Ao 23º dia de viagem de Overland, era tempo de conhecermos um novo grupo e novos guias, com os quais partilharíamos a próxima aventura a bordo da “Brenda”. Seriam apenas mais 4 dias, mas muito intensos.
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Safaris desde a entrada do parque
Safaris desde Joanesburgo
De manhã cedo, rumamos novamente a norte, percorrendo quase 500 km, atravessando paisagem montanhosa e a província de Gauteng, a que produz mais produtos agrícolas e frutícolas em toda a África do Sul. Antes de montarmos acampamento às portas do
Parque Nacional de Kruger, pudemos admirar o canhão do rio Blyde, e algumas belas formações rochosas erodidas pelas águas dos rios.
Quando chegamos a Hazyview, a humidade e o calor foram uma novidade para nós nesta viagem e, pela primeira vez, dormimos com os sacos-cama abertos. Nesta fase da viagem de Overland, mais curta em tempo e distâncias, o grupo era apenas de 9 pessoas, e os guias, Macghill e Olveyn, são muito simpáticos.
No dia seguinte do Overland, a partida foi às 5.30h. O dia seria dedicado a um safari em veículo 4×4. O resultado foi quase perfeito: começamos por avistar cães selvagens, animais muito difíceis de observar, uma manada de elefantes a atravessar a estrada, um leopardo (de costas) a dormir debaixo de uma árvore, um rinoceronte branco, e duas leoas a caminhar junto a um rio. Isto para além dos mais comuns tais como girafas, zebras, impalas e antílopes.
Mas o ponto alto do dia foi o encontro com duas chitas, que se deslocavam em perseguição (a baixa velocidade) de um grupo de impalas. Inicialmente, estavam bastante longe, mas foram aproximando-se da estrada, uma à frente da outra. Aos poucos, e cautelosamente, estes 2 elegantes animais acabaram por ficar lado a lado com a cerca de meia dúzia de carros que as observavam. Depois atravessaram a estrada, correndo, e a seguir desapareceram no meio dos arbustos. Magnífico! Cerca das 16.00h terminamos o nosso safari, não sem antes almoçar no acampamento principal do parque e termos como despedida mais uma manada de elefantes mesmo em frente ao nosso carro.
Regressamos à Brenda e partimos para o nosso próximo acampamento, a poucos quilómetros mais a sul, junto a outra entrada do parque. Aí passaríamos as duas últimas noitas da viagem. Junto à vedação, também há um “water hole”, mas além de 3 ou 4 hipopótamos “residentes”, não se vêem outros animais.
A manhã seguinte voltaria a ser de partida madrugadora, para um “bush walk”, onde não observamos animais, mas apenas vestígios da sua presença perto do acampamento, tais como pegadas e dejectos. De volta, era dia de um novo safari, mas desta vez a bordo da Brenda. Mas quando saímos do acampamento, eram 11.00h, o calor já apertava e temíamos que as hipóteses de ver animais seriam reduzidas. E assim foi. Tanto antes, como depois de almoço, não vimos nenhum felino, sendo apenas digno de registo o avistamento de um grupo de búfalos, mas ao longe (uma vez que a Brenda não é autorizada a andar fora da estrada alcatroada), e uma manada enorme de elefantes, com muitos bebés, a alimentar-se junto à estrada.
Depois de regressarmos ao acampamento, tivemos pouco tempo de descanso, pois poucos minutos passados estávamos a sair novamente, agora num veículo 4×4, para um safari de cerca de 3h, sendo o pôr-do-sol a meio do caminho. A nossa sorte parecia ter-se esgotado no dia anterior e também neste percurso não vimos absolutamente nada digno de registo.
Regressados à companhia dos nossos guias, pudemos apreciar um “braai” (churrasco), prato típico da África do Sul. No dia seguinte, 26º e último do nosso overland, partimos bem cedo (6.15h) rumo a Joanesburgo. Durante a viagem, paramos no miradouro do canhão do rio Blyde, o 3º maior do mundo, e que oferece uma vista fabulosa sobre o rio e as formações rochosas características da zona.
Daí em diante foi sempre a andar até chegarmos ao hotel, apenas com um pequeno percalço, envolvendo um incêndio e um acidente rodoviário que cortaram a auto-estrada. Ali, algures na imensa malha urbana que une as duas metrópoles de Pretória e Joanesburgo, terminamos o nosso percurso de 26 dias em overland pela África Austral.
Adorei este relato e fiquei com imensa vontade de fazer também! Obrigada!
Algumas questões:
– sentiram-se seguros a dormir em tendas em sítios onde passeiam animais selvagens durante a noite?
– como funcionam as comodidades de wc e duche? são partilhadas? são práticas?
– após o final do overland, como fizeram para apanhar avião de regresso a Portugal? foi fácil ir para um aeroporto próximo? Ou seja, os transportes funcionam bem?
Obrigada uma vez mais!
Quanto à segurança, não senti muita segurança mas acho que era mais medo do que perigo real, confesso. Os wc são muito básicos, tem duche mas muito simples. O transporte que apanhamos foi um táxi directo do hotel para o aeroporto. Foi tranquilo.