Sachsenhausen fez parte da sinistra rede de campos de concentração, campos de extermínio e centros de ‘eutanásia’ que constituiu a base da implementação no terreno de uma ideologia de ódio racial defendida pelas autoridades da Alemanha sob o regime nazi. Após o final da Segunda Guerra Mundial, Sachsenhausen continuaria a ser usado como campo de prisioneiros, desta vez sob as ordens do regime soviético. Visitar Sachsenhausen é uma oportunidade única de aprender história num local onde tudo aquilo sobre o qual lemos em livros aconteceu na realidade.
Com o fecho do campo de Sachsenhausen, em 1950, sucedeu-se a sua parcial destruição, mas em 1961 era inaugurado o Memorial Nacional de Sachsenhausen. A parte soviética da história teria de esperar pela queda do Muro de Berlim para ser contada, e em 1993 seria inaugurado o Memorial e Museu de Sachsenhausen, onde é contada a história do campo de concentração nazi, mas também do “Campo Especial nº7/1” soviético. Sachsenhausen é hoje um dos melhores lugares da Alemanha para se aprender e compreender um período negro da Humanidade.
Visitar Sachsenhausen de forma independente
Pode chegar a Sachsenhausen facilmente a partir de Berlim. Use a linha S1 do comboio S-Bahn, desde a estação Friedrichstraße até à estação de Oranienburg (duração de 45 minutos, a cada 20 minutos). Desta estação pode chegar ao Museu de Sachsenhausen a pé (cerca de 20 minutos) ou apanhar os autocarros 804 ou 821 e sair na paragem “Gedenkstätte”.
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Visitar Sachsenhausen em excursão guiada
Outra opção é visitar Sachsenhausen numa excursão guiada a partir de Berlim.
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Onde dormir em Berlim
Quando visitar Sachsenhausen, a melhor opção de alojamento é em Berlim. A localização do alojamento em Berlim é essencial para poder explorar a maioria da cidade a pé e também aproveitar a vida nocturna da cidade. O ideal é ficar alojado perto de Alexander Platz, o centro nevrálgico da cidade. Os hotéis que se seguem são óptimas opções com excelente localização e relação qualidade/preço, para quando visitar Sachsenhausen.
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- Radisson Blu Hotel
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- IntercityHotel Berlin Ostbahnhof
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- Leonardo Hotel Berlin Mitte
A génese de Sachsenhausen
Em Janeiro de 1933, os nazis subiam ao poder e em poucas semanas o parlamento era dissolvido, os partidos políticos ilegalizados e os oponentes políticos ao regime perseguidos. Logo em Março desse ano era aberto o primeiro campo de concentração, e em 1936, Sachsenhausen era inaugurado com orgulho por Himmler, que o apresentava como o protótipo de um campo “moderno, sofisticado, ideal e fácil de expandir”.
Durante a fase inicial, o campo era destinado aos oponentes políticos dos nazis, mas a partir de 1938 foi usado progressivamente como ferramenta das políticas raciais e sociais nazis, tendo como vítimas preferenciais judeus, ciganos, homossexuais e outros elementos considerados “anti-sociais”.
Com o início da guerra, e principalmente com a invasão do leste, Sachsenhausen começou a receber aqueles que eram considerados sub-humanos, e a escalada do terror acentuou-se. O extermínio em massa passou a ser uma prática comum e só terminaria com a capitulação da Alemanha e o fim da guerra na Europa. Como se chegou até aí? O que levou um regime político a cometer tais actos? Para compreender melhor a resposta a estas questões, tem de se olhar com mais atenção para o percurso da história.
Sachsenhausen, campo de concentração nazi
Em Outubro de 1947, um homem chamado Anton Kaindl testemunha em Berlim perante um tribunal militar soviético. De forma aparentemente fria e racional, confessa o extermínio de 42.000 pessoas, sob o seu comando, no campo de concentração de Sachsenhausen, do qual tinha sido o último comandante, até à libertação do campo pelas tropas soviéticas e polacas.
Até meados de 1943, os prisioneiros eram mortos por fuzilamento ou enforcamento em Sachsenhausen. Em particular, os prisioneiros de guerra soviéticos, vindos da frente de leste, eram levados a pensar que lhes ia ser medida a altura, e era-lhes dado um tiro na nuca. Mas Kaindl supervisionou a melhoria na eficácia das mortes em massa, introduzindo as câmaras de gás em Sachsenhausen.
A partir de Fevereiro de 1945, com o avanço soviético, foram dadas ordens para destruir o campo de Sachsenhausen e todo o tipo de provas, leia-se, prisioneiros. Até ao final de Março, mais 5000 pessoas eram mortas, e a 21 de Abril era finalmente dada a ordem de evacuação do campo de Sachsenhausen. No entanto, não era ainda o fim do sofrimento. Kaindl tinha ordens de fazer marchar os prisioneiros até à costa, com o objectivo de os meter em barcos e afundá-los no Mar Báltico. Este plano não se concretizaria, mas muitos milhares pereceram nas marchas de morte que se iniciaram em diferentes campos de concentração.
