RUTA DE LOS SIETE LAGOS – San Martim de los Andes e Villa la Angostura | Argentina
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“Não é urgente chegar, o que é preciso é viver”. É com esta música da Mafalda Veiga que contemplo o Lagoa Lacar, em San Martin de los Andes. Como cheguei aqui? Terei realmente vivido?
O norte da Patagónia foi uma descoberta extraordinária. Ao contrário do sul, onde o clima mais frio permite a existência de glaciares continentais, aqui, os glaciares estão confinados aos cumes das altas montanhas. No entanto, foram estes mesmos glaciares que, até há 10.000 anos atrás, talharam a paisagem e criaram aquilo que é hoje o Lake District patagónico.
Esta área envolve a região de Bariloche e estende-se desde Junín de los Andes, no norte, até El Bolsón, no sul. O expoente máximo da região dos lagos patagónicos atinge-se na chamada Ruta de los Siete Lagos, uma estrada que liga Bariloche a Villa la Angostura e a San Martin de los Andes.
A Ruta de los Siete Lagos começa logo na povoação de Bariloche nas margens do lago Nahuel Huapi. Aí, a estrada 231 leva-me pelo meio da paisagem patagónica até Villa la Angostura, acompanhando sempre as margens do lago. Sem qualquer destaque nos guias turísticos, decido pernoitar aqui. É a vila mais bonita da Patagónia. Estilo alpino, herdado da grande comunidade de alemães que aqui se fixou, fico alojada no Italian hostel (50 Ar), uma cabana rural a 300 m do centro da vila. Os donos tratam-me super bem e, inclusive, já viajaram em Portugal de bicicleta. Desses tempos, só têm boas recordações.
Apanho o “colectivo” até Puerto Villa, o porto do lago que se localiza a 3 km. Aí, uma península compreende o Parque Nacional dos Arrayanes. Atravesso o istmo de Quetrihué e penetro no parque que alberga um bosque de murtas e arrayanes, da floresta nativa patagónica. Pelos trilhos da Ruta de los Siete Lagos exploro os miradouros que me permitem contemplar esta magnífica paisagem glaciar dominada por lagos e cumes gelados.
Durante as últimas glaciações, os glaciares que cobriam este local escavaram vales em U e, quando recuaram, deixaram para trás moreias que marcam os locais onde o glaciar chegou. Hoje, essas moreias formam barragens e permitem que a água do degelo glaciar se acumule no fundo dos vales. Olhando a paisagem que me rodeia vejo os cumes gelados, arredondados pela erosão glaciar, e vejo pequenas ilhas no meio dos lagos. Estas, na maioria dos casos, correspondem a rochas aborregadas erodidas pelo glaciar, e noutros casos, são moreias.
Hoje estão 25ºC. Imaginar-me aqui no Pleistocénico é tremendo. Toda esta paisagem estaria coberta por glaciares, gelo continental. É aqui, do miradouro Brazo Norte, na península Quetrihué, que tenho a melhor vista do lago Nahuel Huapi. Passo o resto da tarde deitada na “areia glaciar” da praia.
No dia seguinte, sigo viagem por uma estrada de terra batida (N234) entre Villa la Angostura e San Martin de los Andes, na Ruta de los Siete Lagos. Apanhei um “colectivo” que, para fazer os 110 km que separam as duas vilas, demora 3 horas e meia. Não faz mal, a paisagem compensa a lentidão.Começo por seguir o Lago Correntoso do lado direito e o Lago Espelho do lado esquerdo. Há inúmeros parques de campismo junto aos lagos e parece ser um destino popular entre os jovens argentinos e chilenos. Europeus… não se vêem por cá! Um pouco mais à frente, o Lago Traful mostra-se. Infelizmente, o colectivo não chega a Villa Traful onde o lago atinge o seu expoente máximo. Sigo cruzando os pequenos lagos Villarino e Farkner. É talvez aqui a parte mais bela do percurso da Ruta de los Siete Lagos.Antes de chegar a San Martin de los Andes ainda acompanho o Lago Manchonico e, quando se chega à vila, o Lago Lacar domina claramente a paisagem da Ruta de los Siete Lagos. Para trás deixei a rota dos 7 lagos, e agora há um novo mundo para descobrir.
“Não é urgente chegar, o que é preciso é viver”. É isso que tento fazer todos os dias, agora aqui na Ruta de los Siete Lagos.
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Geógrafa com uma enorme paixão pelas viagens e pelo mundo. Desde muito cedo que as viagens de exploração fazem parte da sua vida. A busca do conhecimento do mundo leva-a em direcção a culturas perdidas e ameaçadas, tentando percebe-las. Hoje é também líder de viagens de aventura na Nomad.
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Excelentes fotos! Entre todos los recorridos que se pueden hacer en Bariloche, en el camino de los Siete Lagos es mayor la cantidad lugares que uno puede visitar. Lo que más me gusta es que a unos 15 km esta el Mirador de Pil-Pil y un poco mas adelante, a los 20 km esta el Arroyo Partido, que se llama asi porque se divide en dos y una parte desemboca en el Océano Pacifico mientras que la otra desemboca en el Atlántico. Recomiendo estos dos lugares!
Excelentes fotos! Entre todos los recorridos que se pueden hacer en Bariloche, en el camino de los Siete Lagos es mayor la cantidad lugares que uno puede visitar. Lo que más me gusta es que a unos 15 km esta el Mirador de Pil-Pil y un poco mas adelante, a los 20 km esta el Arroyo Partido, que se llama asi porque se divide en dos y una parte desemboca en el Océano Pacifico mientras que la otra desemboca en el Atlántico. Recomiendo estos dos lugares!
Josefina A. – hotel en Bariloche