PERITO MORENO: um homem, um glaciar, uma cidade | Argentina
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Perito Moreno é o nome que todos associam ao glaciar ex-líbris do Parque Nacional Los Glaciares. No entanto, o que poucos sabem é a história que está por trás do homem, Francisco Moreno, a que todos chamam perito. Francisco Moreno descobriu bem cedo a sua vocação para a exploração. Coleccionador de fósseis desde tenra idade, viria a desenvolver uma paixão pela Paleontologia e Antropologia que o levaria até aos confins do território argentino. Percorreu milhares de quilómetros a pé e a cavalo pela Patagónia e desde muito cedo percebeu que os limites fronteiriços entre o seu país e o Chile estavam pouco precisos. Assim, explorou a área patagónica fronteiriça e criou uma nova linha divisória baseada nas linhas de cumeada. A fronteira existente até então baseava-se nos talvegues, as linhas de água. Moreno apresentou a proposta ao governo Argentino e levaria o seu argumento até à Rainha Victoria, de Inglaterra. Os cursos de água alteram-se com frequência e essa verdade ainda é maior numa área glaciar como a Patagónia. Assim, Moreno baseia a nova linha fronteiriça nos cumes das montanhas. Desta forma ganha para o seu país cerca de 42 000 km2. A partir daí todos lhe chamam o perito Moreno.
Perseguido por povos indígenas, Perito Moreno chegou a ser capturado e preso. Conseguiu fugir numa barca e andou à deriva no rio durante uma semana em que só se alimentou de algas. Mas, nem isto, nem o ataque de um puma, o viriam a dissuadir dos seus propósitos. Moreno continuou a explorar o seu país.
Quando chegou à área do actual lago Argentino, Moreno baptiza-o com o nome do seu país pois nunca tinha visto algo tão grandioso. Apanhado por uma tempestade no lago, Perito Moreno descobriu aí um conjunto de pinturas rupestres, com cerca de 4000 anos, e acabou por não seguir mais para montante. Por esta razão, Moreno nunca chegou a ver o glaciar que hoje ostenta o seu nome. Não é por acaso que o glaciar Perito Moreno é o mais mediático da Patagónia.
O glaciar Perito Moreno é bastante acessível. Uma estrada asfaltada liga a cidade de El Calafate à península Magallanes, de onde se pode apreciar o glaciar na sua plenitude.
Um conjunto de passadiços serpenteiam a península e os turistas buscam o melhor ângulo para a fotografia e a melhor vista do glaciar. É possível contempla-lo de frente, da sua parede direita e da esquerda. O glaciar exibe-se no seu melhor.
Um pequeno passeio de barco permite aos visitantes aproximarem-se da parede esquerda do glaciar. A experiência, quer dos passadiços, quer do barco, é avassaladora. O gelo parte-se e o barulho entoa no vale. Parece que o glaciar vai desmantelar-se a qualquer momento. Todos aguardam pela queda de um novo bloco de gelo no Canal dos Tempanos.
A visita ao glaciar Perito Moreno não pode passar sem a realização dos percursos nos passadiços. Esta é a forma mais extraordinária de apreciar esta maravilha da natureza.
Quer o barco que se aproxima do lado direito (o que faz o percurso de “todos los glaciares”) quer o barco que faz o pequeno passeio do lado esquerdo, estão longe de mostrar a beleza do glaciar. É dos passadiços que nos vemos frente-a-frente com esta paisagem majestosa. É dos passadiços que temos a real sensação do seu tamanho e da sua beleza.Moreno acabaria por morrer e não deixar ficar nada aos seus descendentes, já que doou tudo o que tinha ao estado, inclusive inúmeros prémios que recebeu, entre eles a medalha da Royal Geographic Society. Vendeu todos os seus pertences em vida para criar escolas e sustentar orfanatos. A educação e o combate à fome nas crianças sempre foram algumas das suas lutas. É com orgulho que os argentinos falam do seu nome. Em honra deste homem criaram uma cidade na Patagónia que se chama Perito Moreno e assim baptizaram o glaciar que consideram ser o mais bonito do seu país.
Geógrafa com uma enorme paixão pelas viagens e pelo mundo. Desde muito cedo que as viagens de exploração fazem parte da sua vida. A busca do conhecimento do mundo leva-a em direcção a culturas perdidas e ameaçadas, tentando percebe-las. Hoje é também líder de viagens de aventura na Nomad.
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