Kaindl e mais 12 réus foram condenados a prisão perpétua, e acabaria por morrer alguns meses depois num dos mais famosos campos do Gulag soviético, Vorkuta. Curiosamente, os que o julgaram e condenaram, não só cometiam crimes semelhantes, como usavam o seu próprio campo de Sachsenhausen.
Sachsenhausen, campo de prisioneiros soviético
Sachsenhausen teria tragicamente uma segunda vida como local de terror. Um conjunto de “campos especiais”, geridos pelos serviços secretos soviéticos, foi implementado logo a seguir ao final da guerra. Sachsenhausen receberia os primeiros 150 prisioneiros a 10 de Agosto de 1945, menos de 4 meses após a sua “libertação” e, até 1950, cerca de 60000 pessoas por lá passariam.
Sachsenhausen receberia desde oponentes políticos ao regime de Estaline, passando por oficiais alemães e colaboracionistas do regime nazi, até mesmo prisioneiros de guerra soviéticos, que eram encarados como traidores e seriam mais tarde transportados para campos na Sibéria. Cerca de 12000 pessoas morreriam em Sachsenhausen, vítimas de doença, de má-nutrição, e das condições atrozes do campo, e seriam enterradas em valas comuns junto ao campo.
O Museu de Sachsenhausen
O Museu de Sachsenhausen é um local que hoje pode ser visitado a pouco mais de uma hora de Berlim, e constitui uma verdadeira lição de história. O campo tem uma planta triangular e os locais de interesse estão espalhados numa área considerável. Um conjunto de exposições está distribuído por alguns edifícios originais e outros reconstruídos, relatando a vida quotidiana dos prisioneiros de Sachsenhausen, a prisão e castigos infligidos, as experiências médicas realizadas, e os assassínios em massa, em particular de prisioneiros de guerra soviéticos.
Pode ainda visitar-se em Sachsenhausen o que eram alguns dos barracos que alojavam os prisioneiros, a cozinha, as enfermarias, a prisão, a rampa de fuzilamento, e o local onde se encontram os restos destruídos dos fornos de cremação de Sachsenhausen. Para quem quer conhecer melhor o passado, não só da Alemanha mas também da humanidade, e perceber melhor o presente, é uma visita obrigatória.
Seguro de viagem para viajar na Alemanha (cobre Covid-19 e teste positivo)
A IATI tem um seguro que é especial para viagens na Europa. Este novo seguro cobre actividades como cicloturismo, trilhos, roadtrips, autocaravana, campers, etc. O cancelamento da viagem por conta do Covid-19 não está coberto (se fizer apenas o seguro simples) por se tratar de uma pandemia, mas todos os seguros da IATI cobrem tratamento por contágio por coronavírus e essa informação consta no certificado da apólice, já que alguns países pedem um seguro obrigatório com esta cobertura. Porém, se fizer o seguro do pack de seguro de viagem + seguro de cancelamento opcional, este cobre o cancelamento da viagem caso o segurado, seus pais ou filhos testem positivo para COVID-19. E além disso, o seguro IATI Cancelamento também tem esta causa coberta. Sendo assim, este é claramente, o melhor seguro do mercado neste momento, e deve ser o escolhido para quando visitar Sachsenhausen.
Se vai viajar para a Alemanha, não deixe de consultar os nossos artigos no blogue:
- VISITAR BERLIM – Dicas para visitar Berlim, capital da Alemanha, com os lugares e experiências a não perder, e sugestões para onde dormir.
- VISITAR O MURO DE BERLIM – Dicas sobre os melhores locais para visitar o Muro de Berlim, obrigatório na capital da Alemanha, para ficar a conhecer a História do país.
- MURO DE BERLIM – Conhecer a História da construção e queda do Muro de Berlim é essencial para se compreender a Alemanha e a Europa na actualidade.
- VISITAR POTSDAM – Dicas para visitar Potsdam, a partir de Berlim, conhecida pelos seus palácios e pela Conferência de Potsdam no final da Segunda Guerra.
- WANNSEE – Visitar a casa da Conferência de Wannsee, onde foi decidida a solução final para os judeus, é uma lição de história da 2ª Guerra Mundial.
- VISITAR SACHSENHAUSEN – A apenas uma hora de comboio de Berlim, Sachsenhausen foi um campo de concentração nazi e soviético e visitá-lo é uma lição de História.
k Interessante….e assustador!! Eu visitei o campo de Auschwitz e Birkenau e achei aterrador…. mas foi uma visita/experiencia super interessante… .
Podes ver as minhas fotos no meu blog, if u wish.
Saudaçoes do Porto.
cheguei ontem de Berlim, infelizmente não tive tempo de visitar o campo de concentração mas adorava. a Topografia do Terror já me deixou mal disposta, imagino ir mesmo aqui