.
A caminho de Cayo Coco
Partimos em direcção a Cayo Coco, num táxi, cruzando as inúmeras plantações de cana de açúcar da região. O sol lá ia aparecendo, muito esporadicamente e envergonhado. Atravessamos o pedraplen, uma passagem que liga a ilha principal os cayos Coco, Guillermo e Romano.
A baía do Perros e Cayo Coco
Modesto, o jovem motorista que conduzia o Lada de 1970 que nos leva para Cayo Coco, explica-nos que se tivessemos vindo antes do furacão que assolou os cayos no inverno passado veríamos a Baía dos Perros cheia de flamingos.
– Agora os flamingos fugiram de Cayo Coco. – Conta-nos desolado. – Não sei para onde foram, mas sei que desde Novembro que já não estão cá. Nunca vi as águas da baía tão despidas.
Nós também estávamos desolados. Os flamingos eram uma das imagens de marca destes cayos e de Cayo Coco. Modesto não é muito conversador mas responde-nos com alguma inocência às perguntas que lhe fazemos. Somos ávidos de informação, especialmente política e social e aproveitámos todas as oportunidades para, de forma não invasiva, aprender e perceber melhor o que acontece em Cuba.
O Pullman Cayo Coco, o resort que escolhemos
Uma hora depois de sairmos de Ciego de Ávila chegávamos ao Pullman Cayo Coco. Ali ficaríamos 3 dias em Cayo Coco. Não queríamos cometer o mesmo erro de Cayo Largo. E assim foi. O resort de Cayo Coco recebeu-nos com um bar voltado para o mar azul turquesa, cheio de gente e muito animado.
Outros hotéis em Cayo Coco:
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Em Cayo Coco e Cayo Guillermo não é possível usar casas particulares, ao contrário de Varadero, daí que quem visite os ilhéus de Cayo Coco terá que se alojar num resort. Foi isso que fizemos. Estes cayos, juntamente com Cayo Romano fazem parte de uma língua de areia com 22 km de praia de areia branca e terrenos parcialmente pantanosos. Infelizmente os cubanos não podem aceder a Cayo Coco e a Cayo Guillermo (algo que não percebemos exactamente porquê) e por isso as ilhas têm pouco carisma e poderiam ser em qualquer parte do mundo. No entanto, não era, estávamos em Cuba e a simpatia cubana e o ritmo da música e da dança estavam presentes em todos os pontos do nosso resort.
Aproveitámos a tarde para desfrutar da maravilhosa praia em frente ao resort, a praia da Punta de Cayo Coco. O sol apareceu e brindou-nos com uma bela tarde.
Mergulhámos muito, nadámos, rimos e descansámos em Cayo Coco. Assim é a vida nos cayos.
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Depois da praia, há que aproveitar as bebidas do resort TI e das piscinas, pelo que desfrutámos, como se não houvesse amanhã (neste caso ia haver).
O nosso quarto é maravilhoso, um bungalow em frente à piscina e de onde se vê o mar. Mas o que mais me encantou foi a janela que dava da casa de banho para o quarto. Magnífico.
Ao jantar, uma deliciosa refeição no restaurante El Gourmet, a melhor que fizemos em Cuba. Terra e mar, lagosta e carne de vaca, um misto delicioso e incomparável. Ao nosso lado, um jovem cubano tocava piano. Podia ser em qualquer lugar do mundo, verdade. Mas ali soube mesmo muito bem.
Dicas para visitar Cayo Coco:
- Para chegar a Cayo Coco e a estas praias de Cuba pode ir de táxi privado desde Havana (custa cerca de 100 – 120 CUC) ou de avião, já que existe aeroporto. O táxi desde o aeroporto custa 5 CUC.
- Marque aqui o seu transfer de e para o aeroporto de Cayo Coco ao hotel.
- Outra opção para chegar a Cayo Coco e a estas praias de Cuba é combinar o autocarro com o táxi. Cayo Coco não é servido por autocarro mas pode apanhar autocarro até Ciégo de Ávila e, de lá, apanhar um táxi para Cayo Coco. O táxi entre Cayo Coco e Ciégo de Ávila custa entre 50 a 60 CUC. O autocarro entre Havana e Ciégo de Ávila custa 27 CUC/pessoa com a Via Azul. A viagem de autocarro desde Havana demora 7 horas e há um autocarro nocturno e outro que sai de manhã. O táxi entre Ciégo de Ávila e Cayo Coco demora 1h30. O taxista que nos levou até Cayo Coco, desde Ciégo de Ávila e depois nos levou de Cayo Coco até Trinidade chama-se Modesto. O seu número de tlm é (01) 54040037 e de telefone (0053) 33222115.
- O resort onde ficámos em Cayo Coco foi, daquilo que vimos, a melhor opção e voltaríamos a usá-lo novamente. Era completamente novo, com comida deliciosa e atendimento excepcional. Ficámos no Pullmann Cayo Coco Resort.
- Há vários resorts em Cayo Coco por isso pesquise e escolha o mais adequado para aquilo que procura nas praias de Cuba.
- Chegar à praia Pilar é fácil. Há autocarros turísticos que fazem a ligação entre todos os resorts dos cayos, inclusive os de Cayo Coco e a praia. O autocarro custa 5 CUC/pessoa (ida e volta). A viagem pode demorar mais ou menos tempo dependendo da distância do resort à praia, mas na generalidade demora cerca de uma hora. Não perca de maneira nenhuma uma ida à praia Pilar já que é considerada a mais bela das praias de Cuba.
- Pode alugar um tapa-sol de palha com duas espreguiçadeiras na Praia Pilar, para todo o dia, por 10 CUC.
- A partir de Cayo Coco é possível conhecer a baía de Perros, que costuma estar cheia de flamingos, mas desde o último furacão em Novembro de 2017 que desapareceram. Um bom ponto de observação é o Parador La Silla.
- É possível também conhecer a parte pantanosa da ilha, belíssima, durante a viagem entre Cayo Coco e Cayo Guilhermo.
SEGURO DE VIAGEM PARA VISITAR CUBA (cobre Covid-19 e teste positivo)
A IATI tem um seguro que é especial para viagens e para visitar Cuba. Este novo seguro cobre actividades como cicloturismo, trilhos, roadtrips, autocaravana, campers, etc. O cancelamento da viagem por conta do Covid-19 não está coberto (se fizer apenas o seguro simples) por se tratar de uma pandemia, mas todos os seguros da IATI cobrem tratamento por contágio por coronavírus e essa informação consta no certificado da apólice, já que alguns países pedem um seguro obrigatório com esta cobertura. Porém, se fizer o seguro do pack de seguro de viagem + seguro de cancelamento opcional, este cobre o cancelamento da viagem caso o segurado, seus pais ou filhos testem positivo para COVID-19. E além disso, o seguro IATI Cancelamento também tem esta causa coberta. Sendo assim, este é claramente, o melhor seguro do mercado neste momento. Pode fazer o teu seguro IATI ESCAPADINHAS aqui com 5% de desconto.
Carla, muitos parabéns pela forma como partilham as vossas viagens.
Se só pudesse escolher um Cayo para descansar e usufruir da beleza, qual escolhia?
Obrigada
Escolheria Cayo Largo.
Olá Carla :))estive a ver o vosso blogue e é espetacular, pena não vos ter encontrado antes, mas vou passar a consultar-vos, grandes viagens, excelente organização e dicas 👌, Continuação de boas viagens e sucesso!
Ana Cavadas – Açores
Muito obrigada, Ana. 😀
Estou acompanhando seus relatos de viagem à Cuba, muito bons! Grande ajuda!
Me tira uma dúvida. Estarei em Trinidad e irei para Ciego de Ávila de Viazul. Entretanto, estou preocupado com os preços de táxi/transfer para Cayo Guillermo.
Quais são as opções? Quanto vocês pagaram?
Está difícil encontrar esta informação, porque a maioria das pessoas que chegam a estes cayos vão de avião.
Temos essa informação no artigo com dicas sobre Cuba. Espreite, tem lá tudo.
Muito interessante, obrigado!
Obrigada 😀